Edson Macuácua, secretário de Mobilização e Propaganda da Frelimo refutando a preocupação dos bispos católicos em relação à partidarização (a que eu chamaria de frelimização) do Estado Moçambicano (aqui) diz:
"Nós respeitamos as opiniões manifestadas na carta pastoral pois elas próprias rebatem a tese da própria carta pastoral. A sua existência mostra efectivamente que há tolerância política. Caso não houvesse tolerância não haveria espaço para este teor de cartas. Os bispos estão a exercer um direito que decorre do clima legal político de tolerância, pois os diferentes actores políticos, sociais, cívicos e económicos têm espaço garantido para agirem livremente dentro dos parâmetros legais e participarem no desenvolvimento do país " (leia mais aqui do Jornal Notícias).
Assim sendo, um dia Edson Macuácua dirá que em Moçambique houve sempre tolerância politica! Será que havia tolerância quando os bispos católicos, alguns ainda em activo hoje, escreveram uma carta pastoral em 1984, se não estou em erro, exigindo diálogo, paz e reconciliação, e, dizendo ao temido Samora Machel que a guerra que semeava tantas mortes era entre irmãos e não como a Frelimo propalava?
"Nós respeitamos as opiniões manifestadas na carta pastoral pois elas próprias rebatem a tese da própria carta pastoral. A sua existência mostra efectivamente que há tolerância política. Caso não houvesse tolerância não haveria espaço para este teor de cartas. Os bispos estão a exercer um direito que decorre do clima legal político de tolerância, pois os diferentes actores políticos, sociais, cívicos e económicos têm espaço garantido para agirem livremente dentro dos parâmetros legais e participarem no desenvolvimento do país " (leia mais aqui do Jornal Notícias).
Assim sendo, um dia Edson Macuácua dirá que em Moçambique houve sempre tolerância politica! Será que havia tolerância quando os bispos católicos, alguns ainda em activo hoje, escreveram uma carta pastoral em 1984, se não estou em erro, exigindo diálogo, paz e reconciliação, e, dizendo ao temido Samora Machel que a guerra que semeava tantas mortes era entre irmãos e não como a Frelimo propalava?
Será que havia tolerância política aquando da reunião de manipulação política com as confissões religiosas na Beira, em 1982, quando o arcebispo de Nampula, Dom Manuel Vieira Pinto, levantou-se e expressou as preocupações dos religiosos em relação a intolerância do partido Frelimo, como sendo esta a responsável pela guerra civil? Leia (aqui), mas eu narro o que vivi e assisti. Será que para falarmos livremente teremos que esperar pela tolerância política que está longe de existir neste país?
É tolerância política o que é conhecido a nível nacional e mesmo fora do país como é o caso da exoneração dos postos de chefia de Eduardo Namburete, Ismael Mussá, Benjamim Pequenino, falecido Domingos Pilale e sua esposa? É tolerância política quando uma deputada da Frelimo em Nampula diz aos professores que quem é membro da Renamo não tem o direito de trabalhar na cidade?
PS: estou escrevendo uma série de perguntas e muitas delas têm como base o que eu vivi/o e assisti/o pessoalmente. Se alguém dirigisse esta preocupacão a Edson Macuácua eu seria-lhe grato. Se Macuácua tolera e dialoga com quem pensa diferente até pode me escrever pessoalmente, aliás, sei que pelo menos pessoas mais próximas do Macuácua, pelo menos duas, têm visitado este blog o que fico grato.
É tolerância política o que é conhecido a nível nacional e mesmo fora do país como é o caso da exoneração dos postos de chefia de Eduardo Namburete, Ismael Mussá, Benjamim Pequenino, falecido Domingos Pilale e sua esposa? É tolerância política quando uma deputada da Frelimo em Nampula diz aos professores que quem é membro da Renamo não tem o direito de trabalhar na cidade?
PS: estou escrevendo uma série de perguntas e muitas delas têm como base o que eu vivi/o e assisti/o pessoalmente. Se alguém dirigisse esta preocupacão a Edson Macuácua eu seria-lhe grato. Se Macuácua tolera e dialoga com quem pensa diferente até pode me escrever pessoalmente, aliás, sei que pelo menos pessoas mais próximas do Macuácua, pelo menos duas, têm visitado este blog o que fico grato.
Ja' que Macuacua admitiu ele que na Igreja ha' tantos membros da sua Frelimo, entre no's deve este blogue deve haver ai' uns tanos, a menos que queiram se acobardar como e' uso fazer nas paradas daquela organizacao politica.
ResponderEliminarSao,outrossim, bem vindas a perguntas ao Macuacua. Mas, chamo atencao ao senhor Reflectindo, que o jovem Edson pode nao ter vivido ou tido informacao certa sobre o que aconteceu aos moc,ambicanos nas maos dos dirigentes da Frelimo, dai' que pode esperar muito pouco ou nada que venha dele.
Boa tarde e foi bom falar consigo a dias atras.
Por acaso, vou fazer da sua resposta aos bispos católicos uma série, daí continuar até lá onde ele fala de maior número de militantes da Frelimo serem militantes e terem invadido as igrejas formando células da Frelimo. Espero é que os amigos deste, entre eles Damásio Chipande não o esconda o que escrevo, eu que não estou ainda evangelizado pelos sacerdotes da Pereira do Lago.
ResponderEliminarPS: Eu também achei que foi muito bom.
Quem viveu estes acontecmentos jamais poderá esquecer e é impossível amordaçar a memória do Povo.
ResponderEliminarO Macuacua é jovem mas certamente que não está interessado em saber todos os factos.
Caro José, será que Edson Macuácua não sabe a verdade ou ele a esconde? Ouvi dizer que ele estudou a história e se isso for verdade, não lhe dá apetite para investigar a veracidade do que publicamente se diz sobre a nossa história? Não me assustaria, claro, que ele só acreditasse na oficial porque são tantos académicos moçambicanos que nos parecem inteligentes, mas quanto à história, estão agarrados e defendem com garras e dentes à dita oficial. Um dos problemas deve ser de ninguém o alertar e esse alguém devia ser dos seus correligionários que viveram os factos e até foram responsáveis por eles.
ResponderEliminarAló reflectindo!
ResponderEliminarAfinal ainda não tinha percebido que Macuacua é um jovem cooptado como tantos outros que acham melhor se submeterem só para vencerem os desafios da vida. porque devia ajudar os camaradas mais velhos a modernizarem-se.
Eu sou de opinião que pertencer ao grupo não é assumir até o que está errado só para agradar.
Pensa comigo
Sou da era de Edson Macuacua e creio que com ele bebi a história que o partidão queria. A outra história, essa estou aprendendo por estas paradas.
ResponderEliminarAfinal quel é a verdadeira história de Moçambique? Eu quero aprende-la! Ensinem-me!
Caro Chacate Joaquim,
ResponderEliminarMuito obrigado pela visita ao blogue e sobretudo pela possiblidade que me deu em conhecer o seu blogue. É sempre importante saber que o número de bloguistas e a diversificacão dos blogues está a crescer. Duma forma geral assim estamos nos formando. Com o seu blogue aprenderemos algo de administracão e gestão ainda que o nosso amigo Eugênio Chimbutane foi forcado a parar.
Indo à atitude de Edson Macuácua, é mesmo lamentável porque se não é da geracão dele que esperamos uma boa contribuicão para este país, então, temos que esperar por longo tempo, talvez mais 70 anos? Tenho me preocupado por jovens que não se movem para frente, sejam eles de que partido forem. Falo desses jovens que se deixam enganar por indivíduos de geracão que já devia estar nos baus.
Imagino um dia com jovens partidários com uma independência como os do ANC.
Cara Ximbitane, tem muita razão. A minha geracão, a dos primeiros cursos de formacão de professores após a independência nacional, até é culpada, se isso for para assumir colectivamente. Porém, nós temos também a quem culpar, os comissários políticos vindos da Luta Armada de Libertacão Nacional, esses que ainda continuam a meter patranhas às novas geracões e sempre negam frontalidade. Mas uma coisa é que nós não tinhamos espaco nem meios como hoje (leis e TIC) para confrontarmos os comissários políticos. Por essa razão acho estranho que jovens como Edson Macuácua não sejam críticos à indoutrinacão.
ResponderEliminarO Edson formou-se em Geografia pela UP la' para o ano de 2000 (ja' agora, o Dr.Utui deveria ir confirmar a autenticidade do seu certificado da Secundaria).
ResponderEliminarMuitos desses jovens que se "acoplam" a politica estao apenas preocupados com mordomias, enriquecimento rapido (e sem trabalho) e nao propriamente pelo progresso desta nacao. Porque se fosse o caso, eles seriam actores criticos e dinamizadores de uma nova visao de pais, dentro do seu partido e para com os seus lideres da antiga geracao. Isso nao acontece e eles agem como meros "continuos" ou "estafetas"!
Eu conheci o Macuacua quando ele era ainda um jovem franzino e humilde! Hoje temo-lo a rebentar com as costuras, com seu discurso caracteristico (a rocar a arrogancia), mas a pergunta que eu faco e' a seguinte: Qual e' o "track-record" do Edson? O q e' q ele como individuo (esqueca o Partido) nesta quase 1 decada de envolvimento nos meandros politicos, ja' fez por este pais? Sendo jovem, o q ele se pode orgulhar de ter feito por esta camada que enfrenta serios problemas de emprego, habitacao,etc? Essas perguntas sao importantes pq corremos risco de uma proliferacao de meros "papagaios" quando este pais precisa do marasmo em que se encontra! E esses jovens q tem o previlegio de "privar" com a nomenklatura tem q "ajudar" os seus mais velhos a verem as coisas nao apenas no sentido restritamente politico! E' bom q cada um deles faca um "exame de consciencia" e se perguntarem se este e' o pais q eles querem!
....este pais precisa de sair do marasmo em que se encontra....
ResponderEliminarMuito obrigado Jonathan por me/nos fazer conhecer parte da vida de Edson Macuácua. De facto, se a maioria dos nossos jovens forem do carácter Macuacua, estão sem solucão. Quanto ao emprego para os jovens, ele pode estar convencido é que lá na Pereira do Lago onde se arranja e o estado paga. Não imagina ele das consequências disso no futuro. Habitacão não é só usurpar dos outros ou mesmo o que foi deixado pelos colonos ou então que o jovem estudante ou que nunca teve emprego constroa pessoalmente?
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