A CRIAÇÃO do "Clube" dos trezentos a nível da Renamo consubstancia um plano de realização de uma fraude eleitoral no pleito agendado para o próximo ano com vista à eleição das primeiras assembleias provinciais, assim como para os sufrágio autárquico de 2008 e geral de 2009.
Esta acusação foi proferida ontem, em Maputo, pelo líder do Partido Independente de Moçambique (PIMO), que procurou a nossa Reportagem para, segundo disse, explicar e fundamentar a acusação inicialmente feita pelo Comité da Cidade do Partido Frelimo que, na sua última sessão ordinária, acusou a "perdiz" de estar a criar estes clubes para promoverem acções de desestabilização no país.
"A Frelimo não sabe exactamente para que servirão estes clubes. Nós, oposição construtiva, fizemos uma apurada investigação em torno deste projecto e descobrimos que o que a Renamo está a fazer é preparar uma fraude eleitoral sem precedentes. Eles instruem os seus membros, em grupos de dez, com a missão de confiscarem, cada um, um total de trinta cartões de recenseamento para poderem utilizar nas eleições que se avizinham. O núcleo, assim organizado, acaba por ser de trezentos eleitores que ficam sob controlo directo da Renamo. Trata-se, por tanto, de um plano diabólico, obscuro e que tem como objectivo organizar uma fraude eleitoral", disse Sibindy.
Segundo a nossa fonte, a Renamo considera que este é um "plano infalível", daí que acredita que vai ganhar as próximas eleições. "Eles estão tão convencidos disso que são contra o adiamento das eleições para as assembleias provinciais, bem como contra a realização de um recenseamento de raiz informatizado, como defende o STAE e outros organismos nacionais, incluindo a maioria dos partidos políticos", disse.
As acusações de Sibindy à Renamo não terminam por aqui. Segundo ele, a Renamo defende a realização das eleições provinciais no próximo ano com o argumento de se estar a cumprir com o estabelecido na Constituição. "Isso é apenas uma mera desculpa, porque o Parlamento pode, muito bem, fazer uma alteração pontual da lei mãe como forma de permitir uma melhor preparação e organização deste evento, assim como dos subsequentes, como, aliás, é defendido pelo STAE com argumentos técnicos e convincentes", disse.
O facto de o "Bloco de Oposição Construtiva" estar a intervir positivamente na vida política, económica e social do país está a fazer com que a Renamo, de acordo com Yá-Qub Sibindy, se sinta frustrada. "Estão frustrados, porque nós estamos a ganhar cada vez maior credibilidade e eles estão a perder a pouca que tinham em algumas zonas do país", sublinhou.
Aliás, o líder do PIMO reiterou, na ocasião, a posição da "Oposição Construtiva" de se adiar as eleições provinciais agendadas para o próximo ano, devido à falta de condições técnicas e materiais para o efeito.
"O país, como já foi constatado, precisa de realizar um recenseamento eleitoral novo, de raiz, censo este que deve ser digitalizado por forma a criar-se uma base de dados credível e que seja actualizada anualmente. Por outro lado, é necessário elaborar-se uma legislação sobre esta matéria. Tais leis devem estar em consonância com a realidade política, social e económica do país e, por último, Moçambique não tem condições financeiras e económicas para realizar três eleições em igual número de anos seguidos", disse.
Acrescentou que pela primeira vez o país tem uma agenda de consenso, que é o combate à pobreza absoluta. Sendo essa a prioridade nacional, Sibindy diz não ver razões para se desperdiçar "muito dinheiro" com eleições, enquanto se pode, por exemplo, realizar as eleições para as assembleias provinciais em simultâneo com o sufrágio presidencial e legislativo de 2009.
O Bloco de Oposição Construtiva é constituído por 18 partidos políticos e na sua actividade política constituiu já um parlamento e governo sombras para acompanhar as actividades do Executivo nacional liderado por Armando Guebuza.
Fonte: Jornal Notícias (12-08-06)
Sibindy = Oposicao Construitiva = Oposicao destruitiva.
ResponderEliminarNao faz sentido quando se afirma que o tal fulano Sibindy pertence ou dirige uma oposicao construitiva. Pelo que se ve, atravez dos seus argumentos politicos se conclue que o Sibindy pertence a' uma oposicao destruitiva. Pois se ele pertencesse a oposicao construitiva havia de mostrar capacidade em usar as estrageias negativas do governo no poder para o bem da sua estrategia. Ao contratio, O sibindy esta actuando como um politico sem agenda e que nao tem interesse de governar Mocambique mas apenas para confusionar o povo que tanto esta' decidido de mudar o curso em Mocambique atravez da forca politica da Renamo- EU. E' melhor o Sibindy calar porque ele nao e' nenhum politico mas sim empregado de politicos no poder.
Gratos,
Kamomu