O PARTIDO Frelimo, a nível da cidade de Maputo, denunciou ontem as manhas que estão a ser protagonizadas pela Renamo na capital do país, caracterizadas pelo desdobramento dos seus membros pelos distritos municipais, bairros e quarteirões para criação dos chamados "grupos 300", ou seja aglomerados de 300 famílias, chefiados por um representante.
A formação política no poder acusa, igualmente, a "perdiz" de estar a empreender uma acção concertada junto das residências da Universidade Eduardo Mondlane, onde cartazes do maior partido da oposição circulam ou são colados nos quartos dos estudantes.
A denúncia vem contida num relatório das actividades desenvolvidas pelo secretariado do comité da cidade no período de Janeiro a Julho do ano em curso. Muito embora a situação política na cidade capital seja descrita como sendo estável, positiva e favorável ao partido no poder, onde a sua presença e trabalho se fazem sentir em todos os distritos municipais, bairros e quarteirões, nos últimos tempos, a Renamo tem estado a desdobrar-se em brigadas para difundir o seu plano de acção e procurar uma maior influência junto daqueles aglomerados populacionais, através da criação dos chamados "grupos 300", para 300 famílias.
O documento refere ainda que a situação que se vive na Universidade Eduardo Mondlane não é encorajadora, pois informações que chegam aos órgãos do partido dão conta de alguma acção concertada da Renamo, em particular a nível das residências, caracterizada pela publicação de cartazes nos quartos dos estudantes.
"Este facto constitui desde já uma razão para uma maior atenção e trabalho do nosso partido para contrapor esta realidade", considera a fonte. Membros do comité da cidade, militantes aos diversos níveis e simpatizantes da formação política no poder analisaram ontem, em sessão ordinária daquele órgão, diversos aspectos da vida da capital do país.
ler mais
Não compreendo se publicacão de cartazes de um partido nas residências de estudantes universitários é algo democraticamente preocupante. O mais preocupante não seriam células partidárias nas instituicões públicas?
ResponderEliminar