Inhaca tornou-se uma ilha onde só “residem dificuldades”

A ilha de Inhaca está cada vez mais a transformar-se num verdadeiro mundo de isolamento para a população local. Falta um pouco de tudo. Já começa a escassear até aquilo que era a bandeira daquele local – o turismo e peixe. A consequência mais imediata disto é o desemprego. Na Ilha de Inhaca não há empresas. As estâncias turísticas eram a única salvação para a população local, mas desde meados do ano passado a situação mudou. Tudo começa quando o governo local, sob orientação do decreto 17/2003, de 17 de Julho, decidiu introduzir a Taxa de Turismo. Assim, cada turista que chega àquela ilha está sujeito ao pagamento de uma taxa individual de 200 meticais, quando se trata de estrangeiros, e 100 meticais para turistas nacionais.

Depois dessa medida as oito casas que têm estâncias, com a capacidade para seis a oito pessoas, nos dias que correm, já nem conseguem sequer a metade das receitas.

Muitos jovens pediram dinheiro do Orçamento de Investimento Local e investiram no turismo, mas já não têm rendimento. Não há turistas, por isso, nem conseguem devolver o dinheiro”.

A falta de água potável é outro problema. Parte considerável dos poucos furos de água existentes tem água turva.

Na área de transporte, a embarcação “Nhelete” é que garante a ligação com a cidade de Maputo, mediante o pagamento de 300 meticais para ida e volta. No entanto, porque circula às terças, quintas-feiras, sábados e domingos, a vida torna-se complicada para quem quer viajar fora destes dias. A única salvação são os barcos-à-vela que chegam a levar três horas de tempo para uma viagem que o “Nhelete” faz em uma.

A situação da rede hospitalar é razoável, porque o hospital lá existente consegue até fazer pequenas cirurgias. Em casos mais graves, existem uma embarcação da Saúde e um marinheiro disponível a qualquer hora para transportar os doentes para a capital do país.

No que diz respeito à educação, este ano introduziu-se a 11ª classe.

Fonte: O País online (15.02.2010)

A Inhaca é uma pequena ilha habitada, a cerca de 40 km (cerca de 15 minutos de avião) da costa, da conhecida capital de Moçambique – Maputo.

Localizada na entrada da Baia Delagoa, é o destino ideal para quem quer relaxar ao ritmo de uma pequena ilha semitropical, plantada no oceano Índico. Na franja dos trópicos, a ilha é rica em praias de cortar a respiração, magníficos recifes de coral e vida marinha exótica oferecendo por isso condições únicas para o mergulho ou pesca de alto mar.

Fonte: Pestanas Inhaca