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quarta-feira, junho 10, 2009

Guardas da Renamo tentam matar Daviz Simango

Daviz Simango, líder do recém-criado Movimento Democrático de Moçambique (MDM), escapou esta Terça-feira a morte na sequência de um atentado perpetrado, na cidade nortenha de Nacala-Porto, supostamente por membros da guarda do Presidente da Renamo, o maior partido da oposição no país, Afonso Dhlakama.
Simango é o actual edil da cidade da Beira, capital da província central de Sofala, e foi expulso da Renamo em Agosto do ano passado, tendo em Fevereiro deste presente ano criado o partido MDM.
O atentado aconteceu na zona dos eucaliptos, cidade de Nacala-Porto, província de Nampula, local onde Simango ia realizar um comício popular, no âmbito da divulgação do seu partido.
“Eles apareceram dirigidos por um deputado da Renamo na Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano. Ele ordenou que eles invadissem o local, um deles agarrou-me, arrancou-me a arma e disparou”, disse um agente da Policia moçambicana (PRM).
O membro da PRM tinha sido escalado para proteger Simango.
Alias, o Porta-voz do MDM, Geraldo de Carvalho, disse, a RM, que uma das viaturas usadas pelos atacantes pertence ao Deputado da Renamo na AR, Manuel Lole.
Quando os alegados homens da Renamo arrancaram a arma ao membro da PRM, o carregador do engenho caiu, mas ainda restava uma munição na câmara. Os assaltantes dispararam esta munição contra a viatura de Daviz Simango e depois perpetraram uma série de vandalismo, incluindo a destruição de material de propaganda do MDM.

Simango foi depois evacuado para o Comando da PRM em Nacala-Porto, onde permaneceu por cerca de duas horas, antes de ser escoltado pela Policia até a cidade de Nampula, a capital provincial, que dista há cerca de 200 quilómetros daquela cidade portuária.
O Comandante da PRM em Nacala-Porto, Alexandre Viador, confirma a tentativa de assassinato de Daviz Simango.
“O que aconteceu me fez lembrar o tempo dos bandidos armados. Foi uma acção muito rápida, partiram vidros do carro de Daviz e espancaram polícias”, disse Viador, citado, por outro lado pelo jornal “O País”.
Segundo Viador, a PRM refere que a arma arrancada ao agente da corporação foi recuperada na residência onde se encontra hospedado o líder da Renamo.
“Quando chegamos a residência de Afonso Dhlakama para recuperar a arma, os guardas disseram que não temos problemas com a Policia, apenas com Daviz Simango que traiu o partido”, disse o Comandante da Policia.
“Ninguém está detido porque eles estão refugiados na casa do líder da Renamo e aquilo é tipo um quartel”, referiu Viador.
Por seu turno, Daviz Simango lamenta o sucedido, mas argumenta que tal o encoraja a prosseguir com o seu projecto.
“Fomos alvos de ataques por parte de membros da Renamo, mas escapei. Agora vamos nos reunir para encontrarmos uma estratégia de fazer política em Nampula”, disse ele.
Segundo Simango, o MDM soube que havia membros da Renamo com planos de fazer este atentado. Nessa altura, a comitiva do MDM saia do distrito vizinho da Nacala-a-velha em direcção a Nacala-Porto.
O líder da Renamo encontra-se em Nacala-Porto já há meses, desde que para lá se deslocou com o pretexto de participar na preparação da segunda volta das eleições a Presidência do Município daquela cidade.
Estas eleições, que aconteceram no preterido dia 11 de Fevereiro, foram disputadas pelo candidato da Frelimo, Chale Ossufo, e o da Renamo, Manuel dos Santos. O candidato da Renamo saiu derrotado.

Fonte: Rádio Moçambique 10/06/09

2 comentários:

  1. O que ira acontecer a estes guardas? Nada...? Sofrem de imunidade diplomatica, pois isto convem tanto a Frelimo como a Renamo... Os que ainda continuam na Renamo sao coniventes com estes assassinos, pois 'tao ladrao e o que vai a vinha, como o que fica ao portao'... Maria Helena

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  2. A pergunta ainda continua: se o atentado foi contra um chefe da Frelimo será que o Ministério do Interior não teria enviado a FIR para Nacala-Porto? E porquê desta vez não se fala de desarmamento dos guardas de Dhlakama? Estranho, não será?

    Nenhum que se mantenha na Renamo tem moral para negar a sua conivência com o Lolezinho.

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