“Há mais cidadãos com bicicletas, carros, telemóveis, bem como o acesso à água, cuidados de saúde e educação, tendo se reduzido a distância percorrida pelas pessoas para chegar a uma escola, hospital ou um posto de saúde”
O ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Cuereneia, entende que há avanços no combate à pobreza em Moçambique, apesar do inquérito sobre o orçamento familiar divulgado recentemente pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) apontar que, no geral, a pobreza aumentou em 0.6% pontos percentuais, de 2002/03 a 2008/09, situando-se, neste momento, nos 54.7%.
Aiuba Cuereneia sustenta a sua ideia alegando que houve crescimento no que se refere ao desenvolvimento humano no país, com muitos moçambicanos a terem mais bens que no passado. “Há mais cidadãos com bicicletas, carros, telemóveis, bem como o acesso à água, cuidados de saúde e educação, tendo se reduzido a distância percorrida pelas pessoas para chegar a uma escola, hospital ou um posto de saúde”, explicou.
Refira-se que os dados do inquérito do INE revelam que quase 30% da população leva mais de uma hora para chegar a um centro de saúde. Na educação, a nível das zonas rurais, mais de 50% da população demora cerca de 30 minutos para chegar à escola, enquanto nas cidades, só 3,8% demora mais de uma hora para chegar à sala de aulas. O documento mostra ainda que nas zonas rurais é preciso uma ginástica para ter acesso à educação e saúde, para além da população ter de caminhar distâncias consideráveis para encontrar uma fonte de água.
Mesmo reduzindo os dados acima, Cuereneia reconhece que a pobreza alimentar estacionou devido ao famoso problema de falta de produção. “Nós produzimos, mas infelizmente o que produzimos ainda não é suficiente para o nosso consumo”, disse para depois acrescentar que a pobreza alimentar não está sempre ligada à falta de alimentos, mas sim à falta de combinação de alimentos, porque comer nem sempre significa alimentar-se.
Fonte: O País online - 06.10.2010
Cuereneia tem complexo de avestruz, não quer enfrentar a realidade.
ResponderEliminarSe negamos ou tentamos disfarçar a realidade, como vamos combater a pobreza?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar"Só quem morreu conheceu a fim da guerra" Platão
ResponderEliminarQue custa admitir que Moçambique é pobre.
ResponderEliminarQue há fome um pouco por todo canto.
Que a educação é de péssima qualidade.
Que vivemos" a custa" dos famosos "parceiros de cooperação".
Que agricolamente não produzimo o tanto que podiamos
Que...
Ai se a pobreza fosse vencida simplesmente por negá-la a existência, já lá estariamos
Urge criar um tribunal para julgar políticos que insultam o povo.
ResponderEliminarZicomo
Selecionador,
ResponderEliminarAi todo o partidao estaria na cadeia.
Alguns nicknames do Povo dados por figuras destacadas do partidao e do governo:
- pobres mentais
- preguicosos
- vandalos
- criminosos
- ignorantes
- pobres alimentares
- intriguistas
- apostolos da desgraca
- agitadores
- reacionarios
- anti patriotas
- bandidos
Isso tudo 'e o "maravilhoso povo", da "maravilhosa perola do indico," na optica dos "libertadores da maravilhosa patria".
Exactamente Karim. É isso mesmo.
ResponderEliminarA intenção é esta. Na Europa quando um governo falha a arma é o voto que acaba por ditar tudo (talvez seja esta a única vantagem da democracia do nível europeu) mas na nossa África isso não acontece. Um tribunal independente seria um bom correctivo. Porque isto é insultar o povo sofredor.
Zicomo
Agora os nicknames dos membros do partidao e seus parceiros, dados por eles mesmo:
ResponderEliminar- ilustres
- patriotas
- empresarios de sucesso
- intelctuais
- doutores
- libertadores
- herois
- papa
- mama
- orgulho nacional
- prestigioso
- academico
- lutador
- combatente
- honesto
O curioso é que não está de todo errado.
ResponderEliminarZicomo
Essa diferenca de tratamento resulta do QI baixo, ignorancia profunda na arte de governar e na arte de liderar, na falta de educacao, no busalismo, na ideologia exclusiva falhada e falida,
ResponderEliminarResulta tambem da incapacidade de perceber a sua propria estupidez, da tentativa de incitar violencia e desestabelizacao para fugir da responsabelizacao de massacres e da necessidade de manter o poder de forma grotesca e doentia.
Demonstra a incapacidade de convivencia civilizada com seu proprio Povo.
O interessante 'e a anlise do ponto de vista de gestao, pois pra aumento de "producao e produtividade, eficencia e eficacia", o factor motivacional 'e importantissimo.
ResponderEliminarA auto-estima nacional , a imagem internacional de Mocambique reside na saude e bem estar do seu Povo, nao em pontes ou barragens, nem mesmo nos discursos politicos ou o "empoderamento dos libertadores da patria", e nem mesmo nos indicadores macroeconomicos.
E essas contradicoes nao ajudam nos objectivos tracados pelos proprios governantes, nem mesmo sao compativeis com seus discursos de "maravilhoso povo", "maravilhosa patria" ou "perola do indico".
Por estas e outras viramos "donor's paradox",
'E o preco do baixo nivel da qualidade de educacao.
"A auto-estima nacional" Só há auto-estima com a barriga cheia.
ResponderEliminarZicomo
Exactamente, Selecionador.
ResponderEliminarPra ter saude, tem que se alimentar primeiro,
So que em Mocambique saude significa quatro paredes com o nome de "posto de saude" e sem medicamentos.
E a fome, chama-se ignorancia alimentar, assim como a probreza 'e mental.
O problema dos nossos governantes é negar a realidade e colorir cada pequena coisa que tenha evoluído. Tenho dito que se o interesse é colorir, os colonialistas deviam estar a vangloriar-se das cidades moçambicanas, das estradas e outras infra-estruturas que foram construídas durante o período colonial.
ResponderEliminarSe para os nossos governantes, o discurso de combate à pobreza refere a eles próprios e seus próximos, e ainda eles querem que nós admitamos isso como normal, também admitiríamos que durante o tempo colonial não havia pobreza em Moçambique, já que os colonialistas e colonos tinham habitação condigna, água, direito à educação, à saúde, transporte, etc. Isso mesmo aqueles que viam lá em Namialo, em Nampula, por exemplo.
Também tenho dito que se os nossos governantes acham que já não podemos falar de pobreza porque há mais bicicletas agora que antes, então, nos países industrializados já não se podia falar de pobreza entre os seus habitantes. Entretanto, antes pelo contrário, nos países industrializados discute-se fortemente quando a pobreza cresce ou há tendência para si, quando a qualidade de educação, saúde, sistema de transporte, etc, deteriora-se. E por acaso, o povo é deixado a fazer juízo em eleições, e governos caem. Os seus governantes não chamam aos seus críticos de apóstolos da desgraça, pobres mentais, vândalos, preguiçosos, anti-patriotas, agitadores, reaccionários, instrumentalizados por mão externa e todos os nomes que nos acostumaram em Moçambique.
Portanto, não há dúvidas que os ministros e outros governantes e seus familiares directos já não são pobres, mas eles têm que compreender que o actual relatório do INE não está a distribuir o parque deles e o que eles têm nas suas despensas aos famintos de Chemba
Eu só queria entender se oque Cuereneia disse baseu-se em algum inquérito. Pode ele nos fornecer números? Isso parece o cúmulo.
ResponderEliminarMoçambique é um "exemplo" a seguir no que diz respeito ao crescimento económico e à redução da pobreza entre os países que atravessaram longos períodos de penúria alimentar, destaca um relatório da ONU esta quarta-feira divulgado em Roma.
ResponderEliminarA FAO avalia positivamente o desempenho do governo na luta contra a pobreza.
Pelos vistos, não é so o ministro Aiuba que consegue observar o crescimento do país.
Agora espero que as rolas descredibilizem a FAO.
Nuno
Segundo li, a pobreza diminuiu 15 por cento, e registou-se um melhoria notável dos indicadores de desenvolvimento humano nas áreas da educação, mortalidade infantil e no acesso à água potável.
ResponderEliminarEste é um sinal inequívoco de que o governo está a trabalhar arduamente em prol da redução da pobreza em Moçambique.
Parabéns ao nosso governo
Neves
Isso prova que o Aiuba não está maluco, sabe do que fala.
ResponderEliminarNeves
Nelson,
ResponderEliminarVale a pena ler "Do Bicycles Equal Development in Mozambique?" de Joseph Hanlon e Teresa Smart para interpelar Cuereneia.
De facto Cuereneia não nos traz dados para contra-argumentar ao relatório do INE. Fazer um discurso bonito não é o que é difícil. O difícil é apresentar dados que sustentam o discurso.
Nuno Amorim
ResponderEliminarPubliquei o texto sobre o relatório da FAO. Fiz lá o meu comentário.
Agora, o que eu gostaria saber é qual dos relatórios acreditas revelar a verdade quanto à redução da pobreza em Mocambique.
Cada um acredita oque quiser enquanto isso uns(muitos) vão morrendo de fome
ResponderEliminarNuno e Neves,
ResponderEliminarVamos deixar dessas discussoes, o Brazao Mazula lancou hoje uma de "paz mental",
E que tal se entrassemos nessa de "paz mental" ?
Voces prometem que nao ofendem mais ao Povo e nos prometemos que nao entramos a rasgar quando voces ficam mal-criados, que tal ?
Fazemos um pacto de "paz mental" entre nos,
Entre as Rolas e voces,
Eu estou em "paz mental", desta vez nao vos chamei nhoca juniores, e prometo que se voces ficarem simpaticos o responsavel de branding da Rolas, nao mais vai vos chamar de nhoca juniors.
Promessa de Verdade, se voces se comportarem.