Por não ter recebido completo, aqui vai parte de um artigo do MAGAZINE INDEPENDENTE, a sair amanhã, dia 14.
Passou-se numa reunião de campanha do ex-Presidente Joaquim Chissano com advogados e juristas: …….
eleitoral do seu partido preconiza a criação de instituições que velem pela separação e independência do aparelho judiciário, incluindo o envolvimento dos cidadãos na governação. Defende, igualmente, a promoção da eficiência e eficácia das instituições do Estado, bem como um aparelho judiciário célere e transparente.
Já a terminar, Joaquim Chissano disse aos juristas e advogados presentes que a Frelimo é o único partido com a visão da administração de justiça que se pretende para Moçambique. "Por isso votem na Frelimo e em Guebuza, porque teem sensibilidade dos problemas do país", pediu Chissano.
Terminado o discurso, Chissano pediu aos presentes para apresentarem as razões de eles, querendo, votarem na Frelimo e no seu candidato presidencial, como, assim havendo, quem não queira votar nos Camaradas, apresentar, igualmente, as suas razões.
Após cerca de cinco minutos de silêncio, Alice Mabota, Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, pediu a palavra e o micro para dizer o que lhe vinha na alma.
"Vou falar aquilo que eu sinto e penso. Não pretendo escovar ou ofender a ninguém, tanto mais que admiro e respeito muito o ex-chefe do Estado", assim introduziu Mabota, para, depois, gelar a sala com as seguintes palavras: "eu não vou votar na Frelimo e em Guebuza, porque a Frelimo humilha as pessoas, pisa as pessoas. Não concordo com o ex-chefe do Estado quando diz que tudo o que temos e somos, hoje, foi a Frelimo quem o fez. Será que, mesmo se o colono continuasse até hoje, Moçambique não estaria assim? Eu fui a primeira mulher negra a ter carro no período colonial, aqui em Moçambique e não era a Frelimo a governar", explodiu.
Prosseguiu, no mesmo tom, dizendo que "o dinheiro que a Frelimo usa e tem vem dos nossos impostos, nós é que pagamos os impostos, por isso, não venham nos dizer que votem na Frelimo e em Guebuza, porque tudo o que existe e temos a Frelimo é que o fez, porque, se levarmos o mesmo dinheiro e o dermos a um outro partido, também esse pode fazer muitas coisas boas".
Sustentando as suas declarações, Alice Mabota fez saber, no entanto, que o facto de não votar na Frelimo e em Guebuza, não é sinal de que ela seja da aposição. "Com esta minha idade, não posso ser de um outro partido, senão a Frelimo, mas hão tenho o cartão de membro, já o tive, mas, agora, não o quero ter, por causa das pessoas iovens que estão a dirigir agora. Por isso, não quero ter o cartão de membro e não quero votar na Frelimo e em Guebuza! Talvez se me dissesse que o governo que a Frelimo irá formar será inclusivo, mas, mesmo issim, não quero", terminou a Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos.
No contra ataque, o orador em serviço, Joaquim Chissano, tentou contornar o embaraço, dizendo “concordo com a doutora Alice Mabota quando diz que não vai votar na Frelimo por aquilo que fez. Eu, próprio, vou votar na Frelimo e em Guebuza, não por causa daquilo que fez, vou votar, sim, por causa daquilo que vai e pretende fazer". Mabota referiu ainda que "alguém me disse que os políticos são malabaristas e malabarismo para mim é sujeira, é crime, é corrupção. Por isso, não quero votar na Frelimo e em Guebuza".
Aliás, Chissano dissera, logo à sua chegada naquela sala, sobretudo depois de gritar viva Frelimo, viva Armando Guebuza que "eu sei que nem todos os que levantaram a mão a dizer viva o fizeram do coração; mas é normal, porque o que queria era apresentar as razões de se dever votar na Frelimo e em Guebuza".
Nota: Retirado na íntegra do Macua de Mocambique ou seja Mocambique para todos onde o leitor poderá ler alguns comentários sobre o tema. Algo relativo ao encontro de Joaquim Chissano com juristas se pode ler também no Defesa de Direitos Humanos
Passou-se numa reunião de campanha do ex-Presidente Joaquim Chissano com advogados e juristas: …….
eleitoral do seu partido preconiza a criação de instituições que velem pela separação e independência do aparelho judiciário, incluindo o envolvimento dos cidadãos na governação. Defende, igualmente, a promoção da eficiência e eficácia das instituições do Estado, bem como um aparelho judiciário célere e transparente.
Já a terminar, Joaquim Chissano disse aos juristas e advogados presentes que a Frelimo é o único partido com a visão da administração de justiça que se pretende para Moçambique. "Por isso votem na Frelimo e em Guebuza, porque teem sensibilidade dos problemas do país", pediu Chissano.
Terminado o discurso, Chissano pediu aos presentes para apresentarem as razões de eles, querendo, votarem na Frelimo e no seu candidato presidencial, como, assim havendo, quem não queira votar nos Camaradas, apresentar, igualmente, as suas razões.
Após cerca de cinco minutos de silêncio, Alice Mabota, Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, pediu a palavra e o micro para dizer o que lhe vinha na alma.
"Vou falar aquilo que eu sinto e penso. Não pretendo escovar ou ofender a ninguém, tanto mais que admiro e respeito muito o ex-chefe do Estado", assim introduziu Mabota, para, depois, gelar a sala com as seguintes palavras: "eu não vou votar na Frelimo e em Guebuza, porque a Frelimo humilha as pessoas, pisa as pessoas. Não concordo com o ex-chefe do Estado quando diz que tudo o que temos e somos, hoje, foi a Frelimo quem o fez. Será que, mesmo se o colono continuasse até hoje, Moçambique não estaria assim? Eu fui a primeira mulher negra a ter carro no período colonial, aqui em Moçambique e não era a Frelimo a governar", explodiu.
Prosseguiu, no mesmo tom, dizendo que "o dinheiro que a Frelimo usa e tem vem dos nossos impostos, nós é que pagamos os impostos, por isso, não venham nos dizer que votem na Frelimo e em Guebuza, porque tudo o que existe e temos a Frelimo é que o fez, porque, se levarmos o mesmo dinheiro e o dermos a um outro partido, também esse pode fazer muitas coisas boas".
Sustentando as suas declarações, Alice Mabota fez saber, no entanto, que o facto de não votar na Frelimo e em Guebuza, não é sinal de que ela seja da aposição. "Com esta minha idade, não posso ser de um outro partido, senão a Frelimo, mas hão tenho o cartão de membro, já o tive, mas, agora, não o quero ter, por causa das pessoas iovens que estão a dirigir agora. Por isso, não quero ter o cartão de membro e não quero votar na Frelimo e em Guebuza! Talvez se me dissesse que o governo que a Frelimo irá formar será inclusivo, mas, mesmo issim, não quero", terminou a Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos.
No contra ataque, o orador em serviço, Joaquim Chissano, tentou contornar o embaraço, dizendo “concordo com a doutora Alice Mabota quando diz que não vai votar na Frelimo por aquilo que fez. Eu, próprio, vou votar na Frelimo e em Guebuza, não por causa daquilo que fez, vou votar, sim, por causa daquilo que vai e pretende fazer". Mabota referiu ainda que "alguém me disse que os políticos são malabaristas e malabarismo para mim é sujeira, é crime, é corrupção. Por isso, não quero votar na Frelimo e em Guebuza".
Aliás, Chissano dissera, logo à sua chegada naquela sala, sobretudo depois de gritar viva Frelimo, viva Armando Guebuza que "eu sei que nem todos os que levantaram a mão a dizer viva o fizeram do coração; mas é normal, porque o que queria era apresentar as razões de se dever votar na Frelimo e em Guebuza".
Nota: Retirado na íntegra do Macua de Mocambique ou seja Mocambique para todos onde o leitor poderá ler alguns comentários sobre o tema. Algo relativo ao encontro de Joaquim Chissano com juristas se pode ler também no Defesa de Direitos Humanos
Sinceramente falando e com todo repeito com todo respeito que tenho pelo ex presidente, esta de viva frelimo, foi uma situacao constragedora, para os juristas,porque como se viu existiam juristas naquela sala que nao comungam com os ideiais da frelimo,e o JC mesmo sabendo disso faz com que todos deiam um viva deve ter sido humilhante,nao li na integra o post todo mas parece-me que foi um vexame o que se passou
ResponderEliminarGrande mulher!
ResponderEliminarAlice Mabota teve sorte diferente das velhas senhoras que Daviz mandou sovar na Moamba por se terem recusado receber a mensagem salvadora do MDM e seu candidato.
ResponderEliminarTestemunhas oculares referem que, a mando de Daviz Simango, o senhor Mendes, antigo "chefe" dos madjermanes, chefiou um grupo de jagunços que espancaram selvaticamente as referidas idosas.
No caso da senhora Alice, apesar de ter ido a uma reunião onde sabia que se faria campanha, numa atitude provocadora, não há relatos de que tenha sido molestada.
Este facto mostra a diferença entre Chissano e Daviz; entre a FRELIMO e o MDM.
Oliveira Martins
O Martins Oliveira é grande mentiroso. Todos os incidentes da campanha são bem reportados.
ResponderEliminarFreliMISTA = MENTIROSO
Vai ler o jornal Zambeze (disse Zambeze e não Domingo!) da semana passada. O artigo que relata os factos em questão está ao lado do editorial.
ResponderEliminarDepois de ler o Zambeze volta que conversaremos sobre se é mentira ou não que Daviz orientou Mendes para que, em conjunto com um grupo de seguranças, espancassem umas senhoras idosas que se recusaram a receber a mensagem de Daviz.
Oliveira Martins
A retórica marxista-leninista de JC (A FRELIMO é o único partido com visão) revela a incerteza da burguesia sobre o resultado das eleições. Nas suas “aulas de virtude” perante advogados e juristas o ex-chefe do Estado somente demonstrava seu desprezo pela alternância democrática e o rotativismo no poder. Parece que a FRELIMO se acomodou no poder, sem nunca ter conseguido transformar-se num partido democrático e tolerante. Não acredito que a sociedade civil vai consentir a longo prazo a um sistema de partido único e a decomposição silenciosa da democracia. O povo resiste cada vez mais a hegemonia da FRELIMO, o que provou a grande abstenção nas eleições anteriores. Em mais de três décadas de governação o partido de JC não conseguiu resolver os problemas da Pobreza Absoluta. Por isso o poder político do imperativo nacional ainda é posta em causa. Não dependemos da vontade de JC, dependemos da vontade própria. É por isso que vamos votar no dia 28 de Outubro.
ResponderEliminarPara JC demonstrar ao anónimo e outros deveria, perante os advogados, louvar a oposição, em particular o MDM. Deveria, adicionalmente, falar mal da FRELIMO, condenar em termos veementes a governação de Guebuza.
ResponderEliminarDe facto, é contrário à democracia o Presidente Honorário da FRELIMO tentar puxar a brasa à sua sardinha. Ainda bem que temos intelectuais atentos e uma sociedade civil que está contra estas manobras.
Como JC é meu tio, no próximo encontro hei-de sugerir que, nas suas reuniões passe a louvar a oposição. Só desse modo será percebido como democrata.
Não sei como a FRELIMO, Guebuza e Chissano não se deram conta ainda que o povo não os quer. Todos os encontros e comícios que convocam estão a ser um fracasso total. Veja-se, em contrapartida, a campanha do Daviz! Aquilo é que é! Aquilo é que é saber organizar encontros e comícios.
Deviam desistir, e dar lugar aos que sabem governar.
Viriato Tembe
Caro Viriato
ResponderEliminarApenas não me dou ao trabalho para reagir aos teus comentários, pois soube eu sempre que eram pré-concebida.
Desta vez agradeço-te por revelares mais essas coisas de que temos discutido aqui - domesticação política e nem duvido a razão das tuas conclusões, acusações e negações desde que começámos debater no Diário de um sociólogo.
Ah, como é bom saber de ti próprio quando à tua relação parantesca com Chissano. Eu não disse que é mau, embora julgue estranho declarares que sugerirás ao Joaquim Chissano ao que vai fazer nos próximos encontros pela razão de ser o TEU tio.
Nós aqui ficamos ainda a reflectir.
Um abraco
P.S: Caro Viriato Tembe, para mim, a questão continua a ser o facto de Joaquim Chissano não dizer CLARAMENTE que vai fazer campanha com este e aquele grupo; Porquê mentir? Achas que mentiras merecem a ele?
A outra questão é de ele obrigar que as pessoas revelem o seu sentido de voto. O voto é secreto e ele sabe muito bem. Porquê razão Joaquim Chissano chega de mandar levantar braço quem não vai votar na Frelimo e no Guebuza? Por onde andam as regras do sufrágio universal onde o voto é secreto? Agora que temos aqui um sobrinho que bem fala com ele e lhe sugere ao que deve ou não fazer, que nos traga as respostas das nossas dúvidas, por favor
Caros anónimos (1 e 6)
ResponderEliminarPessoalmente nunca pensei que Joaquim Chissano entraria por estes caminhos. Porém, é preciso entender que esta é uma democracia por conveniência. Quando se quer dinheiro dos doadores ocidentais, se vai a Paris e se diz que se está comprometido com a democracia multipartidária no país, mas quando se quer o dinheiro chinês, se vai a Beijing e se diz que nem com as eleições nem com a dita democracia, do poder ninguém lhes tirará.
Abraços
Cara Gata
ResponderEliminarClaro, temos aqui uma mulher. Como escreveu Custódio Duma, a preocupação é o medo que tanto reina entre muitos moçambicanos.
Em anexo a este post existe um link que leva os leitores ao artigo de Custódio Duma cujo título é: Os Fenómenos MDM, Anónimos e Falsa Identidade. Achei de interessante a reflexão de Duma e é possível provar no nosso quotidiano. Por exemplo, Duma questionou sobre anónimos e pseudónimos com artigos ou comentários que embora aparentam novos, têm o historial do que tem se debatido na blogosfera. Ademais, os aparentemente novos possuem o mesmo vocabulário daqueles que assinavam por nome ou pseudónimo. APENAS FICA ESTRANHO, NÃO É?
ResponderEliminarOs Fenómenos MDM e Daviz Simango são verdadeiramente fenómenos, papäo ou fantasma. Há mesmo os que não conseguem dormir e nem têm como ocultar o medo que têm. Sem sombra de dúvidas a manifestação é como quem diz: Fantasminha Brincalhão
Desde a nascenca do MDM e mesmo desde a candidatura independente de Daviz Simango a Presidente do Município da Beira assistimos uma série de acções caluniosas para se procurar travar tudo com mão. O pior ensaio foi aquele da CNE e Conselho Constitucional que procurou amputar o MDM e Daviz. Só que eles se surpreendem muito que as suas accões têm efeitos contrários.
Fiquem com muita atencão ao que vai-se fabricando nos próximos momentos.
Um abraco
Dra Alice Mabote é uma Grande Mulher!
ResponderEliminarA mais corajosa, vertical que Moçambique já teve.
é uma Mulher paa se tirar o Chapeu.
Ainda nesta peça;
ResponderEliminarJoaquim Chissano na tentativa de convencer o os juristas e advogados a votar na frelimo da forma arrogante que lhes conhecida diz o seguinte:
"quando conquistamos a independencia nao tinhamos isto aquilo....bla bla bla,
era impossível encontrar uma mulher negra a conduzir uma viatura....
Hoje temos mulheres advogadas e muitas outras a guiar carros, o que nem era aceite pelo regime colonial....
essas sao conquistas da frelimo"
Dra Alice ao usar da palavra apenas disse com convicçao e determinaçao entre outras, o seguintr:
"Nao vou votar na frelimo nem no Quebuza, porque a frelimo humilha e pisa as pessoas.
Nao concordo com o ex estadista quando diz que tudo que temos e somos, hoje, foi a frelimo quem fez.
Será que mesmo se o colono continuasse até hoje, Moçambique nao estaria assim?
Eu fui a primeira mulher negra a ter carro no periodo colonial, aqui em Moçambique e nao era a frelimo a governar"
Vale a pena ler toda a peça
Muito bem dito!