Coisa inédita em Mocambique, mas muito boa e que vale a uma publicacão ampla. Segundo o Mocambique para todos, o administrador de Moatize, Adelino Andissene, pôs o seu cargo à disposição do governador da província de Tete. Há quatro meses que a administração distrital de Moatize não recebe dinheiro nem do Fundo de Iniciativa Local nem para as despesas de funcionamento. As contas da administração são pagas pelo próprio administrador.
Sou de opinião que se os nossos governantes, os altos funcionários do Estado ou outros em comissão de serviço aprendessem a agir como este administrador, Moçambique teria começado a caminhar para frente.
Prefiro olhar mais para as causas da demissão e não simplesmente a demissão. Esse governante viu-se sufocado, sem dinheiro para fazer funcionar a sua máquina. Alguém vai precisar explicar porque se ficou o tempo que se ficou sem dinheiro.Para mim pode ter sido uma forma encontrada para pôr o administrador na categoria de incompetente ou até mesmo força-lo a pôr o seu cargo à disposição. Sendo assim terá sido na verdade vítima.
ResponderEliminarPrecisam-se é de dirigentes que se demitem por se acharem incapazes ou por não concordarem com certos factos. O PGR por exemplo devia ter tido a coragem de demitir-se para preservar o bom nome da instituição que dirige. Como resultado das explosões dos paióis o ministro da defesa devia se demitir como forma de assumir a culpabilidade e solidarizar-se com as vítimas...mas não faz parte da cultura política desse país...
Politica e não só.. é caso para se dizer que neste país a culpa (responsabilidade) nasceu e morreu solteira.
ResponderEliminarA vantagem dos debates é esta: sempre há diferentes pontos de vista. Obrigado, Nelson e anónimo
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