Frelimo e Renamo acusados de aliança contra outros partidos
• 10 dos 29 partidos que se candidataram viram as candidaturas totalmente rejeitadas • MDM admitido a concorrer apenas nos círculos eleitorais de Maputo-Cidade, Inhambane, Niassa e Sofala. As suas listas de candidatos foram rejeitadas em 9 círculos eleitorais • Todas listas do PIMO foram rejeitadas • Candidatos rejeitados dizem que irão recorrer ao Conselho Constitucional para denunciar decisões da CNE • O presidente da CNE, João Leopoldo da Costa, admite que CNE não cumpriu prazos legais para a fixação das listas, mas acusa os partidos de terem apresentado candidaturas com muitas irregularidades • O sorteio para ordenamento de candidaturas nos boletins de votos foi realizado ainda ontem poucas horas depois de divulgação das listas admitidas à corrida eleitoral
Maputo (Canalmoz) – A Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou entre domingo e segunda-feira desta semana, as listas das candidaturas aprovadas paras as eleições legislativas de 28 de Outubro próximo. Dez das 29 formações políticas que se candidataram na CNE viram as suas listas rejeitadas, em todos os círculos eleitorais. E das restantes 19, apenas a Frelimo e a Renamo – os únicos partidos com representação na CNE – foram admitidos a concorrerem em todos os 13 círculos eleitorais no país e na diáspora – África e Europa.
Os candidatos rejeitados dizem que a Comissão Nacional de Eleições agiu de má-fé e em clara violação da lei e prometem apresentar recurso ao Conselho Constitucional.
Por sua vez, o presidente da CNE, Leopoldo da Costa, diz que não houve nenhuma irregularidade na actuação da instituição que dirige. Alega que os partidos políticos é que apresentaram candidaturas manchadas de irregularidades e promete convocá-los para lhes explicar as razões porque foram excluídos.
Os partidos e coligações rejeitados em todos os círculos ou parte deles, apesar das promessas do presidente da CNE, queixam-se de não saberem por que foram rejeitados. Alegam que a CNE apenas os “chumbou” mas não emitiu para cada um deles qualquer documento legal a informá-los da base jurídica que suscitou as rejeições.
O sucedido está a causar uma onda de indignação crescente a nível nacional e é já visto como produto de um complot entre a Frelimo e a Renamo.
O Canalmoz esteve nas instalações da CNE à meia noite de 06 de Setembro e até essa hora ainda não estavam afixadas todas as listas admitidas. Também não estavam afixadas as deliberações da CNE. Na manhã de 07 de Setembro a própria Renamo já estava admitida a concorrer em todos os círculos quando na véspera tinha visto a sua candidatura rejeitada em dois círculos. Isso suscita acusações de conluio entre a Renamo e Frelimo, os únicos concorrentes que são simultaneamente concorrente e têm os seus representantes na CNE.
Na edição de ontem, 07 de Setembro, o jornal do regime, “Notícias”, escreveu que “a CNE aprovou 18 das 29 formações políticas que submeteram propostas para concorrer nas eleições legislativas de 28 de Outubro próximo, enquanto o órgão eleitoral procedia às correcções”. Escrevia ainda o matutino que das formações políticas aprovadas para a corrida às legislativas deste ano “apenas seis foram apuradas para concorrerem na totalidade dos 13 círculos eleitorais: Frelimo, Renamo, MDM, Ecologistas, PVM, PT”. O diário cita o vogal da CNE de porta-voz do órgão, Juvenal Bucuana que esteve indisponível para todos os órgãos de comunicação social por alegada “infelicidade”. Na manhã de ontem a CNE dava informações dispares em que afinal de contas só a Frelimo e a Renamo acabaram por ser admitidos em todos os círculos eleitorais. Causava-se dessa forma uma onda de indignação cujas proporções não são ainda possíveis de prever.
Quanto às listas para as eleições para as assembleias provinciais há ainda a dizer que a CNE voltou a não cumprir pura e simplesmente com os prazos legais e só ontem começou a publicar de forma totalmente desorganizada e atabalhoada as listas.
Os painéis em que as listas estão afixadas na CNE estão com as listas publicadas de uma forma totalmente incompreensível e não obedecendo a qualquer método criterioso. Isso também está a causar um enorme mal estar nos interessados.
As irregularidades
Tudo isso está a suscitar que se diga que a primeira irregularidade que está a manchar o trabalho da CNE na divulgação dos resultados, é o incumprimento do calendário fixado por lei.
O artigo 7 da lei 15/2009, a lei de harmonização eleitoral, estabelece que “nos 60 dias anteriores à data da votação, a Comissão Nacional de Eleições verifica a regularidade do processo, a autenticidade dos documentos integrantes, e a elegibilidade dos candidatos”. O número seguinte estabelece 8 dias subsequentes ao termo do prazo da verificação da regularidade das listas de candidatura para o presidente da CNE mandar afixar cópias das mesmas à porta da CNE.
Feitas as contas de acordo com a data fixada para as eleições, os 30 dias anteriores terminam a 28 de Agosto, visto que as eleições estão agendadas para 28 de Outubro. Os 8 dias estabelecidos para afixação das cópias das listas coincide com 5 de Setembro. Nesta data nada estava publicado pela CNE. Por aqui se constata que os prazos não foram cumpridos. As últimas listas, até à madrugada e manhã de ontem, segunda-feira, 7 de Setembro, ainda estavam sendo coladas nas vitrinas da CNE, e com o agravante de as mesmas levarem a data de 28 de Agosto, fazendo crer que a legalidade foi observada pela CNE, quando esta é agora acusada de total desorganização e incumprimento da legislação que ela própria deveria cumprir escrupulosamente.
Presidente da CNE assume atraso na publicação
Abordado sobre esta questão da total desorganização de que a CNE está a ser acusada, o presidente da CNE, João Leopoldo da Costa, explica-se e diz que as datas que vêm nos documentos são “as datas em que nós tomamos a decisão. Seguiu-se a uma reverificação e o prazo legal para publicar foi até dia 5 de Setembro”. O facto é que nem mesmo a 5 de Setembro as listas estavam todas afixadas. Mesmo depois da meia noite de 06 de Setembro ainda se estiveram a publicar listas. E até mesmo na manhã de 7 de Setembro.
As listas da Frelimo foram as primeiras a serem publicadas, todas juntas e de forma extremamente organizada. Até depois da meia noite de 06 de Setembro a própria Renamo ainda pensava ter sido rejeitada em dois círculos nacionais, mas ontem de manhã tudo estava superado. Os outros partidos viram as suas listas publicadas a conta-gotas e de forma completamente desordenada.
Justificando porque razão não se cumpriu com a data de 5 de Setembro, João Leopoldo da Costa disse: “Se se recorda, num passado bem recente, nós publicamos as listas provisórias e apercebemo-nos de erros, e voltamos a publicar outras listas. O que nós fizemos desta vez, foi evitar qualquer publicação sem nos asseguramos que tudo está conforme. Submetemos as listas a uma comissão de verificação de irregularidades, esta constatou que tudo está conforme, e procedemos à publicação. Optamos em evitar a publicação de listas com irregularidades”, justificou o presidente da CNE.
Na supressão de candidaturas, alguns proponentes tentaram enganar a CNE
Sobre as reclamações de alguns delegado de candidaturas que não concordam com a rejeição da totalidade ou apenas de algumas das suas listas, alegando que supriram todas as irregularidades constantes dos seus processos, Leopoldo da Costa disse que ao invés de suprir as irregularidades, muitos partidos políticos tentaram enganar a CNE, “introduzindo novos documentos de candidatos que não estavam previstos nas primeiras listas”, e a CNE detectou esta situação. Leopoldo da Costa não foi mais explícito.
Diz apenas ainda que houve alguns partidos que “mandaram nomes com listas sem processos”. “Tivemos casos que o certificado de registo criminal atesta que o candidato é criminoso, com 4 ou 5 anos de prisão maior”, disse o presidente da CNE. Não revelou em que formação política isso aconteceu.
Candidatos rejeitados serão notificados
Sobre a reclamação dos partidos com candidaturas excluídas, que dizem não ter sido informados sobre as irregularidades que forçaram a rejeição das suas candidaturas, o presidente da CNE garantiu ao nosso jornal que vai informar cada mandatário do que se passou. “Vamos chamar, em cada caso, os mandatários, e serão informados sobre as irregularidades dos seus processos, para que se possam organizar melhor no futuro”, disse.
Excluídos prometem recorrer ao CC
Entretanto, os representantes de partidos que viram as suas listas excluídas pela CNE, prometem recorrer ao Conselho Constitucional, para denunciarem as irregularidades que mancharam o processo.
É o caso de Isameel Mussa, que falava em representação do MDM, e de João Massango, presidente dos Ecologistas.
Todos prometeram pronunciamentos mais profundos, brevemente.
Frelimo em primeiro e Renamo em segundo nos boletins de voto
Entretanto, a CNE não esperou e, a correr, apressou-se a promover, nas instalações da SOJOGO, ao sorteio para apuramento de posições de precedência dos partidos e coligações nos boletins de voto e ao sorteio de tempos de antena.
A seguir a divulgação das listas das candidaturas aprovadas, realizou o respectivo sorteio para apurara a colocação dos partidos nos boletins de voto para as eleições legislativas.
A Frelimo e a Renamo como os “únicos que concorrem em todos os círculos” beneficiaram de um sorteio separado. A Frelimo ganhou o primeiro lugar. O segundo lugar ficou para a Renamo. Os restantes foram sorteados à parte.
A lista completa do posicionamento dos 19 partidos e coligações, nos boletins de voto das eleições legislativas, deu a seguinte ordem: 1º Frelimo, 2º Renamo, 3º ALIMO, 4º Partido Trabalhista (PT), 5º UDM, 6º PARENA, 7º Ecologista-MT, 8º PDD, 9º EU, 10º, PPD, 11º, UM, 12º, PVM, 13º, MPD, 14º, PLD, 15º, PANOC, 16º, PAZS, 17º, PRDS, 18º MDM e 19º ADACD.
(Borges Nhamirre)
Fonte: CanalMoz
• 10 dos 29 partidos que se candidataram viram as candidaturas totalmente rejeitadas • MDM admitido a concorrer apenas nos círculos eleitorais de Maputo-Cidade, Inhambane, Niassa e Sofala. As suas listas de candidatos foram rejeitadas em 9 círculos eleitorais • Todas listas do PIMO foram rejeitadas • Candidatos rejeitados dizem que irão recorrer ao Conselho Constitucional para denunciar decisões da CNE • O presidente da CNE, João Leopoldo da Costa, admite que CNE não cumpriu prazos legais para a fixação das listas, mas acusa os partidos de terem apresentado candidaturas com muitas irregularidades • O sorteio para ordenamento de candidaturas nos boletins de votos foi realizado ainda ontem poucas horas depois de divulgação das listas admitidas à corrida eleitoral
Maputo (Canalmoz) – A Comissão Nacional de Eleições (CNE) divulgou entre domingo e segunda-feira desta semana, as listas das candidaturas aprovadas paras as eleições legislativas de 28 de Outubro próximo. Dez das 29 formações políticas que se candidataram na CNE viram as suas listas rejeitadas, em todos os círculos eleitorais. E das restantes 19, apenas a Frelimo e a Renamo – os únicos partidos com representação na CNE – foram admitidos a concorrerem em todos os 13 círculos eleitorais no país e na diáspora – África e Europa.
Os candidatos rejeitados dizem que a Comissão Nacional de Eleições agiu de má-fé e em clara violação da lei e prometem apresentar recurso ao Conselho Constitucional.
Por sua vez, o presidente da CNE, Leopoldo da Costa, diz que não houve nenhuma irregularidade na actuação da instituição que dirige. Alega que os partidos políticos é que apresentaram candidaturas manchadas de irregularidades e promete convocá-los para lhes explicar as razões porque foram excluídos.
Os partidos e coligações rejeitados em todos os círculos ou parte deles, apesar das promessas do presidente da CNE, queixam-se de não saberem por que foram rejeitados. Alegam que a CNE apenas os “chumbou” mas não emitiu para cada um deles qualquer documento legal a informá-los da base jurídica que suscitou as rejeições.
O sucedido está a causar uma onda de indignação crescente a nível nacional e é já visto como produto de um complot entre a Frelimo e a Renamo.
O Canalmoz esteve nas instalações da CNE à meia noite de 06 de Setembro e até essa hora ainda não estavam afixadas todas as listas admitidas. Também não estavam afixadas as deliberações da CNE. Na manhã de 07 de Setembro a própria Renamo já estava admitida a concorrer em todos os círculos quando na véspera tinha visto a sua candidatura rejeitada em dois círculos. Isso suscita acusações de conluio entre a Renamo e Frelimo, os únicos concorrentes que são simultaneamente concorrente e têm os seus representantes na CNE.
Na edição de ontem, 07 de Setembro, o jornal do regime, “Notícias”, escreveu que “a CNE aprovou 18 das 29 formações políticas que submeteram propostas para concorrer nas eleições legislativas de 28 de Outubro próximo, enquanto o órgão eleitoral procedia às correcções”. Escrevia ainda o matutino que das formações políticas aprovadas para a corrida às legislativas deste ano “apenas seis foram apuradas para concorrerem na totalidade dos 13 círculos eleitorais: Frelimo, Renamo, MDM, Ecologistas, PVM, PT”. O diário cita o vogal da CNE de porta-voz do órgão, Juvenal Bucuana que esteve indisponível para todos os órgãos de comunicação social por alegada “infelicidade”. Na manhã de ontem a CNE dava informações dispares em que afinal de contas só a Frelimo e a Renamo acabaram por ser admitidos em todos os círculos eleitorais. Causava-se dessa forma uma onda de indignação cujas proporções não são ainda possíveis de prever.
Quanto às listas para as eleições para as assembleias provinciais há ainda a dizer que a CNE voltou a não cumprir pura e simplesmente com os prazos legais e só ontem começou a publicar de forma totalmente desorganizada e atabalhoada as listas.
Os painéis em que as listas estão afixadas na CNE estão com as listas publicadas de uma forma totalmente incompreensível e não obedecendo a qualquer método criterioso. Isso também está a causar um enorme mal estar nos interessados.
As irregularidades
Tudo isso está a suscitar que se diga que a primeira irregularidade que está a manchar o trabalho da CNE na divulgação dos resultados, é o incumprimento do calendário fixado por lei.
O artigo 7 da lei 15/2009, a lei de harmonização eleitoral, estabelece que “nos 60 dias anteriores à data da votação, a Comissão Nacional de Eleições verifica a regularidade do processo, a autenticidade dos documentos integrantes, e a elegibilidade dos candidatos”. O número seguinte estabelece 8 dias subsequentes ao termo do prazo da verificação da regularidade das listas de candidatura para o presidente da CNE mandar afixar cópias das mesmas à porta da CNE.
Feitas as contas de acordo com a data fixada para as eleições, os 30 dias anteriores terminam a 28 de Agosto, visto que as eleições estão agendadas para 28 de Outubro. Os 8 dias estabelecidos para afixação das cópias das listas coincide com 5 de Setembro. Nesta data nada estava publicado pela CNE. Por aqui se constata que os prazos não foram cumpridos. As últimas listas, até à madrugada e manhã de ontem, segunda-feira, 7 de Setembro, ainda estavam sendo coladas nas vitrinas da CNE, e com o agravante de as mesmas levarem a data de 28 de Agosto, fazendo crer que a legalidade foi observada pela CNE, quando esta é agora acusada de total desorganização e incumprimento da legislação que ela própria deveria cumprir escrupulosamente.
Presidente da CNE assume atraso na publicação
Abordado sobre esta questão da total desorganização de que a CNE está a ser acusada, o presidente da CNE, João Leopoldo da Costa, explica-se e diz que as datas que vêm nos documentos são “as datas em que nós tomamos a decisão. Seguiu-se a uma reverificação e o prazo legal para publicar foi até dia 5 de Setembro”. O facto é que nem mesmo a 5 de Setembro as listas estavam todas afixadas. Mesmo depois da meia noite de 06 de Setembro ainda se estiveram a publicar listas. E até mesmo na manhã de 7 de Setembro.
As listas da Frelimo foram as primeiras a serem publicadas, todas juntas e de forma extremamente organizada. Até depois da meia noite de 06 de Setembro a própria Renamo ainda pensava ter sido rejeitada em dois círculos nacionais, mas ontem de manhã tudo estava superado. Os outros partidos viram as suas listas publicadas a conta-gotas e de forma completamente desordenada.
Justificando porque razão não se cumpriu com a data de 5 de Setembro, João Leopoldo da Costa disse: “Se se recorda, num passado bem recente, nós publicamos as listas provisórias e apercebemo-nos de erros, e voltamos a publicar outras listas. O que nós fizemos desta vez, foi evitar qualquer publicação sem nos asseguramos que tudo está conforme. Submetemos as listas a uma comissão de verificação de irregularidades, esta constatou que tudo está conforme, e procedemos à publicação. Optamos em evitar a publicação de listas com irregularidades”, justificou o presidente da CNE.
Na supressão de candidaturas, alguns proponentes tentaram enganar a CNE
Sobre as reclamações de alguns delegado de candidaturas que não concordam com a rejeição da totalidade ou apenas de algumas das suas listas, alegando que supriram todas as irregularidades constantes dos seus processos, Leopoldo da Costa disse que ao invés de suprir as irregularidades, muitos partidos políticos tentaram enganar a CNE, “introduzindo novos documentos de candidatos que não estavam previstos nas primeiras listas”, e a CNE detectou esta situação. Leopoldo da Costa não foi mais explícito.
Diz apenas ainda que houve alguns partidos que “mandaram nomes com listas sem processos”. “Tivemos casos que o certificado de registo criminal atesta que o candidato é criminoso, com 4 ou 5 anos de prisão maior”, disse o presidente da CNE. Não revelou em que formação política isso aconteceu.
Candidatos rejeitados serão notificados
Sobre a reclamação dos partidos com candidaturas excluídas, que dizem não ter sido informados sobre as irregularidades que forçaram a rejeição das suas candidaturas, o presidente da CNE garantiu ao nosso jornal que vai informar cada mandatário do que se passou. “Vamos chamar, em cada caso, os mandatários, e serão informados sobre as irregularidades dos seus processos, para que se possam organizar melhor no futuro”, disse.
Excluídos prometem recorrer ao CC
Entretanto, os representantes de partidos que viram as suas listas excluídas pela CNE, prometem recorrer ao Conselho Constitucional, para denunciarem as irregularidades que mancharam o processo.
É o caso de Isameel Mussa, que falava em representação do MDM, e de João Massango, presidente dos Ecologistas.
Todos prometeram pronunciamentos mais profundos, brevemente.
Frelimo em primeiro e Renamo em segundo nos boletins de voto
Entretanto, a CNE não esperou e, a correr, apressou-se a promover, nas instalações da SOJOGO, ao sorteio para apuramento de posições de precedência dos partidos e coligações nos boletins de voto e ao sorteio de tempos de antena.
A seguir a divulgação das listas das candidaturas aprovadas, realizou o respectivo sorteio para apurara a colocação dos partidos nos boletins de voto para as eleições legislativas.
A Frelimo e a Renamo como os “únicos que concorrem em todos os círculos” beneficiaram de um sorteio separado. A Frelimo ganhou o primeiro lugar. O segundo lugar ficou para a Renamo. Os restantes foram sorteados à parte.
A lista completa do posicionamento dos 19 partidos e coligações, nos boletins de voto das eleições legislativas, deu a seguinte ordem: 1º Frelimo, 2º Renamo, 3º ALIMO, 4º Partido Trabalhista (PT), 5º UDM, 6º PARENA, 7º Ecologista-MT, 8º PDD, 9º EU, 10º, PPD, 11º, UM, 12º, PVM, 13º, MPD, 14º, PLD, 15º, PANOC, 16º, PAZS, 17º, PRDS, 18º MDM e 19º ADACD.
(Borges Nhamirre)
Fonte: CanalMoz
Caro amigo Reflectindo,
ResponderEliminarNão surpreende a ninguém estes actos ilegais e anticonstitucionais do CNE. A aplicação selectiva dos princípios e regras que regulam a verificação da regularidade das inscrições (e não das listas) e das candidaturas para as eleições legislativas carece de qualquer legalidade democrática. A CNE não cumpriu as próprias leis nem os auto proclamados prazos pela verificação das inscrições e das candidaturas. Também não foram publicados as razoes da exclusão de candidatos do MDM. Uma vergonhosa manipulação do processo eleitoral, que deve ser combatido com todos os meios jurídicos disponíveis
A verificação da regularidade das inscrições e das candidaturas a Assembleia Nacional da Republica e para as assembleias provinciais é regulado no 1° artigo 177 da lei n° 7/2007 de 26 der Fevereiro e no artigo 146 da lei n° 10/2007 de 5 de Junho. O prazo pela verificação expirou no dia 28 de Agosto de 2009. O prazo pela afixação de divulgação das listas expirou no 31 de Agosto, em flagrante violação dos artigos 133 no 3 e 176 da lei n° 7/2007 de 26 de Fevereiro e o artigo 145 da lei n° 10/2007 de 5 de Junho. É evidente que há manipulação dos fatos. Estou cansado do CNE.
Um abraço
Oxalá
Para quando a exoneracao desta CNE? Eles ja estao mais do que desacreditados. No entanto, a Frelimo promoveu-os a postos, penso eu, jamais vistos em qualquer outro pais do mundo. Sera forma de angariar a simpatia deles e assim poder manipular as eleicoes? Estes 'ministros' jamais quererao abandonar o seu posto e deixar de usufruir das suas muitas regalias e salarios chorudos. Isto que aconteceu, foi uma verdadeira vergonha, um retrocesso no processo democratico, mas temos de lutar com todas as nossas forcas e nao permitir que a Frelimo, que diz nao se sentir ameacada pelo MDM, faca jogo sujo ou cometa irregularidades, nem que tenhamos de recorrer a justica, ou mesmo manifestarmo-nos em massa. Nao tenhamos medo, pois quem tem a verdade e razao do seu lado, nao deve temer ninguem. Mocambique nao pertence a Frelimo, mas a todos os que sonham com a verdadeira democracia e apostam num Mocambique para TODOS.
ResponderEliminarMaria Helena
Quando a CNE deliberou contra a participação de todos os candidatos às presidenciais foi aplaudida por todos vocês. Disseram na altura que tornava o trabalho mais fácil.
ResponderEliminarQuando sairam as primeiras informações (erradas) a dizer que quase todos os Partidos, menos a FRELIMO, a Renamo e o MDM tinham sido exscluidos no todo ou em parte, a CNE foi aplaudida. Algué disse que isso tornava mais fácil a escolha dos cidadãos.
As coisas começaram a mudar quando se soube que o MDM tinha sido excluído de alguns círculos eleitorais. Aí, a CNE de bestial passou a ser besta.
Convido-vos a irem ler os vossos própris comentários aqui e no blogue de Carlos Serra.
Gostaria de saber porque Carlos Serra e Reflectindo não estão dispostos a aceitar que o MDM possa ter cometido as mesmas irregularidades que os outros Partidos.
O que quero saber de vocês (Reflectindo e Carlos Serra) é: UMA IRREGULARIDADE DEIXA DE O SER QUANDO COMETIDA PELO MDM?
Vosso critério de verdade, de rectidão e da correcção é muito paridarizado.
Heitor Jacob
Heitor Jakob versus frelimista!
ResponderEliminaré isso que o MDM exigiu ao medico Leopoldo, que apresentasse as razoes da exclusao!
voce foi estudante, todo aquele que chumba tem o direito de saber os porques.
A CNE ate agora ainda nao apresentou ao MDM as razoes da exclusao.
o Leopoldo deve ser afastado da CNE e ir continuar a dar consultas aso seus doentes.
de direito ele nao percebe nada.
vamos a luta!
Abel NPL
TERRAMOTO POLITICO VEM AÍ...
ResponderEliminarFALTA A EXPLOSAO
Heitor Jacob
ResponderEliminar1. Cometes um grande erro. Quem aprovou as candidaturas presidenciais não foi CNE mas sim CC (Conselho Constitucional). Estas são instituicões diferentes e por sinal a última tem todos juristas.
2. Não vais encontrar lugar algum onde eu escrevi que ao aprovar apenas três, o trabalho estava facilitado. E não vi nenhuma opinião igual dos comentam neste meu blog. ESTÁS A MENTIRIR. É MAU E É COM ESSE ESPÍRITO QUE SE É INJUSTO.
3. O Conselho Constitucional produziu acta do seu acórdão. A CNE já produziu? RESPONDE, HEITOR JACOB!
4. Quais são as irregularidades? Quais candidatos tiveram o processo com irregularidades?
5. Quem pergunta não é Reflectindo e Carlos Serra, mas muitos mocambicanos. O senhor aprenda a respeitar a todos.
6. Se queres fazer pergunta a Carlos Serra que pergunte a ele mesmo e no seu blog. Desculpa, deixe de fazer perguntas a Carlos Serra no Reflectindo. Prefiro que mesmo ao Reflectindo o Heitor faca perguntas no Diário de um sociólogo que lá vou responder-te.
Espero que tenhas me entendido e queiras respeitar a mim e o meu espaco.
Amigo Oxalá
ResponderEliminarComo vêz, o Heitor Jacob mostra a pobreza de gente que temos. O Heitor Jacob não olhou na lei de que referes e assim foi a Comissão Nacional das Eleicões.
Veja a resposta do porta-voz da CNE a dizer que os partidos políticos não têm que pedir a CNE os nomes dos chumbados. Peguemos na lista de Manica será que todos os candidatos tiveram irregularidades e quais?
Estamos com uma CNE que não respeita as leis e agora está a jogar com o tempo.
Cara Maria Helena
ResponderEliminarJá havíamos desconfiado do porque eles já se tinham tornado ministros. Agora está se provando apenas.
Mocambique está sendo Zimbabwe, foi dito em vários relatórios.
Caro Abel NPL
ResponderEliminarHeitor Jacob é Fremilista e por aqui sempre apareceu para atacar o MDM. Agora não sei se ele ao defender ilegalidades da CNE, acha que estaria a tirar a cumplicidade da Frelimo ou vinha provar isso MESMO.
Gosto muito quando eles nos confirmam voluntariamente que CNE e Frelimo estão de mãos dadas.
Azares
ResponderEliminarOs eliminados candidatos presidenciais Yá-Qub Sibindy (o Homo Sibindycus, exponencial usador de vistosas capulanas e de vistosos turbantes e de um cajado real, muito procurador de e muito procurado por certos órgãos de informação) e José Viana (o cruzado, o Homo Vianus), têm agora também eliminados das eleições legislativas de Outubro próximo os seus partidos, respectivamente PIMO e UDM, devido a várias irregularidades. Já agora, recorde uma descoberta do bem-amado Sibindy aqui. Acresce que eliminada foi também a União Democrática, que anteontem criou um blogue.
Adenda: Frelimo, Renamo e MDM foram apurados, os únicos partidos com candidatos presidenciais também apurados, designadamente Armando Guebuza, Afonso Dhlakama e Daviz Simango.
umBhalane disse...
Nesta dase é uma boa notícia.
Assim é mais claro.
Nesta fase.
Menos confusão para os eleitores, nomeadamente os rurais.
Q.B. (quanto basta)
7/9/09 8:53 AM
Reflectindo disse...
Ya-Qub Sibindy, um político distraído????
7/9/09 10:40 AM
Xicoxa disse...
AZAR? Ca pra mim ,agora ta m do que provado que estes Partidos nunca existiram,Os seus lideres é que tentavam atirar areia pra os olhos dos mocambicanos, procurando fazer crer que estarim a ser vitimas do sistema e eis o resultado foram CHUMBADOS.
Vamos la ver o que vai dizer agora o lider do PIMO ? Qto ao Viana fica pra proxima Ainda n foi desta que tira os tacos do CNE.
A vitoria prepara-se a Vitoria Organiza-se
Ainda vamos ouvir cantar o Galo em Outubro.
7/9/09 4:14 PM
Viriato Dias disse...
Uma vez mais Sibindy em acção. Ao escrever este comentário não me cansei de rir ao ver a foto deste político com uma bandeira do Sistema. Não sei que nome dar a Sr. Simbindy, que até já prestou, politicamente, ao país. É agora um caso morto.
Um abraço
7/9/09 7:06 PM
Não podemos continuar a alimentar os desorganizados e desleixados.
ResponderEliminarAs impurezas das águas do rio vão ficando pelo caminho.
Palavras do analista Carlos Jeque, no seminário promovido pela Liga dos direitos humanos para analisar a exclusão de partidos politicos.
Caro Heitor,
não te masses em postar no blog do Carlos Serra, ele não aceita posts que contrariem as posições do MDM.
As explicações dadas pelo vogal António Chipanga, no jornal da tarde da TVM, foram bastantes ilucidativas.
O Mussá confundiu a Lei que rege o processo para eleição das autarquias locais, com o pacote eleitoral que regula o processo para eleição do PR, AR e Assembleias Provinciais. Parecia uma aula para o Mussá.
Nuno Amorim
Heitor Jacob
ResponderEliminarOnde que eu afirmei o que dizes? Eu apenas interroguei. Aprende a ler, por favor.
Caro Nuno Amorim
Sabes como é visto agora Carlos Jeque??? Sim viste ainda neste blog no artigo de Edwin Hounoun. Quem sabe mais sobre ele??? Talvez republicar o artigo????
Como não são tuas palavras dispenso julgar-te, mas se pretendias falar sobre irregularidades ainda não trouxeste provas. Essas são as que precisamos. As afirmacões de António Chipanga são vergonhosas.
Se há o que não devemos admitir em Mocambique, é um péssimo trabalho duma CNE. Este tipo de trabalho é perigoso e já temos experiência.
"The MDM lists for the other seven provinces were all rejected by the National Elections Commission (CNE), without any explanation. The MDM is appealing against this exclusion to the Constitutional Council, the body that has the final word in electoral disputes"
http://allafrica.com/stories/200909090791.html
Achas Nuno Amorim que nos nove círculos eleitorais todos os candidatos tinham irregularidades? Porquê não te preocupas nisso? Porquê não achas ser importante que a CNE deve dizer por exemplo quais candidatos tiveram irregularidades por exemplo em Manica? E quais foram as irregularidades cometidas? É difícil fazer isto?
ResponderEliminarGostarias que alguém te acusasse de desvio, por exemplo, sem provas?
Nuno Amorim, desde quando é que a Lei 7/2007 é Lei das autarquias Locais? A mesma pergunta com relacao a Lei 15/2009? Desde quando o Acordao 02/CC/09 Referente ao processo 11/0CC/08 é sobre as Autarquias Locais? A Imprensa Nacional vende essas leis e o site do CC pode permitir acederes ao Acordao refenciado e que proibe a CNE de fazer o sorteio da forma como o fez. Convido-te a dar a cara e vir a publico discutir os teus dotes juridicos. Amanha por exemplo estarei na TVM a discutir esses assuntos a partir das 21:30 no programa quinta a noite. Sugira aos camaradas para proporem o teu nome para o painel e todos ficaremos a saber quem tem razao. Seja Homem com "H" e deixa de usar o anonimato para julgar aos outros. Por outras palavras esse tipo de atitudes podem ser consideradas como sendo de covardia. Como pessoas educadas e adultas que eu sei que és julgo que es bem vindo a um debate público como forma de melhorar o debate de ideias na nossa sociedade. Seja como o Alberto Nkutumula, Niquice, Frangules e outros camaradas teus que discutem de forma franca e aberta e muita gente nutri simpatia por eles mesmo nao sendo camaradas seus. Eu por exemplo nao tenho problemas em reconhecer publicamente a minha admiracao por eles mesmo divergindo por vezes de ideias com os mesmo. Nao penso voltar a debater ideias contigo ao menos que te identifiques. Fica lancado o convite. Posso esperar por ti?
ResponderEliminarhá uma coisa que não consigo perceber: porque é que aquando da exclusão dos candidatos presidenciais o MDM não mexeu palhas, mas agora que excluem o seu partido das legislativas gritam a quatro ventos que a democracia está a ser violada ?
ResponderEliminarOs membros do MDM fizeram mal o TPC de recolha de dados das listas de candidatura para submissão a CNE. Daviz pode até ser um bom líder, mas tal como eu disse no passado, ele está muitissimo mal acompanhado de lambebotas e parasitas políticos que não olham a meios, não olham a questões organizacionais internas,. apenas olham para o parlamento.
Não posso colocar o Ismael Mussa fora deste grupo de incopetentes do MDM. Bem perguntou o deputado Niquice porque é que existe uma falta de coerência discursiva e ideologica de Ismael Mussa, um individuo que já foi de esquerda, de centro e de direita em pouco espaço de tempo ?
Gil
vozdarevolucao
Senhor da Voz da Revolucão
ResponderEliminarAqui no meu blog queres que respondas com lógica e respeito, ponto final.
Do resto tens o teu espaco.
Aqui o assunto é sobre a deliberacão da CNE.
Ao grupo Xana
ResponderEliminarMais uma vez aviso ao grupo para não usar o meu blog para ataques e insultos em violacão à Constituicão da República de Mocambique.
Se é que o grupo nunca leu a CRM é já tempo para ver os os artigos 52 e 53.
É lamentável o triste espectáculo proporcionado pelos malabaristas frelimistas na sua paranoia de manipularem a verdade e defenderem o indefensível.
ResponderEliminarMas o que esperar desta gente? Certamente que não vão afirmar que o CNE deixa a imagem de um organismo desacreditado, incompetente, desorganizado, irresponsável e que desrespeita as Leis. Muito menos poderiam afirmar que o "Ministro" João Leopoldo e os seus "Vice-Ministros" estão ali para defenderem os interesses do Partidão. Portanto, nada mais resta a estes apologistas frelimistas do que o ataque ao MDM. Nada de novo aqui, a habitual incoerencia!
O Amorim, se aceitar o repto lançado, tem uma oportunidade soberana de nos convencer de que sabe do que está a falar e que afinal é um patriota, desfazendo assim a imagem de anti-democrata e lambe-botas que se esconde no anonimato.
Orgulhosamente democrata,
José
Prezado Ismael,
ResponderEliminarFaço das minhas as palavras do Reflectindo, quando o Bloguista Basilio Muhate lançou-lhe o mesmo repto:
“Bem, o meu caro vai mesmo que ter a tal curiosidade por muito tempo. Mas acho algum mal assim, já que muitos já aceitaram amizade, concidadania, comigo por muitos anos.”
Se achas que eu e o Reflectindo não somos homems com "H" maíuscula e somos cobardes, so podemos aceitar...são ossos do oficio.
Assim como o Mussá saltita de partidos em partidos, nos mantemo-nos no anonimato. Acho que somos livre de optar por aquilo que a nossa consciência manda.
Caros Reflectindo,
o alláfrica mais não fez se não repetir os equívocos do Mussá...provavelmente dás maior relevância porque está em Inglês.
A velha história de que tudo que vem do estrangeiro é melhor.
Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim
Caro Nuno Amorim e respectivos pseudos
ResponderEliminarOs artigos escritos no allafrica nao vem do estrangeiro. Sao artigos publicados na midia nacional traduzidos para ingles. Ate me surpreende o facto do Allafrica estar a tomar uma posicao isenta, desta vez.
Todos sabemos que o AIM eh o maior contribuidor de artigos para o Allafrica, e todos sabemos quem eh o maior financiador do AIM.
Quanto as eleicoes e as recentes deliberacoes da CNE, dizer que acredito que quem de direito ira tomor uma postura correcta e ira reverter a tal situacao. Caso nao, chamo ao nosso Chefe de Estado Armando Guebuza e ligar ao CNE e ordenar a reposicao da lei e bom senso. Qualquer lider que aspire por uma reascencao a presidencia de forma legitima o faria. Acredito que o presidente Guebuza o eh e o ira o fazer.
Laude Guiry
Pela independencia, Democracia, e multipartidarismo pacifico
Caro Laude,
ResponderEliminarnão vi novidade no seu post.
Eu disse que allafrica repitiu aquilo que o Mussá tem dito na imprensa nacional, ou seja, traduziu os equivocos do Mussá para inglês. Por isso, não percebo o porque dos teus dois primeiros parágrafos.
Relativamente ao último parágrafo, sugiro que faças como o Reflectindo e procures pelo acordão da CNE antes de sugerires asneiras...Não caias no ridiculo de solicitar que o Presidente Guebuza, que ambiciona continuar a ser o garante da constituição, ligue para a CNE a solicitar que violem a lei 15/2009.
Nuno Amorim
Com a mesma serenidade que os nossos analistas bloguistas elogiaram a exclusão de quase todos candidatos a PR, tambem deveriam aceitar a decisão da exclusão dos partidos que não reuniram requisitos.
ResponderEliminarComo disse o meu lider, em 2014 ha mais.
Estou com pena dos que abandonaram a Renamo para ir num partido desorganizado.
Moises Massandique
O cenário mais provavél para as eleições de 28/10 é uma massiva abstenção, pois esta decisão não só afecta o MDM e outros partidos excluidos, mas também todos aqueles eleitores que acreditam nesses partidos e sobretudo aqueles cuja decisão de votar depende da transparencia, imparcialidade e integridade do processo, e das instituições de administração eleitoral.
ResponderEliminarNo entanto o que mais me preocupa é o comportamento da chamada sociedade civil na CNE; pois pelo que me consta a sua relevância na CNE resulta da necessidade de des-bipolarização do processo decisório dominado pela Frelimo e Renamo, ou seja, a expectativa era que a sociedade civil iria sobretudo representar os interesses da sociedade e dos eleitores num orgão antes dominado por partidos politicos e assegurar transparencia e imparcialidade no processo eleitoral.
Mas a pratica tem mostrado que nada alterou, isto é, a CNE e as suas decisões continuam marcadamente dominadas por interesses partidarios.
Ora a questão que se coloca (assumindo que os representantes da sociedade civil na CNE não estão comprometidos com nenhum partido) é; qual tem sido o comportamento destes perante assuntos de grande importancia tal é o caso da exclusão de varios partidos em participar nas eleições com base em argumentos que a luz da sociedade tem o seu merito mas nao justificam a tamanha punição?
Este questionamento justifica-se pelo seguinte. Os representantes do partido Frelimo e da Renamo na CNE assumem seus posicionamentos após consultas com os seus respectivos partidos. Será que o mesmo ocorre em relação aos representantes da sociedade civil. Quais são as fontes de consulta dos representantes da sociedade civil na CNE. Será que o presidente da CNE ( o PROF DR) antes de assumir uma posição consulta o grupo social que alavancou a sua candidatura? Será que o escritor Juvenal establece contactos com a respectiva associação que suportou a sua candidatura? Será que os membros da Consilmo estão em sintonia com o seu presidente na CNE?Os representantes da Frelimo e Renamo na CNE prestam contas aos repsectivos partidos. E o que dizer dos representantes da sociedade civil; a quem este grupo presta as contas das suas actividades na CNE; e como é que se opera esta prestação de contas?
Supondo que esta prestação de contas nao ocorre, a questão que se coloca tem haver com a capacidade que estes agentes tem primeiro no dominio de assuntos eleitorais e depois de se manterem imparciais e fieis aos valores de transparencia e imparcialidade na gestão do processo que a sociedade civil advoga.
Sem excepção de um, nenhum destes representantes tem dominio (pelo menos publico) do dossier eleitoral. Não lhes são atribuidas ou conhecidas teses ou posições sobre este dossier, ou seja, dentre os representantes da sociedade civil na CNE, há desde medicos, escritores, sindicalistas, activistas sociais, menos individuos com conhecimento e experiencia de trabalho nesta area. E isto (quanto a mim) abre espaço para manipulação dos partidos que possuem na CNE quadros com dominio do dossier eleitoral.
E o que dizer da transparência e imparcialidade. Ora a capacidade e dominio que temos sobre determinado assunto determina a forma nos comportamos perante esse mesmo assunto. A possibilidade de manipulação é maior quanto menor for o nosso dominio sobre os assuntos que trabalhamos e quando trabalhamos de forma isolada.
Portanto se os representantes da sociedade civil tivessem um dominio acima da media sobre os assuntos que tratam diariamente na CNE e obrigatoriedade de consutla e prestação de contas, o seu desempenho seria claramente melhor e menos suspeito.
Meus Caros,
ResponderEliminarDesculpem, que hoje tenho mesmo falta de tempo. Voltarei à reaccão aos comentários brevemente.
Heitor Jakob,
ResponderEliminartiraste-me as palavras...como diz o ditado, piri-piri no olho do outro é refresco
Postei o editorial do CanalMoz/Zambeze que cita a Lei Eleitoral vigente e anexei o link dessa mesma lei.
ResponderEliminarAgora que discutamos as coisas na base dessa lei: Lei n° 7/2007 de 26 de Fevereiro
A Frelimo, nao consegue se desmarcar das suas atitudes tribalistas que tem implementado desde o tempo da luta pela independencia. Nestas eleicoes, pretendem que o Sul possa votar em todos os candidatos/partidos disponiveis, mas ja o Centro e Norte so' poderao votar naqueles que os tribalistas assim desejarem!
ResponderEliminaro ùltimo comentário foi feito por um analista ou um frustrados?
ResponderEliminarÉ um individuo que claramente tenciona recorrer ao tribalismo para afogar a sua frustração.
Será que Gaza e Maputo-Provincia não estão no Sul? Ou não sabes que o MDM não concorrerá nestas duas provincias? Se calhar é o problema do conhecimento do mapa de Moçambique, ja que muitos blogam a partir da diaspora.
Depois da divulgação da carta em que o MDM pedia para trabalhar nos computadores do CNE para reorganizar a os processos que tinham enviado ao CNE ainda tens duvidas de quem é a responsabilidade?
1. Em Milange mandaram nomes sem processos.
2. Em Cabo Delgado mandaram processos sem arrumação das listas.
3. Em Manica mandaram um individuo que tinha sido condenado a 5 anos de prisão maior.
Queres mais?
É melhor seguir o conselho de Dhlakama e organizarem-se melhor nas eleições de 2014
Juvenal
Caro Nuno Amorim
ResponderEliminarSabes uma coisa? Eu gostaria que evitasses emocões ao excesso, procurando argumentar as coisas duma forma que mostre teres feito um exercício de reflexão. Por exemplo: a) não precisas de me imitar ao responderes ao Mussá. Tu tens as tuas razões, concerteza muito diferentes das minhas. Não achas? Se não achas, que me digas as tuas, pois que eu te direi as minhas;
b)Tu não tens nadinha com as livres filiacões de cidadãos a partidos, incluindo às saídas dum para outro/s. Se fosses justo e pelos direitos humanos, condenarias as pressões que o teu próprio partido faz aos cidadãos - o uso da funcão pública para angariacão de membros. No pior, essa conversa esquivas. E, pensas que todos os que têm cartão da Frelimo são membros desse partido?
b) Só quem não reflecte profundamente, pode excluir que o Presidente da República tem algum poder, como Laude Guiry disse. Veja que o PR é quem convoca eleicões e penso ele ter o direito de desconvocá-las a BEM DA NACÃO; Até lá, ele tem Conselho de Estado a consultar... Se não fizer agora, o fará, mas até aí já terá havido muito estrago.
c) Tens que pensar pelas consequências das decisões. Para quem é rigoroso em cálculos matemáticos, não é difícil chegar à conclusão que esta decisão da CNE já é cara financialmente e em questões de tempo ao Estado (a cada mocambicano), aos partidos políticos, às OSC, aos doadores, etc. A decisão também desgasta a Frelimo, partido no poder, interna e externamente. Sabe-se que muitos fazem fraudes e outras falcatruas em nome da Frelimo ou assim se protegendo. Veja que o monopartidarismo foi anunciado por figuras seniores do teu partido e ao que acertar-se é apenas a CONCRETIZACÃO. O primeiro "erro" ou sinal, foi de Armando Guebuza nunca ter se distanciado desse desejo. Por essa "razão" a pressão para o cartão vermelho na funcão pública, pelo menos na minha província, Nampula, está a 100 %. Mas atencão, meu caro amigo... E, ainda é cedo, pior se os que têm o poder de decisão não se aperceberem das consequências...
Bom fim de semana!
Caro Moises Massandique,
ResponderEliminarPrimeiro que me desculpe por tardiamente reagir ao que escreveste;
Segundo, confesso-te que não é o meu hábito de falar mal da Renamo e Dhlakama, embora eu fale dos seus erros. Coisa diferente, não é? Também penso que não falo mal da Frelimo e Guebuza senão dos seus erros e fazer-lhe oposição. O que é fazer oposição afinal? Reflicta sobre isso.
Terceiro, confesso-te que não provas que bloguistas, de forma geral, elogiaram a exclusão de candidatos presidenciais, mas alguns podem ter chegado a conclusões mais ou menos válidas. Isto por um lado. Por outro lado, qualquer analista político pode também fazer cálculos matemáticos que até podem sustentar que dois, três, quatro ou cinco candidatos às presidenciais seja o melhor. Olha Moisés, aqui é para se apurar apenas um único candidato que será o Presidente da República. O número de candidatos tem suas vantagens e desvantagens e cada um é livre de expressar a sua opinião. Na minha opinião, a oposição moçambicana precisa de união, portanto a redução do número de candidatos desde que não vá até a um único, é uma vantagem para a oposição.
Amigo Moisés, a oposição um dia chegará ao poder se ela se unir, tiver um menor número de candidatos. Sustentei um grande número de candidatos com o intuito de na primeira volta nenhum candidato tivesse que obter 50 % ou mais vou. Para os bloguistas mais positivos por apenas 3 candidatos, pode ser que sejam muito racionais e só um espírito egoista pode ignorar a tal racionalidade. Confesso-te que tenho estranhado comportamentos como o teu, Moisés Massandique, pois para mim, esse comportamento revela fazer política com base nas fantasias e não com base numa análise política. É estranho a união Frelimo-Renamo para combater um partido da oposição como o MDM. Diz-me Moisés, se houver a segunda volta presidencial entre Guebuza e Simango em quem vais votar?
Quarto, qualquer analista político sabe que matematicamente, nas Assembleias Provinciais podem concorrer 46 partidos em Nampula e cada um ter um assento parlamentar (imaginário ou teoricamente). Portanto, só acima de 46 partidos se pode esperar (teoricamente) que alguém ou alguns partidos não terá(ão) assento na Assembleia da República. E usando o mesmo raciocínio, estou convencido que a reacção poderia mais abrangente quanto às Assembleias Provinciais.
Um abraço do Reflectindo.
Caro Juvenal
ResponderEliminarAinda não tiveste tempo???? Mas olha, digo-te que de facto Gaza e Maputo-Província estão no Sul, só que a Frelimo pensa que é sua pertença absoluta e quando se apercebe que um partido como MDM está a penetrar com sucesso, ela manda travar o avanço.
Não é preciso ser grande analista para saber que a Frelimo está fazendo tudo por tudo para que mantenha a sua absoluta hegemonia nestas duas províncias.
Desta vez se a Frelimo deixasse o MDM concorrer em Gaza, estaria provado se os gazenses só podem votar na Frelimo o que eu já não acredito.