Dos 16 anos: Máximo Dias assume culpa pela guerra – e diz ter sido o fundador da RENAMO juntamente com André Matsangaíssa
O PRESIDENTE do MONAMO, Máximo Dias, revelou esta segunda feira, em Maputo, que ele e André Matsangaissa fizeram parte do grupo de cidadãos que fundaram a então Resistência Nacional Moçambicana, em 1976 na cidade da Beira, província de Sofala.
Este político que é deputado da Assembleia da República, por força da coligação União Eleitoral, revelou ainda que André Matsangaissa pode ter sido morto pela própria Renamo, enquanto movimento de guerrilha, por alegadamente nunca ter aceite a forma como os seus companheiros de luta conduziam a guerra que dilacerou o tecido económico e social moçambicano.
Segundo suas afirmações, metade dos 32 anos da independência nacional foram gastos com a gestão da guerra dos 16 anos, movida pela Renamo contra a governação da Frelimo.
“Metade dos 32 anos da independência foi com a guerra civil, eu sou um dos responsáveis da guerra e assumo a responsabilidade. Eu fui um dos fundadores da Renamo, juntamente com André Massangaissa e outros companheiros”, revelou, esclarecendo, por outro lado, que Afonso Dhlakama não é membro fundador daquele antigo movimento de guerrilha.
Segundo deu a conhecer a então Resistência Nacional Moçambicana foi fundada na cidade da Beira, em 1976. Informou ainda que já em 1978, ele fugiu para Portugal, via África do Sul, país este onde permaneceu durante 15 dias antes de seguir viagem para a Europa.
Disse que nunca revelou que foi um dos fundadores da Renamo, mesmo em 1976, quando interrogado pela Frelimo, teria negado, alegadamente porque o ambiente político não era favorável.
“Nós quando fundamos a Renamo não pretendiamos destruir o país, mas obrigar a Frelimo a mudar a sua política de exclusão, mas os então regimes da África do Sul e da Rodésia, aproveitaram-se deste movimento tranformando os guerrilheiros nacionalistas em mercenários de baixo custo, destruindo pontes, cortando linhas transportadoras de energia eléctrica e cometendo outros desmandos”.
Segundo Máximo Dias, o então regime da África do Sul e da Rodésia nunca estiveram interessados em apoiar a Resistência Nacional Moçamicana, no sentido de tomar o poder, “mas o que na verdade queriam, era usar este movimento para desorganizar a administração da Frelimo. Sempre tive choques com o então regime de Apartheid, porque cedo me apercebi da sua intenção desestabilizadora”.
O nosso interlocutor revelou ainda que quando André Matsangaissa e seus companheiros fundaram a Renamo não esperavam que a luta durasse 16 anos. “Não era essa a nossa intenção, mas conduzidos pelo “Apartheid” e Ian Smith, do regime rodesiano, a guerra acabou levando todo este tempo, uma vez que tinham outros interesses”.
O nosso entrevistado explicou que apoiou a Frelimo até 1976, ano em que viria a se juntar-se a André Matsangaíssa para a fundação da Renamo. “Depois, em Portugal, fundei o meu partido, o MONAMO”.
Reiterou que a sua formação política deixará de existir por, alegadamente, não concordar com o actual modelo de democracia.
Retirei a notícia acima, para mim muito curiosa do Jornal Notícias na sua edicão de 27.06.2007. Estou perplexo, tenho que dizer e gostaria de facto de uma discussão sobre estas declaracões do Dr. Máximo Dias. Constituem alguma verdade? É aceitável a explicacão do Dr. Máximo Dias sobre as razões de ele nunca ter vindo ao público para proclamar-se fundador da Renamo? Há dúvidas sobre as circunstâncias em que morreu André Matsangaissa, consideradas até hoje oficiais?
Este político que é deputado da Assembleia da República, por força da coligação União Eleitoral, revelou ainda que André Matsangaissa pode ter sido morto pela própria Renamo, enquanto movimento de guerrilha, por alegadamente nunca ter aceite a forma como os seus companheiros de luta conduziam a guerra que dilacerou o tecido económico e social moçambicano.
Segundo suas afirmações, metade dos 32 anos da independência nacional foram gastos com a gestão da guerra dos 16 anos, movida pela Renamo contra a governação da Frelimo.
“Metade dos 32 anos da independência foi com a guerra civil, eu sou um dos responsáveis da guerra e assumo a responsabilidade. Eu fui um dos fundadores da Renamo, juntamente com André Massangaissa e outros companheiros”, revelou, esclarecendo, por outro lado, que Afonso Dhlakama não é membro fundador daquele antigo movimento de guerrilha.
Segundo deu a conhecer a então Resistência Nacional Moçambicana foi fundada na cidade da Beira, em 1976. Informou ainda que já em 1978, ele fugiu para Portugal, via África do Sul, país este onde permaneceu durante 15 dias antes de seguir viagem para a Europa.
Disse que nunca revelou que foi um dos fundadores da Renamo, mesmo em 1976, quando interrogado pela Frelimo, teria negado, alegadamente porque o ambiente político não era favorável.
“Nós quando fundamos a Renamo não pretendiamos destruir o país, mas obrigar a Frelimo a mudar a sua política de exclusão, mas os então regimes da África do Sul e da Rodésia, aproveitaram-se deste movimento tranformando os guerrilheiros nacionalistas em mercenários de baixo custo, destruindo pontes, cortando linhas transportadoras de energia eléctrica e cometendo outros desmandos”.
Segundo Máximo Dias, o então regime da África do Sul e da Rodésia nunca estiveram interessados em apoiar a Resistência Nacional Moçamicana, no sentido de tomar o poder, “mas o que na verdade queriam, era usar este movimento para desorganizar a administração da Frelimo. Sempre tive choques com o então regime de Apartheid, porque cedo me apercebi da sua intenção desestabilizadora”.
O nosso interlocutor revelou ainda que quando André Matsangaissa e seus companheiros fundaram a Renamo não esperavam que a luta durasse 16 anos. “Não era essa a nossa intenção, mas conduzidos pelo “Apartheid” e Ian Smith, do regime rodesiano, a guerra acabou levando todo este tempo, uma vez que tinham outros interesses”.
O nosso entrevistado explicou que apoiou a Frelimo até 1976, ano em que viria a se juntar-se a André Matsangaíssa para a fundação da Renamo. “Depois, em Portugal, fundei o meu partido, o MONAMO”.
Reiterou que a sua formação política deixará de existir por, alegadamente, não concordar com o actual modelo de democracia.
Retirei a notícia acima, para mim muito curiosa do Jornal Notícias na sua edicão de 27.06.2007. Estou perplexo, tenho que dizer e gostaria de facto de uma discussão sobre estas declaracões do Dr. Máximo Dias. Constituem alguma verdade? É aceitável a explicacão do Dr. Máximo Dias sobre as razões de ele nunca ter vindo ao público para proclamar-se fundador da Renamo? Há dúvidas sobre as circunstâncias em que morreu André Matsangaissa, consideradas até hoje oficiais?
Para responder ao Sr. Dr.Máximo Dias, queiram consultar o Google
ResponderEliminar"Memórias de um combatente"
Blogger Moçambique para todos.
Poderei enviar o livro à cobrança-
O meu contacto é o seguinte:
rcarlosguedes@sapo.pt
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