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terça-feira, novembro 02, 2010

“Política dos sete milhões é discriminatória”

O presidente do MDM, Daviz Simango, disse ontem, na cidade da Beira, que a “política que é feita hoje com relação aos vulgo sete milhões de meticais, continua discriminatória e não direccionada ao objectivo central, que possa trazer redução dos índices de pobreza, pois estamos a investir em interesses de amizade e benefícios particulares, e não na redução da dependência alimentar”.
Para Simango, que falava a este matutino em torno da VI reunião nacional dos governos locais, onde uma das tónicas para os próximos anos foi a descentralização com o envolvimento da população no processo de desenvolvimento económico, a ausência de retorno destes valores “representa a fragilidade das instituições no diz respeito à fiscalização dessas transacções, que são feitas de pessoa para pessoa e não através de instituições especializadas e treinadas para este campo”.
O líder do MDM avança como solução a importância de se investir e apoiar em produtos reconhecidos nas comunidades directamente ou em associativismo, facultando-lhes equipamento de produção mecanizada, assistidos por instituições públicas ou privadas, desde a lavoura até à comercialização, cabendo às instituições vocacionadas à assistência técnica, o transporte e colocação dos produtos nos mercados, podendo os agricultores mais estruturados chamarem a si a responsabilidade de assistência própria até à comercialização.

Para Daviz Simango, quando se fala de descentralização, significa que estamos perante uma iniciativa que se propõe contribuir para uma reflexão indispensável a todos os que se interessam com o desenvolvimento dos governos locais, em particular dos países pobres, onde os rendimentos e as oportunidades são escassos. “Pensamos que as lideranças dos governos locais devem envolver-se em políticas locais, que assumam a cooperação e o associativismo como uma responsabilidade de todos contribuírem no processo de descentralização, bem como se estimule soluções de concertação entre competências e recursos locais”.

Simango defende um estudo de avaliação e de difusão onde se tenham encontrados modelos organizacionais de arquitectura variável, por projectos adaptados à contratualização Governo Local/Governo Central/Privados e outros. (Francisco Raiva)

Fonte:  O País online - 02.11.2010

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