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terça-feira, fevereiro 19, 2008

Respostas as preocupações ?

As minhas dúvidas em relação às manifestações populares, essas que alguns indivíduos intencionalmente chamam de tumultos ou vandalismo, têm tido algumas respostas. Por vezes, as respostas são em forma de outras perguntas, outras são em forma de uma análise ou uma combinação de questionamento e análise. É também uma forma de resposta as manifestações de Chokwè, Chibuto, Jangamo, Manjancaze, na zona sul do país e em áreas fora da capital. Espero que não se pense que as populações do centro e norte de Moçambique estejam satisfeitas ou com medo de reagir como estas do sul. O que a população daquelas zonas um pouco afastadas da capital mostrou, é de que ela tem os mesmos problemas dos concidadãos que vivem em Maputo e Matola. Esses problemas são semelhantes aos das zonas centro e norte. Neste caso, foi logo uma crítica ao que Nelson Scott no blog do Manuel de Araújo chamou por penso rápido, isto é, à decisão de o governo subsidiar aos chapeiros da cidade capital, sem ter em contam aos restantes do país inteiro. Segundo O País online, a reclamarem pelo subsídio, estão também os transportadores inter-provinciais e distritais. Sobretudo, receiar que o tal subsídio venha alimentar aos predadores, não é apenas o meu problema como se pode ler no blog A voz do povo
Uma das perguntas que fiz no post anterior foi sobre o motivo de aumento incrível de tarifa das chapas, quase na ordem de 50 %. Na minha opinião, isto não pode depender apenas do último aumento do combustível ou só do preço do combustível. Nesta pergunta encontro resposta na análise do Eugénio Chimbutane, no seu blog racionalidade económica ao falar dos problemas de infra-estruturas e ou estradas e mesmo de investimento e ou crédito, leia aqui. As condições das estradas elevam os custos dos chapeiros para manterem os seus carros em funcionamento. Eles têm que substituir as peças dos carros com mais frequência porque se desgatam rapidamente e com frequência. Gastam mais tempo a fintarem os buracos, etc. Contudo, o problema de infras-estrutura pode em si não ser combustível para atiçar uma manifestação daquela. Era preciso que a crise abalasse à maioria das populações para ser ela a fazer uma manifestação que mexesse os governantes.
Quanto à falta de investimentos e ou créditos, já Eugênio Chimbutane explica-nos que um chapeiro com menos de 5 carros não consegue operar neste negócio por muito tempo, porque a margem do lucro, não dá para manter os carros a funcionarem.

4 comentários:

  1. Ilustre, a expressão penso rápido é do jovem Nelson Scott. Um abração,
    Ivone.

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  2. Hehehehehe, e não é que o penso rápido está a descolar-se? Pelo menos em Maputo vive-se um novo capitulo nessa historia dos chapas!

    Não tarda muito, como bem pedia uma cidadã, que os gatos que estão no poleiro comecem a perder os pêlos e que o Diabo as teça, quem sabe se também o poleiro?

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  3. Cara Ivone, obrigado pela dica e eu já corrigi o erro. De facto, fiquei um pouco confuso quando o mesmo texto li o teu blog. Entretanto, lamento bastante em não ter tido ajuda do Manuel de Araújo porque comentei no seu blog com o mesmo erro, mas ele não deu um feedback. Por outro lado, sugeri ao ilustre Manuel de Araújo para ir dar um toque ao nosso ministro-sombra, Dionísio Guelhas porque acho que à Renamo deve-se ocupar por desenhar alternativa que crítica. Portanto, nós clamamos por Dionísio Guelhas. Onde ele anda?

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  4. Cara Ximbitane, sem dúvidas, o penso rápido não demorou de se descolar. Só eles lá, os do topo, é que confiam nesse tipo de penso enquanto que o pacato sabia este é igual ao que se faz para os primeiros socorros.

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