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quarta-feira, abril 23, 2008

Os bons sinais da diplomacia moçambicana

O Presidente eleito do Zimbabwe já esteve em Moçambique, veja aqui. Nestas fotos que eu gostaria de postar aqui se mostra um pouco da viragem da diplomacia moçambicana. Nas fotos vêem-se o Presidente do principal partido de oposição, a Renamo, e o ex-Presidente da República a exercerem algo do que uma vez clamei aqui no reflectindo – em Moçambique temos os que podem contribuir para a pacificação de África. Lamento que não se mostram os acompanhantes da delegação do ex-PR, mas na do Presidente da Renamo, se vê Eduardo Namburete, o Ministro-sombra das relações exteriores. Também lamento não ver Raúl Domingos a contribuir na pacificacão do Zimbabwe. Será que Domingos se demitiu?

Nos relatos se diz que o Presidente eleito do Zimbabwe se encontrou com o PR de Moçambique, Armando Guebuza, mas não há fotos que testemunhem. Alguém censurou o encontro?

segunda-feira, abril 21, 2008

Quatro ou cinco homens, a mesma história (3)

Sani Abacha
Sani Abacha é a continuidade de Ibrahim Babangida e que até podia não ser interessante nesta série, razão pela qual o título inicial é quatro ou cinco homens. Porém, há factos importantes que marcaram o regime de Abacha e até ao fim deste.
A 17 de Novembro de 1993, o governo interino de Shonekan apresentou a sua demissão devido a problemas políticos e sociais na Nigéria, ainda que a Suprema Corte o declarasse inconstitucional. Nesse mesmo dia, o Tenente General Sani Abacha, proclamou-se Chefe de Estado da Nigéria e manteve-se à frente do Ministério da Defesa assumindo também o cargo de chefe das forças armadas.

Em Junho de 1994, o presidente eleito e golpeado, Moshood Abiola foi preso. A prisão do Abiola provocou a greve de petroleiros e de outros sectores de produção na Nigéria. Para meter medo, o governo de Sani Abacha executou muitos dos seus opositores entre eles 60 oficiais que participaram num movimento contra o ditador.

A execucão por enforcamento do activista Ogoni Ken Saro-Wiwa, a prisão do presidente eleito Abiola e do general Olusegun Obasanjo, a condenação em "abstentia" do proeminente escritor Wole Soyinka, o banimento dos partidos políticos e o controle da imprensa, foram alguns dos pontos mais altos do regime ditatorial de Sani Abacha.

Abacha morreu subitamente em Junho de 1998 e o chefe do Estado Maior Abdulsalami Abubakar foi empossado Presidente da República. Abubakar rapidamente anunciou a transição do país à democracia o que permitiu que Olusengun Obasanjo fosse democraticamente eleito Presidente da República

Fonte: ver aqui e

Kofi Annan preocupado com situação do Zimbabwe

Para Thabo Mbiki, Armando Guebuza, José Eduardo dos Santos não há crise no Zimbabwe, mas assim não é julga o homem que já lidou com muitas crises ao nível mundial. O Ex-Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, faz as seguintes perguntas: "Onde estão os africanos? Onde estão os líderes e os países da região? O que estão a fazer? Como podemos ajudar a resolver a situação?”

sexta-feira, abril 18, 2008

Quatro ou cinco homens, a mesma história (2)

Ibrahim Babangida
Quando em 1993, o Reino Unido e os Estados Unidos da América suspenderam a ajuda militar e congelaram as relações diplomáticas com a Nigéria, sob regime ditatorial do general Ibrahim Babangida, este viu-se forçado a promover eleições presidenciais que já vinham sendo adiadas e que realizaram-se a 12 de Junho de 1993.

Nessas eleições, Bashir Tofa, candidato pessoal do ditador Ibrahim Babangida ou da ala governamental, foi derrotado pelo empresário oposicionista Moshood Abiola. Posto que o candidato do regime nao foi eleito pelo povo nigeriano, Babangida anulou as eleições, alegando fraude.

Dois meses depois, fingindo vontade em deixar o poder, Babangida nomeiou Ernest Shonekan para presidente do governo interino a que chamou de GUNN (Governo da Unidade Nacional da Nigéria) e que duraria até Fevereiro de 1994. Neste governo, Sani Abacha é nomeado Ministro da Defesa.

Fonte: Aqui

quinta-feira, abril 17, 2008

Moçambique e a pedofilia

Há ou não há pedofilia em Moçambique? Ximbitane na lenha escreveu um artigo para debate. Leia aqui!

segunda-feira, abril 14, 2008

Quatro ou cinco homens, a mesma história (1)













O que se está a passar no Zimbabwe é apenas uma repetição do muito que se passa na nossa África. Alguns casos são ou foram bem visíveis e convincentes tanto mais que à nossa história, a história de África e a do mundo inteiro, não se lhe escapou registar com letras garrafais.

Alguns escaparam e outros foram apenas registados por algumas pessoas que o quiseram fazer ou o viram com outros olhos. O nosso próprio país tem muitas histórias relacionadas com as eleições. Infelizmente são histórias registadas por quem o quis fazer ou teve o cuidado em distinguir o estranho, isto é, o normal do anormal.Entre os casos bem registados, na nossa história, está a Nigéria de Ibrahim Babangida e depois Sani Abacha, o Madagascar de Didier Ratsiraka, o Quénia de Mwai Kibaki e o agora recente Zimbabwe de Robert Mugabe.Para ver-se a analogia, entre os quatro ou cincos homens, vou tentar descrever, numa série de artigos, como eles fizeram golpe palacial depois de derrota eleitoral.



sábado, abril 12, 2008

Governo da unidade nacional (1)

Será que se procura agora a criacão de um governo da unidade nacional? Ao MDC se deve impor isso como se fez em Quénia? Porquê agora um governo de unidade nacional e não antes? Estes são alguns dos meus pobres pontos de reflexão.

quinta-feira, abril 10, 2008

SADC – que esperamos deste clube político?

Segundo muitas fontes a SADC convocou uma cimeira de emergência para intervenção na crise do Zimbabwe onde os resultados das eleições presidenciais não saiem só porque o Robert Mugabe as perdeu. Que SADC tenha convocado uma cimeira ou uma reunião de alto nível é de elogiar porque permite-nos ouvir o clube, chamo-o eu, em discurso directo. De lembrar que o SADC tem uma grande responsabilidade nisto, pois se pode questionar pela sua missão de observadora nessas eleições em que os resultados nunca saiem.

Porém, sou muito céptico como muitos entre eles o meu mundo, quanto ao que membros do mesmo clube podem fazer. Lembro-me do que aconteceu em Março do ano passado quando o regime mandou amachucar o presidente eleito pelos zimbaweanos, Morgan Tsvangirai, (o resto são tretas, pois como disse Desmond Tutu, se Robert Mugabe tivesse vencido nestas eleições teriamos o ouvido e visto a jubilar) o clube foi para Dar-es-Salam. Antes da cimeira o Presidente zambiano tinha uma posicão de louvar, pois condenava a atitude do regime do Mugabe. Porém, chegado em Tanzania virou a favor do Mugabe e o seu regime responsabilizando à Grã-bretanha pelo sofrimento do povo irmão do Zimbabwe. Por esta razão, começo a receiar que os membros do clube vão lá para empossar o Mugabe como rei de Mugabeland.

Ora nessa cimeira do sábado, dia 12 de Abril estará provavelmente o tirano Mugabe a falar e não o presidente eleito Tsvangirai. Se o Mugabe não estiver lá por ser “persona no grata
”, será de facto, pela primeira vez na história de SADC. Entretanto, é exactamente isto que a SADC precisa para que a vejamos não como um clube de amigos, mas numa organização séria da nossa região. Se durante o regime do apertheid e minoritário na África do Sul e então Rodésia, os seus governos não iam para as cimeiras da então SADCC, não há agora que se reaceiar em pôr de fora o Mugabe e o seu regime.

segunda-feira, abril 07, 2008

Aziz Pahad e a teoria de conspiração

O caso da demora dos resultados eleitorais

É do nosso conhecimento que a maioria dos governantes africanos constituiu um clube onde os seus adversários são os seus próprios povos e quem queira falar em defesa desses povos africanos. Se jornalistas, esses que em eleições democráticas têm o poder investigativo e muitas vezes os primeiros o anunciar o prognóstico dos resultados, logo depois do encerramento das urnas, baseando-se de entrevistas aos eleitores são também adversários do clube dos governantes. Agora ao falarem de riscos a uma fraude eleitoral nas presidenciais do Zimbabwe, tudo é uma teoria de conspiração. É isto que Aziz Pahad, Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros de África do Sul nos mete nas nossas cabeças em defesa de quem faz coisas que o regime do apartheid já fez contra o povo sul-africano.

Todo aquele que suspeita o motivo da demora da publicação dos resultados das eleições presidenciais no Zimbabwe não faz mais nada que uma teoria de conspiração. Segundo, o clube, em Zimbabwe nunca houve fraude eleitoral. Mesmo em Moçambique nunca houve, pois a discussão era a mesma e as equipas do jogo eram as mesmas.

Os nossos governantes não gostam de observadores independentes como é o caso de jornalistas independentes, jornalistas não preparados para escamotear a verdade. Os independentes revelam a verdade o incomoda ao clube dos dirigentes africanos – essa verdade deve-se transformar em teoria de conspiração.

Para os governantes africanos, os governados devem esperar pela vontade de quem tem o poder. E, tudo o que de lá se diz é uma verdade absoluta. Até eles preocupam-se por coisas que para os governados são mesquinhas, pois, há mais garantia de que eles vão revitalizar o seu clube com membros mais robustos do que ao contrário. São escassos os casos em que a transferência de poderes é a favor do povo, isso que teria sido fácil naltura das independências dos país africanos ou com a introdução do multipartidarismo, mas não aconteceu em muitos casos, exceptuando o Botswana e Cabo Verde entre os poucos. Os jornalistas estão a cumprir a sua tarefa e não fazem nenhuma teoria de conspiração.
Leia também aqui

sexta-feira, abril 04, 2008

Na audição pela PIC: Ziqo confirma vídeo pornográfico e chora

O CANTOR moçambicano Ziqo, ouvido ontem pela Polícia de Investigação Criminal (PIC) da cidade de Maputo, confirmou ser ele a pessoa que aparece no vídeo pornográfico com uma jovem de identidade não revelada, acto descrito pelas autoridades como sendo de ultraje à moral pública. Durante a audição, o músico mostrou-se arrependido de ter feito o referido vídeo, tanto mais que chorou perante o agente da PIC encarregue de investigar o caso.

Ao que apurámos, o processo aberto contra Ziqo, de 26 anos de idade e que se fazia acompanhar do seu advogado, Hélder Mathaba, e agente, Bang, foi instruído pela PIC e Ministério Público, após considerá-lo um atentado à moral pública e ao bom nome. Para as autoridades, porque se dá o benefício da dúvida, ainda não há matéria que possa conduzi-lo à prisão.

O delito está previsto Artigo 420 do Código Penal que determina: “O crime escrito ou desenho publicitário ou por outro qualquer meio de publicação, a pena será a de prisão até seis meses e multa até um mês”.

O seu julgamento é sumário, mas, porque faltam alguns elementos por esclarecer no processo, como audição da jovem que aparece no vídeo, sua amiga e o “câmara-men”, bem como a identificação do local do crime e equipamento usado para o efeito, a polícia aventa a hipótese de o mesmo vir a levar alguns dias.

Em declarações à PIC, Ziqo disse que o vídeo foi feito num dos compartimentos da sua casa, em que tomaram parte quatro pessoas. Para além dele e da moça, estiveram um dos seus amigos e autor das filmagens, de único nome Leonildo, e uma segunda jovem amiga da que aparece no filme.

Conforme explicou, o acto aconteceu depois de muita insistência por parte da moça que, se declarando sua fã, insistentemente pediu para que os dois se avistassem, pedido que veio a ser aceite no segundo semestre do ano passado. Ao invés de a jovem fã se deslocar à casa do músico sozinha, fê-lo na companhia de uma amiga.

De acordo com Ziqo, nesse dia acabou envolvendo-se em relações sexuais com a fã e a amiga recusou-se a fazer o mesmo com o amigo do cantor, neste caso o operador do vídeo (Leonildo), alegando não ter gostado dele.

Assim, ainda segundo as declarações do músico, prestadas à PIC, enquanto ele mantinha relações sexuais com a jovem, Leonildo procedia à filmagem do acto e a amiga da fã limitava-se a assistir, mas nua.

Terminado o acto, de acordo com as suas palavras, as duas jovens desapareceram e nunca mais voltou a se cruzar com elas, muito menos manter qualquer contacto via telefone.

Entretanto, segundo Ziqo, a 18 de Agosto do ano passado, foi-lhe roubado o telemóvel que continha o vídeo. O referido larápio é um homossexual que o identificou pelo único nome de Engrácio, que naquele dia esteve em sua casa. Questionado se havia feito qualquer participação do roubo às autoridades da Lei e Ordem, Ziqo não conseguiu justificar, muito menos explicar as razões que o levaram a ficar em silêncio quando o vídeo começou a circular na Internet e em vários telemóveis.

Em breves declarações à Imprensa, o agente do músico, Bang, da Bang Entretenimento, confirmou o rompimento do contrato entre a mcel e o músico. Segundo ele, tal medida não se estende à sua agência e em nenhum momento, segundo as suas palavras, os 13 músicos que fazem parte da Bang Entretenimento irão deixar de prestar apoio ao Ziqo, visto ser este o produtor da maioria dos colegas.

Nos próximos dias, as audiências para este caso prosseguem, devendo a PIC ouvir Engrácio, suposto ladrão do telemóvel de Ziqo, as duas jovens e o autor do vídeo.

Retirado daqui

quinta-feira, abril 03, 2008

Eleições do Zimbabwe IV

Quem são os amputados?

Pelo menos os resultados das eleições legislativas no vizinho Zimbabwe já foram oficialmente publicados pela comissão eleitoral. Estas foram ganhas pelo principal partido da oposição, o MDC do Morgan Tsvangirai. O MDC venceu 99 assentos no parlamento contra os 97 do partido do presidente Mugabe, o Zanu-PF. Isto, enquanto que 10 assentos foram conquistados pelo MDC de Arthur Mutambara e 1 pelo candidato independente Jonathan Moyo, o antigo ministro de Informação do Robert Mugabe, uma vez vaiado pelos jornalistas moçambicanos em Maputo. Esperamos agora com certa (im)paciência os resultados das eleições presidenciais. Para alguns de nós é difícil encontrar a razão da demora do anúncio destes resultados.

Desde que as eleições foram realizadas, a 29 de Março, nunca ouvimos mais o Robert Mugabe a falar. Já deixou de cantar que Tsvingirai e o MDC eram agentes britânicos enquanto que ele e a sua ala do Zanu-PF os nacionalistas? E o que diria ele agora quanto ao povo zimbabweano que não os votou maioritariamente?

Seja como for é razoal dizer que Robert Mugabe já foi amputado. Mas será só e a sua ala do Zanu-PF os únicos amputados pelas eleições zimbabweanas? Isso não parece ser. Há poucas semanas antes das eleições veio o Mammar Kadaffi ao público para dizer que Robert Mugabe devia ser presidente vitalício; para a cimeira UE-África surgiram vozes mesmo em Moçambique em apoio ao Robert Mugabe; Armando Guebuza e José Eduardo dos Santos declaram-se contra conversações directas entre Robert Mugabe e Morgan Tsvangirai talvez naquilo de verem o último (Tsvangirai) um insignificante. E hoje que dizem Mrs Guebas e Zedu?

quarta-feira, abril 02, 2008

Mocambique nao defende seus cidadaos no exterior

constatação de Manuel de Araújo, deputado da RUEMaputo (Canal de Moçambique) – O presidente substituto da Comissão de Relações Internacionais na Assembleia da República (AR), Manuel de Araújo, defendeu em entrevista exclusiva ao «Canal de Moçambique» que "Moçambique ignora a defesa da dignidade de cidadãos nacionais residentes no exterior bem como dentro do seu próprio País". Segundo aquele parlamentar, "devido à postura dos governantes moçambicanos, o nosso cidadão é considerado como sendo de segunda classe no seu próprio País e no mundo, daí o desrespeito que tem merecido no exterior". Manuel de Araújo, que teceu estes comentários em volta de um assunto recentemente reportado pela Televisão de Moçambique, dando conta de que nossos concidadãos estão a ser maltratados por sul-africanos no país vizinho, tendo aparentemente como móbil, de acordo com a referida reportagem a disputa de empregos, dado que os moçambicanos são mão de obra barata e fazem concorrência considerada desleal pelos trabalhadores sul-africanos preteridos. Leia mais aqui

Eleicões do Zimbabwe III

Acompanhe os resultados das eleições de Zimbabwe que estão sendo divulgados pelo
Zimbabwe’s Independent News Agency aqui

terça-feira, abril 01, 2008

Festus Mogae entrega o poder

Festus Magoe Festus Mogae retira-se e entrega o poder a Ian Khama
O PRESIDENTE cessante do Botswana, Festus Mogae, entregou ontem o poder ao novo Chefe de Estado deste país da África Austral, Ian Khama, numa transição tranquila que contrasta com os cenários políticos de outros países do Continente Africano

Leia: mais

Eleicões do Zimbabwe II

O Bosse está a juntar no seu blog muitos artigos de notícias e opinião interessantes sobre as eleicões no Zimbabwe. Leia por exemplo este:
Mugabe e Africa Austra . Também leia o artigo do chapa100 e os do diário de um sociólogo