Para a CNE, o PLD é o exemplo de partido emergente e pequeno mas bastante organizado a ponto de ser apurado em 10 círculos eleitorais. Mas a CNE não explica as questões colocadas pela Imprensa sobre este atípico partido que recebeu cerca de 1,5 milhão de meticais do erário público. O Magazine Independente (MI) de 30 de Setembro traz novos elementos em torno do penumbrado apuramento do PLD nas legislativas. É que ao querer provar que o PLD é um partido legal e que o seu apuramento obedeceu à lei, o presidente do partido, Caetano Sabile, mostrou à direcção do MI um conjunto de documentos dos quais consta uma lista nominal de candidatos com documentos por entregar, notificados pela CNE aos 12/8/2009 e a notificação número 122/CNE/2009 de 1 de Setembro, dando cinco dias para o PLD suprir irregularidades processuais. Isto intrigou o MI porque a notificação foi emitida pela CNE a 1 de Setembro, quando as lista definitivas afixadas pela CNE ostentam a data de 28 de Agosto de 2009.
Segundo o MI, a tal notificação que solicitava o suprimento de irregularidade, já depois da publicação das listas definitivas que se haviam dito “inalteráveis”, referia-se ao caso do senhor Abrão João Abudo, com ficha de candidatura e declaração de aceitação não reconhecidas pelo notário e ainda os casos dos senhores Somar Aquino Amade Salimo, Omar Machude e Rachide João Abudo, que não tinham registo criminal. O MI diz ter procurado saber de Caetano Sabile o comprovativo do suprimento das irregularidades relacionadas com a notificação número 122/CNE/2009 de 1 de Setembro, tendo tido que estava com um dos membros do seu partido que, na altura, se encontrava incomodado e incomunicável. Este e outros pontos que o boletim já levantou em edições anteriores sobre o PLD, continuam sem resposta por parte da CNE.
A rede de 120 jornalistas do boletim espalhada pelos distritos do país ainda não viu o PLD em campanha. Este partido ainda não iniciou a campanha nas províncias de Tete, Sofala, Manica, Nampula, Inhambane cidade, Gaza e Niassa. Teve uma apresentação pública em Pemba nos primeiros três dias da campanha e na aldeia de Nigarruma, distrito de Chiúre, onde Caetano Sabile junta negócios e política: desenvolve agricultura mecanizada e os seus empregados usam camisetes do PLD e fazem campanha. O PLD apareceu também em campanha eleitoral em Inharrime, Inhambane. O jornalista do boletim em Inharrime viu o secretário-geral do partido que liderou a campanha em Inharrime a seguir viagem para Sofala, num autocarro com um saco de camisetes de campanha
eleitoral. Ao que tudo indica, o mesmo vai fazer um tour pelos círculos onde o PLD concorre e se mostra à televisão.
Enquanto isto, o negócio de plantas está a florir e o PLD ficaria bem como CNE favoreceu o partido das plantas da Marginal. Na verdade, Sabile pode se considerar como empresário porque tem um estaleiro com viveiros e hortas de plantas em Laulane que são transportadas e vendidas na sua sede política na Costa do Sol que também é sua residência. Sabile devolveu grande parte das plantas ao estaleiro por causa da movimentação política no local mas Sabile ganhou publicidade e muita gente procura as plantas do Sabile.
Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique, Número 12, 7 de Outubro de 2009
Segundo o MI, a tal notificação que solicitava o suprimento de irregularidade, já depois da publicação das listas definitivas que se haviam dito “inalteráveis”, referia-se ao caso do senhor Abrão João Abudo, com ficha de candidatura e declaração de aceitação não reconhecidas pelo notário e ainda os casos dos senhores Somar Aquino Amade Salimo, Omar Machude e Rachide João Abudo, que não tinham registo criminal. O MI diz ter procurado saber de Caetano Sabile o comprovativo do suprimento das irregularidades relacionadas com a notificação número 122/CNE/2009 de 1 de Setembro, tendo tido que estava com um dos membros do seu partido que, na altura, se encontrava incomodado e incomunicável. Este e outros pontos que o boletim já levantou em edições anteriores sobre o PLD, continuam sem resposta por parte da CNE.
A rede de 120 jornalistas do boletim espalhada pelos distritos do país ainda não viu o PLD em campanha. Este partido ainda não iniciou a campanha nas províncias de Tete, Sofala, Manica, Nampula, Inhambane cidade, Gaza e Niassa. Teve uma apresentação pública em Pemba nos primeiros três dias da campanha e na aldeia de Nigarruma, distrito de Chiúre, onde Caetano Sabile junta negócios e política: desenvolve agricultura mecanizada e os seus empregados usam camisetes do PLD e fazem campanha. O PLD apareceu também em campanha eleitoral em Inharrime, Inhambane. O jornalista do boletim em Inharrime viu o secretário-geral do partido que liderou a campanha em Inharrime a seguir viagem para Sofala, num autocarro com um saco de camisetes de campanha
eleitoral. Ao que tudo indica, o mesmo vai fazer um tour pelos círculos onde o PLD concorre e se mostra à televisão.
Enquanto isto, o negócio de plantas está a florir e o PLD ficaria bem como CNE favoreceu o partido das plantas da Marginal. Na verdade, Sabile pode se considerar como empresário porque tem um estaleiro com viveiros e hortas de plantas em Laulane que são transportadas e vendidas na sua sede política na Costa do Sol que também é sua residência. Sabile devolveu grande parte das plantas ao estaleiro por causa da movimentação política no local mas Sabile ganhou publicidade e muita gente procura as plantas do Sabile.
Fonte: Boletim sobre o processo político em Moçambique, Número 12, 7 de Outubro de 2009
Oa nossos ilustres juristas não questionam esta situação?
ResponderEliminarTambém faço a mesma pergunta...
ResponderEliminarAlguém que me possa responder com sinceridade e veracidade?
Segundo uam reportagem da RTP Africa, o Presidente do tal PLD,desconhecido, mas "ilustre "partido" com simbolo de um peru, é há muito vendedor de plantas e flores num terreno baldio situado no bairro da costa do sol.
ResponderEliminarSegundo eles,nem sequer uma sede digna identificada tem...
mas conseguiu organizar um processo "credível" e aprovadoao pela CNE.
Sim senhor é de tirar o chapeu a CNE