Canal de Opinião,
Por Noé Nhantumbo
Já está em marcha com ampla participação
Beira (Canal de Moçambique) - Mesmo que existam muitas vozes que se levantem e digam que ainda é cedo para se avançar e que Daviz Simano talvez se queime ao enveredar pela criação de uma nova força política em Moçambique, os factos no terreno falam por si. Ontem, em Nazaré, uma moldura humana considerável, integrando gente proveniente de todo o país, começou a corporizar a vontade de dar um novo impulso à vida política deste país. Delegados de todo o Moçambique estão reunidos estudando o projecto de estatutos e programa do MDM (Movimento Democrático Moçambicano) para, de acordo com as leis do país, avançarem para a sua legalização.
Foi um momento ímpar, assistir a um esforço que já está a fazer história, sobretudo verificar que quando existe vontade de organizar e vencer, as coisas acontecem.
Tudo o que ali começou a acontecer tem a ver com o comportamento da liderança da Renamo. Em Agosto do ano passado, dando o dito por não dito, relegando candidatos vencedores e substituindo-os por outros que eram autênticos nados mortos e logo à partida não ofereciam garantias de angariar votos suficientes para levar o barco a bom porto, Afonso Dhlakama e a Renamo criaram as condições para a emergência de um movimento de autêntica desobediência democrática que desembocou no que agora está acontecendo.
Desde então o processo de gestação está a fazer História em Moçambique. Não há como omitir do registo das memórias do processo político em Moçambique, a revolução de 28 de Agosto de 2008. Começou por rebelar-se grande parte da militância da Renamo na Beira e cedo outras partes do país se lhe juntaram.
O que foi inicialmente um sonho de alguns está a concretizar-se na Beira.
Nas suas breves palavras durante a sessão de trabalhos de ontem de manhã, Daviz Simango começou a propor rumo: “Queremos vencer e para isso é necessário trabalho, humildade, unidade e decisão. Não se conquista a vitória com vícios mas com humildade, fé e crença forte. O mundo está de olhos postos em nós e o povo quer ver novos caminhos de seriedade e diferença”.
Ao perguntar aos delegados se estavam preparados para avançar, a resposta que Daviz Simango recebeu da sala inteira foi unânime e firme: “estamos!” Ele ripostou: “a acção de cada um é que vai dizer”.
“O povo precisa de carinho e amor. Ele olha-nos com esperança”, acrescentou o filho do primeiro vice-presidente da Frelimo, Reverendo Urias Simango.
Já não há recuo, é agora o que mais se ouve. O MDM logo que estiverem concluídos os processos para a sua legalização será mais uma organização política em Moçambique.
Se de facto conseguirá tornar-se aquela alternativa que os moçambicanos há tanto tempo anseiam só com o tempo se verá. O entusiasmo é grande e responsável.
Daviz Simango disse que “servir e servir melhor os moçambicanos, é a questão maior que o MDM vai enfrentar”.
Todo o processo do primeiro dia de trabalhos para se constituir o MDM começou pela manhã com cerimónias tradicionais na sede do Gabinete do Candidato Independente às autárquicas de 19 de Novembro, na Munhava, Beira. Depois os delegados rumaram para uma sala de conferências, em Nazaré, nos arredores da Beira.
Do ponto de vista organizacional a escolha do local para os trabalhos internos foi acertada. O isolamento vai permitir que os delegados se concentrem no estudo dos documentos que irão corporizar a legalização do MDM.
Não importa tecer muitas considerações sobre este acto simbólico em si mas de grande significado histórico. Importa, sim, ter a esperança de que este MDM traga aquela lufada de ar fresco tão necessária num ambiente político que se tinha já tornado um campo fértil para a proliferação apenas de “política estomacal” e de “refúgio da incompetência”.
Acredito pessoalmente que Moçambique só tem a ganhar se os moçambicanos trabalharem sob novas bases de transparência política. Esta pode ser uma oportunidade soberana. Os que mais temem este parto andam realmente preocupados e nervosos. Ver-se-á de hoje em diante como evoluirá o que delegados de todo o país estão a querer fazer nascer. Para já promete. Os documentos disponíveis mostram que se trata de um movimento com substância.
Fonte: Canal de Mocambique
Por Noé Nhantumbo
Já está em marcha com ampla participação
Beira (Canal de Moçambique) - Mesmo que existam muitas vozes que se levantem e digam que ainda é cedo para se avançar e que Daviz Simano talvez se queime ao enveredar pela criação de uma nova força política em Moçambique, os factos no terreno falam por si. Ontem, em Nazaré, uma moldura humana considerável, integrando gente proveniente de todo o país, começou a corporizar a vontade de dar um novo impulso à vida política deste país. Delegados de todo o Moçambique estão reunidos estudando o projecto de estatutos e programa do MDM (Movimento Democrático Moçambicano) para, de acordo com as leis do país, avançarem para a sua legalização.
Foi um momento ímpar, assistir a um esforço que já está a fazer história, sobretudo verificar que quando existe vontade de organizar e vencer, as coisas acontecem.
Tudo o que ali começou a acontecer tem a ver com o comportamento da liderança da Renamo. Em Agosto do ano passado, dando o dito por não dito, relegando candidatos vencedores e substituindo-os por outros que eram autênticos nados mortos e logo à partida não ofereciam garantias de angariar votos suficientes para levar o barco a bom porto, Afonso Dhlakama e a Renamo criaram as condições para a emergência de um movimento de autêntica desobediência democrática que desembocou no que agora está acontecendo.
Desde então o processo de gestação está a fazer História em Moçambique. Não há como omitir do registo das memórias do processo político em Moçambique, a revolução de 28 de Agosto de 2008. Começou por rebelar-se grande parte da militância da Renamo na Beira e cedo outras partes do país se lhe juntaram.
O que foi inicialmente um sonho de alguns está a concretizar-se na Beira.
Nas suas breves palavras durante a sessão de trabalhos de ontem de manhã, Daviz Simango começou a propor rumo: “Queremos vencer e para isso é necessário trabalho, humildade, unidade e decisão. Não se conquista a vitória com vícios mas com humildade, fé e crença forte. O mundo está de olhos postos em nós e o povo quer ver novos caminhos de seriedade e diferença”.
Ao perguntar aos delegados se estavam preparados para avançar, a resposta que Daviz Simango recebeu da sala inteira foi unânime e firme: “estamos!” Ele ripostou: “a acção de cada um é que vai dizer”.
“O povo precisa de carinho e amor. Ele olha-nos com esperança”, acrescentou o filho do primeiro vice-presidente da Frelimo, Reverendo Urias Simango.
Já não há recuo, é agora o que mais se ouve. O MDM logo que estiverem concluídos os processos para a sua legalização será mais uma organização política em Moçambique.
Se de facto conseguirá tornar-se aquela alternativa que os moçambicanos há tanto tempo anseiam só com o tempo se verá. O entusiasmo é grande e responsável.
Daviz Simango disse que “servir e servir melhor os moçambicanos, é a questão maior que o MDM vai enfrentar”.
Todo o processo do primeiro dia de trabalhos para se constituir o MDM começou pela manhã com cerimónias tradicionais na sede do Gabinete do Candidato Independente às autárquicas de 19 de Novembro, na Munhava, Beira. Depois os delegados rumaram para uma sala de conferências, em Nazaré, nos arredores da Beira.
Do ponto de vista organizacional a escolha do local para os trabalhos internos foi acertada. O isolamento vai permitir que os delegados se concentrem no estudo dos documentos que irão corporizar a legalização do MDM.
Não importa tecer muitas considerações sobre este acto simbólico em si mas de grande significado histórico. Importa, sim, ter a esperança de que este MDM traga aquela lufada de ar fresco tão necessária num ambiente político que se tinha já tornado um campo fértil para a proliferação apenas de “política estomacal” e de “refúgio da incompetência”.
Acredito pessoalmente que Moçambique só tem a ganhar se os moçambicanos trabalharem sob novas bases de transparência política. Esta pode ser uma oportunidade soberana. Os que mais temem este parto andam realmente preocupados e nervosos. Ver-se-á de hoje em diante como evoluirá o que delegados de todo o país estão a querer fazer nascer. Para já promete. Os documentos disponíveis mostram que se trata de um movimento com substância.
Fonte: Canal de Mocambique
Acredito sinceramente que o MDM e um movimento com muita substancia, que estamos no caminho certo, rumando a vitoria e que juntos estamos lutando pela implementacao de uma democracia multipartidaria para TODO o povo mocambicano. Maria Helena
ResponderEliminarO que é necessário é cada um tentar ao máximo em fazer a sua parte.
ResponderEliminarAs coisas fenoménicas só podem acontecer nas duas categorias: TEMPO E ESPAÇO. estas duas categorias são a caracteristica primordial do nosso planeta (terra)e, quem pretender dar um ponto de vista, deve dá-lo dentro destas categorias (tempo e espaço). por isso, que o MDM surgiu num espaço concreto (beira) assim como seria em qualquer ponto deste País. a peculiaridade deste "parto" é que foi assistido pelos parteiros e parteiras moçambicanos e moçambicanas e, eu também estudante e sapateiro vi este parto. crianças , adolescentes , jovens e velhos viram este parto, daí, a apodítica conclusão: tem um sentido este movimento, tem sua razão de ser.
ResponderEliminaragora o que importa é que os elites deste País: designo a todos moçambicanos que fizeram 4ª classe para diante para que difundam novos pensamentos, apostem nos novos conhecimentos, novas descobertas e não sejam cobardes. acho que, ainda que as instituições publicas (CNE/CC/TVM/JORNAL NOTICIAS,ETC) lutem contra este movimento não há de voltar a trás, pois conta com a deteminaçao e da firme vontade alternativa da maioria dos moçambicanos. assim proponho este blogger para que seja um espaço para difusão de novos pensamentos, nas visões, forças alternativas sustentadas pela independência da consciencia, e da autonomia intelectual. aderemos Moçambique!
Vicente Manganhe