Durante os trabalhos da assembleia constitutiva do Movimento Democrático de Moçambique, MDM, realizados na Beira, entre 06 a 07 de Março corrente, era frequente ouvir-se de alguns intervenientes, quando se dirigissem ao presidente eleito, Daviz Simango, a tratá-lo por Sua Excelência/Vossa Excelência.
Qualquer figura, pública ou privada, pode ser tratada por tal designação. É prática habitual entre membros do mesmo partido tratarem-se por camarada, senhor, se tratamento mais íntimo e familiar não couber, como sinal de uma comunidade de objectivos e ideias. Em geral, o tratamento de Sua Excelência ou Vossa Excelência é reservado ao Chefe do Estado e outros altos dignitários do Estado.
Afonso Dhlakama é tratado, pelos seus colaboradores, de Sua Excelência/ Vossa Excelência. Armando Guebuza, Chefe do Estado, no seu partido, os militantes e seus colaboradores tratam-no por Camarada Presidente. Quando na qualidade de Chefe do Estado, é chamado por Sua Excelência/Vossa Excelência. Os mais retrógrados ou aduladores tratam-no, em público e de forma ostensiva, de Camarada Presidente. Ao procederem de tal modo, excluem milhões de cidadãos moçambicanos que não se identificam com a Frelimo.
Guebuza é o Chefe do Estado de Moçambique. Nesta qualidade, é presidente de todos os moçambicanos. É Camarada Presidente, apenas, dos militantes da Frelimo, tal tratamento teria que ser manifestado, somente, em ambiente partidário e não quando estiver em funções de Estado, como se pode notar, muitas vezes, nomeadamente, no Parlamento, onde os puxa-sacos o tratam por Camarada Presidente.
Dhlakama é o único dirigente partidário que é tratado por Sua Excelência/ Vossa Excelência pelos seus colabradores e ele aceita. Por isso, não se esforça para ser chefe de Estado. Ele já é Sua Excelência/Vossa Excelência. Dirigentes políticos de brincadeiras, que pululam, na nossa praça, se chamam, para auto consolação, de Sua Excelência/Vossa Excelência, devido à preguiça que os impede ter visibilidade. Comparam-se a um louco que, consciente de que ninguém o trata por Sua Excelência/Vossa Excelência, decide chamar-se a si de Minha Excelência.
Simango não precisa ser bajulado nem venerado para ter visibilidade. Ele provou que pode triunfar, se todos puxarem o barco para frente.
Os colaboradores de Simango prestariam um contributo valioso, ao MDM, se evitarem tratá-lo de Sua Excelência/Vossa Excelência. Simango precisa de colaboradores para tornar Moçambique para todos e não de engraxadores. Ao mandar escrever no estatuto do MDM que o presidente tem, só, dois mandatos de cinco anos cada um, demonstra que não apego ao poder.
Foi para evitar que seja contaminado pelo vírus parecido ao que infectou Marcelino dos Santos, que diz Frelimo sou eu ou a Dhlakama que reclama que a Renamo é minha.
Respeitar não é bajular. Adular é enganar. Não tratem o líder do MDM, Davis Simango por Sua Excelência ou Vossa Excelência!
( Edwin Hounnou, em A Tribuna Fax, 24/03/09 ).
Nota do Reflectindo:
Vamos todos trabalhar e nunca bajularmos nem enganarmos a Daviz como recompensa da nossa preguica e incompetência.
Qualquer figura, pública ou privada, pode ser tratada por tal designação. É prática habitual entre membros do mesmo partido tratarem-se por camarada, senhor, se tratamento mais íntimo e familiar não couber, como sinal de uma comunidade de objectivos e ideias. Em geral, o tratamento de Sua Excelência ou Vossa Excelência é reservado ao Chefe do Estado e outros altos dignitários do Estado.
Afonso Dhlakama é tratado, pelos seus colaboradores, de Sua Excelência/ Vossa Excelência. Armando Guebuza, Chefe do Estado, no seu partido, os militantes e seus colaboradores tratam-no por Camarada Presidente. Quando na qualidade de Chefe do Estado, é chamado por Sua Excelência/Vossa Excelência. Os mais retrógrados ou aduladores tratam-no, em público e de forma ostensiva, de Camarada Presidente. Ao procederem de tal modo, excluem milhões de cidadãos moçambicanos que não se identificam com a Frelimo.
Guebuza é o Chefe do Estado de Moçambique. Nesta qualidade, é presidente de todos os moçambicanos. É Camarada Presidente, apenas, dos militantes da Frelimo, tal tratamento teria que ser manifestado, somente, em ambiente partidário e não quando estiver em funções de Estado, como se pode notar, muitas vezes, nomeadamente, no Parlamento, onde os puxa-sacos o tratam por Camarada Presidente.
Dhlakama é o único dirigente partidário que é tratado por Sua Excelência/ Vossa Excelência pelos seus colabradores e ele aceita. Por isso, não se esforça para ser chefe de Estado. Ele já é Sua Excelência/Vossa Excelência. Dirigentes políticos de brincadeiras, que pululam, na nossa praça, se chamam, para auto consolação, de Sua Excelência/Vossa Excelência, devido à preguiça que os impede ter visibilidade. Comparam-se a um louco que, consciente de que ninguém o trata por Sua Excelência/Vossa Excelência, decide chamar-se a si de Minha Excelência.
Simango não precisa ser bajulado nem venerado para ter visibilidade. Ele provou que pode triunfar, se todos puxarem o barco para frente.
Os colaboradores de Simango prestariam um contributo valioso, ao MDM, se evitarem tratá-lo de Sua Excelência/Vossa Excelência. Simango precisa de colaboradores para tornar Moçambique para todos e não de engraxadores. Ao mandar escrever no estatuto do MDM que o presidente tem, só, dois mandatos de cinco anos cada um, demonstra que não apego ao poder.
Foi para evitar que seja contaminado pelo vírus parecido ao que infectou Marcelino dos Santos, que diz Frelimo sou eu ou a Dhlakama que reclama que a Renamo é minha.
Respeitar não é bajular. Adular é enganar. Não tratem o líder do MDM, Davis Simango por Sua Excelência ou Vossa Excelência!
( Edwin Hounnou, em A Tribuna Fax, 24/03/09 ).
Nota do Reflectindo:
Vamos todos trabalhar e nunca bajularmos nem enganarmos a Daviz como recompensa da nossa preguica e incompetência.
Amigo Reflectindo: Concordo plenamente consigo. Tambem nao gosto de titulos. Muitos fazem-no para esconderem a sua incompetencia ou a falta de brio profissional, pensando que o uso de tal titulo, os ilibara das suas faltas. Eu tenho dois cursos superiores (Phd) e nao exijo que ninguem me trate por Senhora Doutora, alias, ate me sinto mal quando o fazem, peco logo para estarem a vontade, pois sou uma pessoa igual as outras, simplesmente, tive o privilegio de ter mais formacao academica do que alguns menos sortudos. Nao esta escrito em nenhum livro que quem e formado, automaticamente e um sabio, pois, se formos ver, politicamente falando, as maiores atrocidades que ocorreram no mundo ao longo dos anos, foram perpetratadas por pessoas consideradas autenticos genios. Um abraco da Maria Helena
ResponderEliminarÉ verdade isso Maria Helena. Veja que Daviz é uma pessoa muito simples, simpática e sabe distinguir ambientes. Ademais, Daviz não precisa de tais epítetos, mas sim boas opiniões e sugestões e críticas construtivas para enriquecer tanto o seu manifesto e o manifesto do partido MDM.
ResponderEliminarFinalmente, para o cumprimento dos manifestos ele precisa de muitos votos, de apoio do eleitorado o qual é mobilizado por cada um de nós estejamos onde estivermos.
Portanto, essa coisa de bajulacão para uns e servilismo para outros, a que combatermos desde o início. Em muitos casos, é apenas uma tentacão, pois os mesmos que assim proferem dizem o contrário quando a pessoa aludida não está presente.
Edwin fez bem por escrever este artigo, que sugiro que seja matéria de discussão para encontrar um termo comum ou termos aceitáveis de tratamento entre os membros do MDM.
Começo a notar algumas semelhanças entre Renamo e MDM.
ResponderEliminar1. Renamo era tribalista e dava primazia aos ndaus; Ndaus percebidos enquanto naturais de Buzi, Machanga e Chibabava. O MDM também é tribalista e igualmente dá primazia aos ndaus. So que os ndaus valorizados pelo MDM só são os naturais do Buzi. Por exemplo, na digressão pela Europa, o Daviz faz-se acompanhar por Ismael Mussá e Agostinho Ussore, os três naturais do Buzi. Provavelmente não existam, no seio do MDM, quadros com competência suficiente para acompanhar o Presidente.
2. As escaramuças da Munhava mostram que realmente a Renamo e MDM têm a mesma origem. Ambos amantes do belicismo e desordem publicas.
3. Os argumentos dos membros do MDM são inflamados de ódio e com algum grau de frustração.
4. Todos são semelhantes ao Mazanga, dizem que são intelectuais com 2 ou 3 PHDs, formaram-se nas melhores universidades do mundo, são cientificamente evoluídos, dizem que não gostam de títulos académicos, mas por fim acham-se donos do conhecimento e mandam colar quadros dizendo VOTA DR. NAMBURETE.
Nota: recebi um mail que mais parecia um pedido de dizimo da igreja universal. Diziam para depositar dinheiro na conta do Sr. Daviz...este Daviz não é mais um vigarista semelhantes aos da Mcel ou vodacom?
Orlando Jaime (Antropólogo)
Meu caro Orlando Jaime (antropólogo) esta é mais uma falácia do Nuno Amorim, Fernando Machado. Sim hoje já é Orlando Jaime e é antropólogo. Só que este Nuno Amorim lhe falta habilidade de se aperceber que não é difícil de reconhê-lo pela maneira que escreve. Nuno Amorim só é comparável a Edson Macuácua.
ResponderEliminar1. Julgo estares a insultar os antropólogos se a tua análise e conclusão que o MDM, a Renamo são tribalistas e os únicos partidos tribalistas em Moçambique. Onde está a tua análise sobre a Frelimo?
2. É hábito do Nuno Amorim de procurar a naturalidade de quem é membro do MDM ou Renamo; os laços parantescos destes, e tudo o que pode alimentar a sua fantasia, etc. Entretanto, o mesmo não faz na Frelimo. Agora para insultar os antropólogos, faz-se passar por eles na sua propaganda política. Aqui ele não fugiu a regra. Usore e Mussa são ndaus e de Búzi, diz Nuno Amorim, fazendo-se possar de um antropólogo.
3. É hábito de Nuno Amorim falar mal de académicos doutros partidos, sobretudo do MDM e Renamo e não menos de Eduardo Namburete, Ismael Mussa. Embora esteja a insultar os antropólogos aqui o Nuno Amorim, Fernando Machado e agora Orlando Jaime não fugiu a regra. E qual é a diferenca entre o panfleto da campanha de Namburete e do auto-intitulado antropólogo? Afinal qual era a necessidade de Orlando Jaime em escrever aqui que era antropólogo? Alguma vez pedi certificados académicos aos que comentam neste blog?
4. O que te prova que a Renamo e o MDM têm a mesma origem e que seja diferente dos outros partidos, ainda não provou para mim nem para muitos. Do que eu sei é que já tem havido escaramuças entre a Frelimo e Renamo. Já disseste que eram da mesma origem? A Frelimo deixou de ser belicista?
Oh Orlando Jaime, aliás Nuno Amorim, o que devias nos explicar é como foi o processo de eleição de Jó Capece a 1o Secretário da Frelimo na Cidade da Beira. A regra parece-me ser democraticamente estranha. Não achas?
Qualquer dia a Frelimo descobrirá que és um peso e quererá aliviar-se de ti.
Espero que não tenhas usado o nome de um verdadeiro antropólogo, mas se o fizeste e ele me pedir ajuda, lhe darei. Falsificacão é um crime. Quem te avisa é amigo e tu sabes muito bem que eu nunca te censurei.
Sempre que se lanca uma critica ao MDM o amigo Reflectindo se escuda na Frelimo. Estaa a tentar dizer que se A Frelimo ee tribalista isso justifica o tribalismo do teu Partido? Afinal o MDN nao veio para trazer uma nova maneira de construir Mocambique?
ResponderEliminarO que acho que devias fazer, sempre que se acusa o MDN de tribalista, era tentar mostrar-nos a racionalidade dos seus procedimentos. Por exemplo, explicares a racionalidade de no teu Partido, Sofala ter tantos ou mais acentos que Zambezia e Nampula? Ou porque Gaza recebeu tao infimo numero de assentos? Explicar isso sem recorrer a nenhum outro Partido, pois voces dizem que querem ser uma nova estrada para Mocambbique. Queremos perceber como voces visualizam o paiis que querem liderar.
Viriato Tembe
Caro Viriato Tembe
ResponderEliminarAté comecei a escrever um artigo da minha opinião, meu ponto de vista, entenda-se assim, em que me debruço sobre algumas questões e relativas as tais acusações ao MDM. Mas queira acreditar que o que estou a escrever não é para Nuno Amorim, o mandatário de Edson Macuácua e se não ele mesmo. O que escrevo é para pessoas que querem discutir a política com uma visão que contribua para o bem do nosso país, pessoas com um sentido democrático, aquelas que acham que em Mocambique há espaço para todos mesmo com opiniões diferentes. Os que contribuem para que a democracia multipartidária não falhe em Moçambique.
Tu entendes e muito bem o que é crítica construtiva e o que é crítica destruitiva. Ora, quando o Nuno Amorim, repito Nuno Amorim, mesmo que entendendo fazer-se de diferentes pessoas faz perguntas repetidas de acusação, até posso não perder tempo porque toda a resposta que eu lhe der não valerá para nada.
Onde é que eu escrevi que a Frelimo era tribalista? Pedir que o Nuno Amorim aliás, Orlando Jaime (Antropólogo) fizesse uma análise do seu partido que é a Frelimo, não é mesmo que ser eu a dizer que esse partido é tribalista. A verdade é que se o tal Nuno Amorim fosse antropólogo, teria comentado/contribuido com certa racionalidade. Mas adianto-te(vos) que o próximo presidente da Frelimo seja uma makua-lomué. Me dás a resposta?
Para o meu amigo Viriato todo aquele que critica o MDM tem razão. Não interessa se a sua crítica é destruitiva ou construtiva. Não achas que são essas coisas que aconteceram nos 60 e que pouco a pouco se revelam agora?
Será mesmo que em qualquer crítica ao MDM me escudo à Frelimo? Se isso for farei esforço para deixar de fazer, entretanto, não acredito tanto. Para mim depende da utilidade da crítica, mas esta não é altura de admitirmos calúnias, intrigas, e se eu fosse frelimista diria desinformação. Temos que ser sérios na nossa crítica e ela deve ser em benefício à nação.
Queiras acreditar que só com Nuno Amorim, agora feito de Orlando Jaime (Antropólogo), eu soube que Ismael Mussá era ndau e natural de Búzi. Ainda não sei porquê interesse Búzi, pois que sendo eu de Nampula e m’makwa de origem, nunca havia me despertado na particularidade de Búzi. Aliás, calha que mais do que no aeroporto, Sofala não conheço. No meu encontro com Ismael Mussá falámos muito de Nampula, de gente que em comum conhecemos, etc, etc;
Não duvides, Viriato, que a questão de visão ao mosaico do país seja do meu interesse e que tenha expressado veemente a Daviz e isso faço à Comissão Política.
Espero que aguardes com veemência pelo meu artigo e possas contribuir muito. A minha análise concentra-se no MDM, Renamo e Frelimo não como tu dizes que me escudo, mas que pretendo ser objectivo.
Quero saber de ti em que concordas e não concordas com Nuno Amorim?
Abraço
Caro amigo Reflectindo, nao tenho a certeza, apesar de o afirmares, que Orlando Jaime seja Nuno Amorim. Quanto ao que diz Orlando Jaime, tambem nao tenho a certeza de que seja verdade. Nem sequer tenho a certeza de que Daviz seja de Buzi. Pensava que ele fosse originario de Machanga. Nao conheco os seus dois acompanhantes.
ResponderEliminarO que a mim me faz impressao ee o peso excessivo de Sofala nas estruturas do MDM. Se houver uma intencao de dar um peso excessivo a um grupo etnico entao a coisa estaa mal.
Aguardo ansiosamente pelo teu artigo. Espero que aborde minhas preocupacoes.
Viriato Tembe
P.S. Tenho saudades do antigo Reflectindo. Aquele Reflectindo pouco partisan e muito mocambicano que conheci ha uns meses atras. O MDM mexeu muito contigo, emocionalmente. E isso se reflecte nos teus escritos
Caro Viriato, não ter certeza que Nuno Amorim se fez de Orlando Jaime é deixar-se enganar facilmente. A mim, é que não, pois que como professor alunos que cabulam têm pouca sorte. Apanho-os com facilidade.
ResponderEliminarE veja como é esse Orlando Jaime insulta a classe dos antropólogos.
Sou eu mesmo o Reflectindo de sempre e continuar a ser, e atitudes dos Nunos sempre tenho confrontado.
Aguarde com paciência o meu texto que ainda hoje o publicarei.