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domingo, julho 19, 2009

Jeremias, Satânico e Langa

O nosso amigo Jeremias é um pacato cidadão que vive nos subúrbios de Maputo. Tem um amigo muito especial. São inseparáveis. «Um bode e tal» — faz questão de sublinhar. «O meu Satânico, que de “Satanás” nada tem» — esclarece Jeremias.

Diz-nos que nasceu lá em casa, no quintal. Há três anos precisamente. E foi ele que amamentou, a biberão, o “seu” Satânico, «pois a mãe, uma cabrinha solteirona, morreu ao dar à luz o seu filhote» — revela-nos ele.

Entretanto, o Satânico cresceu e tornou-se adulto, aquilo a que se chama um verdadeiro e robusto bode. Os “cornos” nasceram devagarzinho, com o passar do tempo. Não julguem os mais “atrevidos” que foram «cornos postos», não senhor. O Satânico nunca conheceu nenhuma cabra e nem está para aí virado, segundo o seu dono e amigo Jeremias.

Percorrem, juntos, dezenas de quilómetros, cidade fora. São vistos muitas vezes em Marracuene. O Jeremias vai lá muito beber uns canecos ao bar do amigo Langa. O Langa, para quem não conhece, é um amigo de infância do Jeremias. E quando estes se encontram «é uma festa a três».

Depois de uns tantos canecos tomados, o Jeremias vira-se para o Satânico e pergunta: «sócio, vamos andando para casa?» ao que ele responde com um «béeeee» prolongado e muito amaricado. São realmente dois amigos incríveis: o Jeremias e o Satânico. E o amigo Langa partilha com muita frequência esta amizade pura e espontânea com os dois.

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