Há gente a combater um MAL MENOR quiçá sem essa entender o que está a fazer. Há alguma ingenuidade, coisas da nossa terra e da nossa África.
Essa gente pensa que a CNE prestou um serviço excelente à nação moçambicana por permitir que sejam “só” a Frelimo e a Renamo a concorrer nas eleições em todos os círculos, mas nunca pensou no seu impacto. Muitos não entendem que com uma oposição fraca e insignificante, a Frelimo poderá ser muitíssimo fraca nos próximos anos e a desordem como a que assistimos hoje com alguns administradores, PRM, directores, em suma, muitos funcionários seniores do aparelho do Estado, será incontrolável nos próximos anos, pois haverão muitos excessos. Isto poderá levará a um descontentamento popular que por consequência poderá destruir a própria Frelimo. Recordemos do que se passou nos anos 80 e que nenhuma ofensiva que se desencadeasse, resolvia algum problema antes pelo contrário, a situação deteriorava.
Evito em falar sobre a Renamo, mas a verdade tem que ser dita. Mesmo que ela venha a ganhar mais do que 100 assentos na Assembleia da República de que o país, no seu todo ganhará? Repare-se pelas listas, repare-se pela forma como a disciplina partidária é. Imagine-se pelo tipo de controle que Afonso Dhlakama fará à bancada da Renamo nos próximos cinco anos. Até aqui, estamos numa situação em que as províncias mais populosas do país Nampula e Zambézia estarão na pior situação, em termos de democracia multipartidária.
O que podemos conjecturar é que mais do que nunca, a verdadeira oposição nos próximos anos será o G19, esta que hoje é a oposição de facto. A Assembleia da República terá sede de facto em Paris, lá onde até hoje se aprova o Orçamento Geral do Estado (OGE). Quem leu a entrevista, confira aqui, de Manuel de Araújo pode entender isto facilmente. Se até aqui quem fiscaliza o executivo moçambicano são os doadores, o que pensam muitos dos meus compatriotas que será dos próximos anos se a situação da Assembleia da República deteriorar?
Ao meu ver, apesar do MDM ser muitíssimo novo e ter ainda algumas supostas e verdadeiras lagunas e fragilidades, sobretudo no que diz respeito à sua extensão em todos os pontos do país, este tem e congrega quadros para contribuirem no fortalecimento do nosso processo democrático, num verdadeiro sistema multipartidário. Segundo a minha opinião, a preocupação dos doadores ao nosso processo eleitoral se deve ao facto de eles quererem evitar que a sua área de intervenção na fiscalização do executivo exceda ao nível actual, antes pelo contrário, reduzir cada vez mais, ficando à responsabilidade dos moçambicanos; na minha opinião, esta é a forma de querer ver que no futuro, a fiscalização seja feita pela Assembleia da República e em Moçambique; que o OGE seja de facto aprovado em Maputo.
É ainda interessante nas entrevistas de Manuel de Araújo ao deixar-nos entender e claros que deputados mais coerentes e preocupados pela nação, da bancada da Frelimo, contornavam a disciplina partidária, fazendo passar as suas intervenções por alguns deputados coerentes da Renamo-UE como afirma Manuel de Araújo: Poucas não foram as vezes em que meus colegas da bancada maioritária tiveram que me passar dossiers e até perguntas, porque eles não podiam apresenta-las!. Como poderá ser esta situação no próximo mandato?
Julgando-se o MDM como um mal, esse mal devia ser visto como menor. Mal menor porque pode evitar que os verdadeiros fiscalizadores do executivo moçambicano, sejam os doadores ou seja o G19; mal menor porque o MDM permite o uso racional dos quadros moçambicanos mesmo que não comungando politicamente com a Frelimo; mal menor porque o MDM poderá fortalecer a própria Frelimo. Não sei em que MDM é um mal, mas sei que se assim for, é um MAL MENOR.
Essa gente pensa que a CNE prestou um serviço excelente à nação moçambicana por permitir que sejam “só” a Frelimo e a Renamo a concorrer nas eleições em todos os círculos, mas nunca pensou no seu impacto. Muitos não entendem que com uma oposição fraca e insignificante, a Frelimo poderá ser muitíssimo fraca nos próximos anos e a desordem como a que assistimos hoje com alguns administradores, PRM, directores, em suma, muitos funcionários seniores do aparelho do Estado, será incontrolável nos próximos anos, pois haverão muitos excessos. Isto poderá levará a um descontentamento popular que por consequência poderá destruir a própria Frelimo. Recordemos do que se passou nos anos 80 e que nenhuma ofensiva que se desencadeasse, resolvia algum problema antes pelo contrário, a situação deteriorava.
Evito em falar sobre a Renamo, mas a verdade tem que ser dita. Mesmo que ela venha a ganhar mais do que 100 assentos na Assembleia da República de que o país, no seu todo ganhará? Repare-se pelas listas, repare-se pela forma como a disciplina partidária é. Imagine-se pelo tipo de controle que Afonso Dhlakama fará à bancada da Renamo nos próximos cinco anos. Até aqui, estamos numa situação em que as províncias mais populosas do país Nampula e Zambézia estarão na pior situação, em termos de democracia multipartidária.
O que podemos conjecturar é que mais do que nunca, a verdadeira oposição nos próximos anos será o G19, esta que hoje é a oposição de facto. A Assembleia da República terá sede de facto em Paris, lá onde até hoje se aprova o Orçamento Geral do Estado (OGE). Quem leu a entrevista, confira aqui, de Manuel de Araújo pode entender isto facilmente. Se até aqui quem fiscaliza o executivo moçambicano são os doadores, o que pensam muitos dos meus compatriotas que será dos próximos anos se a situação da Assembleia da República deteriorar?
Ao meu ver, apesar do MDM ser muitíssimo novo e ter ainda algumas supostas e verdadeiras lagunas e fragilidades, sobretudo no que diz respeito à sua extensão em todos os pontos do país, este tem e congrega quadros para contribuirem no fortalecimento do nosso processo democrático, num verdadeiro sistema multipartidário. Segundo a minha opinião, a preocupação dos doadores ao nosso processo eleitoral se deve ao facto de eles quererem evitar que a sua área de intervenção na fiscalização do executivo exceda ao nível actual, antes pelo contrário, reduzir cada vez mais, ficando à responsabilidade dos moçambicanos; na minha opinião, esta é a forma de querer ver que no futuro, a fiscalização seja feita pela Assembleia da República e em Moçambique; que o OGE seja de facto aprovado em Maputo.
É ainda interessante nas entrevistas de Manuel de Araújo ao deixar-nos entender e claros que deputados mais coerentes e preocupados pela nação, da bancada da Frelimo, contornavam a disciplina partidária, fazendo passar as suas intervenções por alguns deputados coerentes da Renamo-UE como afirma Manuel de Araújo: Poucas não foram as vezes em que meus colegas da bancada maioritária tiveram que me passar dossiers e até perguntas, porque eles não podiam apresenta-las!. Como poderá ser esta situação no próximo mandato?
Julgando-se o MDM como um mal, esse mal devia ser visto como menor. Mal menor porque pode evitar que os verdadeiros fiscalizadores do executivo moçambicano, sejam os doadores ou seja o G19; mal menor porque o MDM permite o uso racional dos quadros moçambicanos mesmo que não comungando politicamente com a Frelimo; mal menor porque o MDM poderá fortalecer a própria Frelimo. Não sei em que MDM é um mal, mas sei que se assim for, é um MAL MENOR.
Quero comentar? Indagar? Tecer Comentarios? Nao. CONCORDO!!!!! Boa Reflexao. Forca
ResponderEliminarÉs livre de pensar assim, concordar ou não é um problema meu.
ResponderEliminarSo uma questão, viste as imagens vindas de Nhangau...mostraram provas de que o Daviz esteve envolvido na conspiração contra Dhlakama.
Gostaria de fazer um texto mais elaborado, mas para tal conto com o teu feedback.
Não quero acreditar no que vi.
Nuno Amorim
Caro Domingos Bihale
ResponderEliminarMuito obrigado pela visita ao Reflectindo e forca de reflexão que me deste.
Claro que podes comentar enriquecendo a minha reflexão. Há de facto muitas acções em torno do nosso processo democrático e mesmo na construção da nossa soberania que são autênticas um remar contra a maré. E por causa delas continuamos mais dependentes de fora. Há bons exemplos em África que podíamos seguir, Botswana, Gana, Cabo Verde são alguns deles.
Combater o Mal Menor não começa agora. Nos últimos anos, os que hoje combatem o MDM, dedicaram-se ao asfixiamento da Renamo, punindo SEVERAMENTE aos académicos que fossem reforçar aquele partido como uma forma de contribuir para o país. São coisas da nossa terra, meu amigo.
PS. O movimento discursivo no últimos dias e não menos no Jornal Notícias, e estranho.
Um abraco
Faltaram acentos no meu PS. portanto, eu queria escrever o seguinte:
ResponderEliminarPS: O movimento discursivo nos últimos dias e não menos no Jornal Notícias é estranho.
Um abraco
Ironico e' que a "quadrilha" da CNE nem se quer veem espac,o para se redimirem dos crassos erros que cometer tambem.
ResponderEliminarMesmo tarde a razao vira' ao de cima.
Dede'
Bihale,
ResponderEliminarFale para que nós outros possamos medir o tamanho da sua ignorância. Assim dizia, repetidas vezes, a minha professora de História Económica Dra. Alda Romão Saúte.
Um abraço
Amorim
ResponderEliminarQue imagens são essas vindas de Nhangau ? nós outros que não temos acesso a toda informação precisamos de saber. Conspiração de Daviz contra Dhlakama ? Escreva sobre isso...
Gildo
Oi Dede
ResponderEliminarPosso imaginar quantos mataram hoje as suas saudades de ti.
A CNE não pode se redimir dos crassos erros, por duas razões: a) não é hábito na nossa sociedade que "ministros" se salvem reconhecendo os seus erros - a arrogância prevalecerá. ELES MANDAM E COM O DIREITO DE VIOLAR AS LEIS. b)há ainda muitos que batalham ao lado dela para encobrir os erros graves que ela cometeu. E nos últimos dias, usam a preocupação da comunidade internacional, para desviar as atenções. QUER-SE DIZER QUE A CNE É VÍTIMA DA COMUNIDADE INTERNACIONAL? Afinal o protesto contra as falcatruas da CNE vem dos moçambicanos. Precisamos de ter muita atenção às manobras.
Abraco e bom fim de semana!