- Campus de confrontação na UEM
Num azedar de relações entre o reitor da UEM (Universidade Eduardo Mondlane) e o novo ministro da Educação, Zeferino Martins, o responsável pela universidade pública, o padre Filipe Couto, fez questão em dizer ao titular da pasta, perante centenas de graduados e professores, na última sexta-feira, que não vai abrandar o passo na reforma curricular na instituição.
O incidente da sexta-feira é apenas o último episódio de vários confrontos que se têm vindo a verificar na UEM desde que Zeferino Martins tomou posse como ministro da Educação. Filipe Couto, que foi nomeado reitor da UEM pelo presidente Armando Guebuza, segundo docentes contactados pelo SAVANA, tem reagido mal às iniciativas de Martins e o seu vice Arlindo Chilundo que foram interpretadas como pondo em causa a controversa reforma curricular desenvolvida pelo reitor.
Segundo as nossas fontes, Zeferino e Chilundo visitaram algumas faculdades, tendo depois reunido com os órgãos colegiais da UEM, nomeadamente, o Conselho dos Directores, o Conselho Académico e o Conselho Universitário. Em frente ao reitor Filipe Couto, o ministro Zeferino Martins encorajou os docentes universitários a colocarem em cima da mesa os seus problemas, nomeadamente a questão da reforma curricular.
A UEM pretende introduzir um novo currículo, que fique mais homogéneo com o da região da SADC e o Processo de Bolonha. Na base desse currículo, os estudantes são graduados em três anos e tornam-se mestres dois anos depois. Nos cursos mais técnicos, nomeadamente em Medicina e nas Engenharias têm havido uma grande resistência às reformas impulsionadas por Filipe Couto. Reitores de outras universidades têm igualmente expressado reservas, tendo sido feitos lobbies importantes no sentido de se influenciar a Assembleia da República e o próprio presi¬dente Armando Guebuza.
Zeferino Martins, nas suas iniciativas junto da UEM, pretendia deixar um recado, na opinião de docentes que estiveram nos encontros, segundo o qual se devia adiar o curso das polémicas reformas curriculares, para dar lugar a uma profunda reflexão. Martins e Chilundo enfatizaram perante os docentes que o Governo está preocupado com a qualidade de ensino, nomeadamente o ensino universitário.
No encontro com Zeferino Martins, vários docentes pronunciaram-se sobre vá¬rios problemas na UEM, incluindo a questão da reforma curricular, o que deixou o reitor irritadíssimo. Ao que apurámos, Couto terá dito que as reformas são para continuar, abrindo um claro campo de confrontações com Zeferino Martins, que pretende ver aprofundadas as reflexões sobre esta matéria.
Ao que apurou o SAVANA, Filipe Couto e Zeferino Martins concordam com a preocupação sobre a elevação da qualidade de ensino, mas o reitor não gostou de ver invadido o seu espaço de autoridade numa instituição que goza de autonomia perante o ministério. Advogam fontes próximas de ambos os contendores que as confrontações nunca chegariam a público se Zeferino Martins tivesse optado em reunir em privado com o reitor Filipe Couto e os seus vices.
O desafio lançado por Couto ao ministro na cerimónia de sexta-feira no Centro Cultural Universitário foi o culminar das tensões criadas pelas visitas estilo Ivo Garrido feitas por Zeferino e Chilundo às faculdades.
Fonte: Savana in Diário de um sociólogo - 14.05.2010
Reflectindo: será reflexo de um défice democrático?
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJá disse "Isto de escolas não são as paredes, são os professores." José Hermano Sairava.
ResponderEliminarHá muita preocupação com reformas, com coisas vãs, nunca dão certo, porque em cada ano há reformas, há mudanças, há quedas, há demissões, há "tambai", há "zucutas", há "nhau", há um pouco de tudo, mas não há progresso assinalável.
Até quando?
Zicomo
Pois, uma dança e pouco resultado. Sou a favor da harmonização do ensino mas é preciso começar da base e não do topo. Como se vai formar um lincenciado em menos tempo se, segundo realidade actual, vêm do ensino geral cheio de lacunas e gravissimas? Lembro-me de ter tido duas cadeiras de lingua portuguesa no primeiro ano de universidade e muitos concordamos que eram precisas porque muitos discentes tinham serios problemas em expressar e comunicar-se nessa lingua. Que advogado se forma se este não sabe falar correctamente? Portanto, é preciso que, à nivel inferior, os nossos alunos sejam devidademente capacitados para que depois ser mais aplicavel uma formação superior em 3 anos.
ResponderEliminarCorrijam-me se estou errada, o Prof tem agido neste processo todo, de certo modo, como o dono da verdade. Isso pode sair caro.
É bom que haja "voxes" dissonantes.
ResponderEliminarDiscordar a um nível alto, em gente académicamente evoluida, é sinónimo de respeito de bons princípios (elementares) de assistir democráticamente o povo.
Doutra maneira, seria lambebotismo, seria cegueira e caucionamento político.
Para mim, (respeitando a opinião dos restantes)o Ministro Martins, pelo seu CV profissional(projecto globalista escola-emprego), está (equi)distante dos restantes, quer dizer -está 3 anos à frente-está melhor preparado que o Padre Couto, para traçar directrizes metódicas curriculares para melhor desempenho estudantil no futuro.
Em resumo, mexeu as TORRES dum jogo de xadrez, que "estavam paralisadas" desde há tempos (deixa-andar).
Zacarias Abdula
É bom que haja "voxes" dissonantes.
ResponderEliminarDiscordar a um nível alto, em gente académicamente evoluida, é sinónimo de respeito de bons princípios (elementares) de assistir democráticamente o povo.
Doutra maneira, seria lambebotismo, seria cegueira e caucionamento político.
Para mim, (respeitando a opinião dos restantes)o Ministro Martins, pelo seu CV profissional(projecto globalista escola-emprego), está (equi)distante dos restantes, quer dizer -está 3 anos à frente-está melhor preparado que o Padre Couto, para traçar directrizes metódicas curriculares para melhor desempenho estudantil no futuro.
Em resumo, mexeu as TORRES dum jogo de xadrez, que "estavam paralisadas" desde há tempos (deixa-andar).
Zacarias Abdula
É bom que haja "voxes" dissonantes.
ResponderEliminarDiscordar a um nível alto, em gente académicamente evoluida, é sinónimo de respeito de bons princípios (elementares) de assistir democráticamente o povo.
Doutra maneira, seria lambebotismo, seria cegueira e caucionamento político.
Para mim, (respeitando a opinião dos restantes)o Ministro Martins, pelo seu CV profissional(projecto globalista escola-emprego), está (equi)distante dos restantes, quer dizer -está 3 anos à frente-está melhor preparado que o Padre Couto, para traçar directrizes metódicas curriculares para melhor desempenho estudantil no futuro.
Em resumo, mexeu as TORRES dum jogo de xadrez, que "estavam paralisadas" desde há tempos (deixa-andar).
Zacarias Abdula
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