O aumento dos índices de criminalidade no país, com maior destaque para a cidade da Matola, província do Maputo, e distrito de Massinga, em Inhambane, está a preocupar os membros da Comissão de Defesa e Ordem Pública, da AR, que nas últimas duas semanas deste mês, fiscalizaram várias instituições do sector naquelas duas regiões do país.
Em entrevista, o chefe daquele grupo de especialidade da AR, Jerónimo Malagueta, disse que de todos os pontos visitados, a cidade da Matola foi a que mais casos de crimes registou no período de Janeiro a Junho do ano corrente, seguido do distrito da Massinga, província de Inhambane.
Disse que de acordo com os dados prestados pelo Comando Provincial na Matola, os assaltos à mão armada, nas ruas e residências contribuíram pela negativa para a subida dos índices comparativamente a igual período do ano transacto.
A falta de meios humanos e materiais em quase todas as instituições policiais visitadas por esta comissão, está na origem dos elevados índices de casos criminais. `Soubemos por exemplo que um policia está para dois mil ou mais cidadãos, o que em condições normais não é possível obter-se resultados positivos´, disse, adiantando que a saída para o problema passa pela aposta na formação de mais agentes.
A falta de condições de trabalho é a principal `dor de cabeça´ dos homens da lei e ordem. Segundo Malagueta, no distrito de Massinga, por exemplo, o comando distrital conta apenas com uma viatura que recebe 100 litros de combustível por mês e não tem meios de comunicação de longo alcance. A situação mais caricata, segundo explicou, é que a viatura em questão percorre uma distância de 100 quilómetros para a cidade de Inhambane, a fim de ser abastecida.
Segundo o entrevistado, nos últimos anos, Massinga está a virar um verdadeiro esconderijo de malfeitores, que para além de roubo de viaturas, são reportados casos de fabrico de armas de fogo.
A visita dos deputados ás províncias de Inhambane e Maputo, incluiu a Academia de Ciências Policiais (ACIPOL), a Direcção de Identificação Civil (DIC) e o Instituto de Mar e Fronteiras...
Fonte: imensis 2006/06/20
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