Do norte de Moçambique vislumbro-te,
mulher que julga o mundo
através de uma foto indefesa.
Moçambicana coberta desse pigmento
que provem da terra,
pareces o que jamais no meu mundo existiu.
Esse pano que levas na cabeça,
é para te proteger do sol por demais quente?
Ou é para transpareceres
os costumes do teu místico local?
Estátua imóvel no silêncio vivo,
olhas-me desafiando-me,
para onde me queres levar?
Olho-te...
procurando saber que omites
com o teu olhar sábio,
procurando encontrar parecenças
comigo na tua expressão,
desejando sentir aquilo
que só tu me podes dar.
Mãe, avó, sábia, feiticeira,
protectora, simples mulher,
quem és tu mulher revestida
pela magia da nossa Mãe?
*Poeta neo-afro-lusomestiço (02/04/2007 – in Caminhos dos Versos)
Foto de Armando Taula; fonte: Rádio Moçambique;
Coisa rara: mulher BONITA e poema de se lhe tirar o chapéu!
ResponderEliminarZicomo