O EX-MINISTRO dos Transportes e Comunicações, António Munguambe, admitiu ontem ter recebido 33 mil dólares americanos da empresa Aeroportos de Moçambique (ADM), valor que se destinaria ao pagamento de propinas dos seus filhos a cursarem na vizinha África do Sul. Munguambe disse ter recebido o valor da bolsa de estudo, em duas prestações, como fruto de um atendimento ao pedido formulado nesse sentido pela sua esposa àquela empresa.
Acrescentou que, quanto ao carro de marca Audi, que também recebeu das mãos do ex-PCA do ADM, Diodino Cambaza, António Munguambe disse que lhe foi entregue para com ele se movimentar e que foi por via de empréstimo. Contudo, ao que apontou, procedeu à devolução da viatura ainda o ano passado, embora tivesse a prerrogativa de a comprar...
Para a pronúncia do tribunal, o ex-PCA Cambaza agrava a sua situação por ter alterado, o valor do rancho mensal para a sua casa sem anuência dos seus superiores ou dos restantes colegas do CA. Ele tinha direito a gastar 30 mil meticais em comida e 10 mil em bebidas, mas, mudou tudo e passou a gastar quase o dobro deste valor...
Para as casas de mobílias por ele solicitadas a apetrechar as suas residências, a pronúncia refere que Cambaza desembolsou, a partir dos cofres da empresa, mais de dois milhões de meticais. Ainda dos cofres do ADM, ele é apontado como tendo retirado cinco milhões de meticais supostamente para custear despesas na Escola do Partido Frelimo na Matola, e outros 400 mil desembolsados para a mesma entidade, mas para apoiar a reabilitação de um pavilhão e a realização de um determinado evento no bairro de Zixaxa. Terá autorizado ainda a retirada da empresa de 62 mil dólares para a compra de uma casa a fim de oferecê-la a um jardineiro de sua confiança... Leia mais aqui
Fonte: Jornal Notícias (17.11.2009)
Adenda 1: O Canal de Mocambique tem este caso mais detalhado e com nomes de mais pessoas envolvidas. Leia clicando aqui
Adenda 2: Sobre os envolvidos, o Canal de Mocambique descreve: No processo, o Ministério Público (MP), que representa o Estado junto do tribunal, acusa Diodino Cambaza dos crimes de “desvio de bens de forma continuada”; “desvio de fundos de forma frustrada”; “abuso de cargo e função”. Antenor Pereira é acusado de “co-autoria” nos mesmos “crimes” do seu ex-PCA.
Já o ex-ministro dos Transportes e Comunicações do primeiro governo de Armando Guebuza, António Munguambe, é acusado de ser “encobridor”. Bulande também, é acusado do mesmo crime. E finalmente, Deolinda Matos “é cúmplice”, segundo pretende provar o Ministério Público.
O despacho de pronúncia do juiz Dimas Maroa, também tem o mesmo entendimento sobre os crimes de que os réus são acusados.
Adenda 1: O Canal de Mocambique tem este caso mais detalhado e com nomes de mais pessoas envolvidas. Leia clicando aqui
Adenda 2: Sobre os envolvidos, o Canal de Mocambique descreve: No processo, o Ministério Público (MP), que representa o Estado junto do tribunal, acusa Diodino Cambaza dos crimes de “desvio de bens de forma continuada”; “desvio de fundos de forma frustrada”; “abuso de cargo e função”. Antenor Pereira é acusado de “co-autoria” nos mesmos “crimes” do seu ex-PCA.
Já o ex-ministro dos Transportes e Comunicações do primeiro governo de Armando Guebuza, António Munguambe, é acusado de ser “encobridor”. Bulande também, é acusado do mesmo crime. E finalmente, Deolinda Matos “é cúmplice”, segundo pretende provar o Ministério Público.
O despacho de pronúncia do juiz Dimas Maroa, também tem o mesmo entendimento sobre os crimes de que os réus são acusados.
Puxa! Cria revolta isso.
ResponderEliminarCria revolta não,cria dó e repulsa.
ResponderEliminarAbraços
A ganância faz destas coisas.
ResponderEliminarÉ de facto revoltante!
A questão é de quantos destes ou mesmo piores temos no país?
ResponderEliminarÉ simplesmente vergonhoso isto. O tipo tinha 40 mil em caprichos de casa e ainda aumentou para o dobro? Que loucura. Nós outros labutamos dia e noite para conseguir abaixo ou metade dos 40. Medidas exemplares para este tipo. Não pode meter o nome do Partido no meio das brincadeiras dele. A não ser que me apresente o pedido formal do partido e uma autorização formal CA. São manobras para sujar o bom nome do partido.
ResponderEliminarEste tipo acho que nao sabe quanto ganha um docente da UEM; UP ou mesmo das escolas secundárias
Mais um julgamento político que jurídico!
ResponderEliminar30 mil para RANCHO, 10 mil para bebidas????? xi isto é que é viver a grande e a francesa, e o salario minino é de 2200mt par cerca de 21.998.000 de habitantes de moçambicanos, os restantes 2000 sao os abençoados a tal minoria que neste pais controla tudo.
ResponderEliminare agora o salario dele paga quantos trabalhadores da ADM,XI AWENI
E um licenciado não tem mais de 20 000 mt por mês no aparelho do estado. A gente engolia sem problemas se uma pequena minoria não tivesse 30 000 mt só para comida. Outros 30 000 mt para combustível….assim por diante e os subsídios não acabam!
ResponderEliminarGanhem vergonha
Para mim há muita coisa que não aguento em tudo isto a acontecer em Moçambique. 40 mil meticais para rancho e bebidas? 33 mil dólares para estudos dos filhos dum ministro dum país onde muitos não vão aprender ler e escrever por pobreza. Em 2004 soubemos que também do caso de um ministro que usou donativo sueco para estudo dos seus mais próximos na África do Sul e EUA...
ResponderEliminarQuanto ao partido Frelimo, nem que não haja pedido formal há muito por investigar, podendo-se apurar os colaboradores da quadrilha. Tenho receio que muitos PCA façam drenagem de dinheiros do Estado para Matola. Notámos isso durante a campanha onde os meios do Estado não foram poupados e nenhum lá teve vergonha para pelos menos pedir para não se fazer isso à luz do dia...
E todos nós não carregamos a culpa?
E o timing para o julgamento!?!? Coincidência???
Sabem, em 1998, uma ministra sueca, que estava para ascender ao posto de Primeira-Ministra, viu o seu sonho a desmoronar-se apenas por uma coisa que tem me feito reflectir. A Ministra despendeu em Bruxelas 600 Kr (seiscentas coroas) para fim privado do seu cartão bancário atribuída pelo governo para despesas em serviço. Para ela, tratava-se apenas de um empréstimo e que havia de restituí-lo logo que regressasse à casa. Mas ela nem teve tempo para isso, pois tornando-se público o caso, ela teve que responder em conferência de imprensa, demitindo-se imediatamente. Mas ela não tinha hipótese, pois para a maioria dos suecos aquilo era imoral e o seu partido tinha que se distanciar.
simplesmente vergonhoso!
ResponderEliminarUm povo com ainda grandes necessidades básicas, com falta de agua, saúde, educaçao, escolas, transportes....
e PCAS a darem-se ao luxo de serem subsidiados alimentaçao e bebidas!
A culpa é do Governo!
Ainda existem muitos por aí a fazerem rancho a custa do Estado Moçambicano.
Porque?
Nao ganham o suficiente?
Quantos mais casos semelhantes ainda por desvendar?
Cara Linette,
ResponderEliminaro que ainda vemos é somente a ponta do iceberg.
Um abraço do
Oxalá
Estou procurando comentário do vice-ministro algures.
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