A Frelimo vai ou não recuperar os municípios em poder da Renamo nas próximas eleições autárquicas?
Esta é uma pergunta problemática como o Bayano afirma no Diário de sociólogo e fundamentalmente porque as autarquias não pertencem a nenhum partido, mas sim ao estado moçambicano, tendo os partidos e associações moçambicanos, a pé de igualdade, o direito de concorrer para governá-las. Mas porque a STV optou por servir a retórica do Filipe Paúnde, vou tentar analisar neste texto o serviço prestado por este meio de comunicação social. A pergunta parece ser mais intencionada para exprimir o desejo do jornalista ou da direcção do STV de fim da democracia multipartidária e regresso ao regime monopartidário como Marcelino dos Santos e Mariano Matsinhe declararam publicamente.
Recuperar como se reaver algo perdido de seu direito inalienável como é o caso dos municípios da Beira, Nacala-Porto, Ilha de Moçambique e Angoche e porque não Marromeu é falacioso. Se na altura das assembleias distritais a Frelimo os governava foi por imposição, foi por ditadura. Se a Frelimo governou todos os 33 municípios como resultado das eleições autárquicas de 1998, foi por os partidos da oposição e em particular a Renamo ter as boicotado. Ainda, há que notar que a participação foi de menos de 15 % dos eleitores e mesmo contando com votos enchidos fraudulentamente nas urnas. A exemplo está o que foi provado em Dondo (ver aqui). Acima de tudo, houve uma campanha nacional de boicote a estas eleições o que pelo elevado número de abstenções nos pode criar dúvida se não é o boicote que havia ganho naquele escrutínio.
Nas eleições de 2003, houve uma repetição de um fluxo de abstenções embora houvesse a participação dos partidos da oposição. Os resultados, que devem ter sido influenciados pelo grande número de abstenções, foi totalmente contrário as previsões (ver aqui ) baseadas nos resultados das eleições gerais de 1994 e 1999. Segundo AWEPA, a previsão era de a Frelimo ganhar em 18 e a Renamo em 15 municípios, enquanto que em dois, nomeadamente Nampula e Quelimane seria uma disputa renhida entre os partidos principais. Aliás nesta previsão a Renamo estava segura em sete municípios e a Frelimo quinze e, em disputa estavam onze municípios. Surpreendemente, a Renamo ganhou em 2 dos municípios seguros e 2 dos em disputa.
Para mim, uma pergunta válida e favorável à democracia multipartidária seria de se a Renamo recuperaria o seu apoio eleitoral, ela conseguiria mobilizar o seu potencial eleitoral para ir às urnas nas próximas eleições autárquicas. Isto porque na percepção de muitos analistas, um dos grandes causadores das derrotas da Renamo é o maior número de abstenções do seu potencial eleitoral.
Esta é uma pergunta problemática como o Bayano afirma no Diário de sociólogo e fundamentalmente porque as autarquias não pertencem a nenhum partido, mas sim ao estado moçambicano, tendo os partidos e associações moçambicanos, a pé de igualdade, o direito de concorrer para governá-las. Mas porque a STV optou por servir a retórica do Filipe Paúnde, vou tentar analisar neste texto o serviço prestado por este meio de comunicação social. A pergunta parece ser mais intencionada para exprimir o desejo do jornalista ou da direcção do STV de fim da democracia multipartidária e regresso ao regime monopartidário como Marcelino dos Santos e Mariano Matsinhe declararam publicamente.
Recuperar como se reaver algo perdido de seu direito inalienável como é o caso dos municípios da Beira, Nacala-Porto, Ilha de Moçambique e Angoche e porque não Marromeu é falacioso. Se na altura das assembleias distritais a Frelimo os governava foi por imposição, foi por ditadura. Se a Frelimo governou todos os 33 municípios como resultado das eleições autárquicas de 1998, foi por os partidos da oposição e em particular a Renamo ter as boicotado. Ainda, há que notar que a participação foi de menos de 15 % dos eleitores e mesmo contando com votos enchidos fraudulentamente nas urnas. A exemplo está o que foi provado em Dondo (ver aqui). Acima de tudo, houve uma campanha nacional de boicote a estas eleições o que pelo elevado número de abstenções nos pode criar dúvida se não é o boicote que havia ganho naquele escrutínio.
Nas eleições de 2003, houve uma repetição de um fluxo de abstenções embora houvesse a participação dos partidos da oposição. Os resultados, que devem ter sido influenciados pelo grande número de abstenções, foi totalmente contrário as previsões (ver aqui ) baseadas nos resultados das eleições gerais de 1994 e 1999. Segundo AWEPA, a previsão era de a Frelimo ganhar em 18 e a Renamo em 15 municípios, enquanto que em dois, nomeadamente Nampula e Quelimane seria uma disputa renhida entre os partidos principais. Aliás nesta previsão a Renamo estava segura em sete municípios e a Frelimo quinze e, em disputa estavam onze municípios. Surpreendemente, a Renamo ganhou em 2 dos municípios seguros e 2 dos em disputa.
Para mim, uma pergunta válida e favorável à democracia multipartidária seria de se a Renamo recuperaria o seu apoio eleitoral, ela conseguiria mobilizar o seu potencial eleitoral para ir às urnas nas próximas eleições autárquicas. Isto porque na percepção de muitos analistas, um dos grandes causadores das derrotas da Renamo é o maior número de abstenções do seu potencial eleitoral.
Recuperar os Municipios?
ResponderEliminarHumm, soa-me a algo do genero: perdi o meu cachorro, alguém de boa fé o encontrou e cuidou dele, o cachorro acostumou-se a essa pessoa.
Um tempo depois, reencontro o meu cachorro, ele reconhece-me, mas tem a sensação de que da outra vez o deixei abandonado. Sente-se seguro com o actual dono mas ao mesmo tempo quer-me a mim...
Mas se a forem políticos a dizerem estas coisas sem sentido, ok, até ficam perdoados. Mas em nome de STV?
ResponderEliminarPois, em nome da STV? Estranho!!!
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ResponderEliminarSTV quer também ser escovinha, claro. A propósito como é que ela cobriu a greve de ontem?
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