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sexta-feira, junho 16, 2006

PALMO revitaliza bases


BRIGADAS centrais do Partido Liberal de Moçambique (PALMO) iniciam, este mês, visitas de trabalho a várias províncias do país com o objectivo de preparar a reunião nacional da organização, prevista para este ano na capital do país.

Os quadros dirigentes da organização vão fazer o levantamento dos assuntos a serem agendados para o aludido encontro, bem como presidir ao processo de eleição de delegados. Também irão analisar o grau de funcionamento das bases do partido, a angariação de mais membros e simpatizantes, bem como revitalizar o processo de pagamento de quotas por forma a assegurar a sustentabilidade do partido. "Não é só o PALMO que se depara com dificuldades financeiras. Pelo que eu saiba, a maioria das formações políticas nacionais enfrenta este problema", reconheceu o secretário-geral desta formação política, António Muedo.

O nosso entrevistado disse que a direcção do seu partido está em contacto permanente com amigos e potenciais financiadores com vista a obter alguns apoios de modo a realizar, ainda este ano, a conferência nacional, encontro que tem por objectivo analisar a vida do partido, particularmente no período pós-eleitoral, assim como delinear estratégias para os próximos seis meses, com destaque para a reorganização interna, a partir da base.

"Porque queremos dar uma nova dinâmica ao nosso trabalho, estamos a consultar as nossas bases para recolhermos todas as preocupações que as afligem, assim como para nos inteirarmos daquilo que elas julgam ser as soluções para os seus problemas', disse.

Neste contexto, o nosso interlocutor afirmou que parte dos membros da direcção do partido, com destaque para o secretário-geral e o presidente, trabalharam recentemente nas províncias de Nampula, Tete, Zambézia, Manica e Niassa. "Nestes lugares recolhemos as preocupações básicas e deixamos instruções no sentido de se reunirem e elegerem os seus representantes para o encontro nacional agendado para este ano", disse.

De entre os problemas constatados nos lugares já visitados, destaque vai para a falta de infra-estruturas para as delegações do partido funcionarem, falta de meios de locomoção para a realização do trabalho de mobilização, para além do fraco contacto existente entre a direcção do partido e a base. "São questões que a nós, como direcção do partido, também nos preocupam e por isso vamos trabalhar em conjunto para as solucionar. Sabemos que não é uma tarefa fácil porque a solução destes problemas requer, em primeiro lugar, dinheiro e isso é coisa que nos falta muito. Não temos fontes próprias de financiamento, dependemos dos nossos colaboradores e amigos, daí que a solução destes problemas pode levar muito tempo", informou.

O PALMO reuniu-se, em Janeiro último, à porta fechada, em Maputo, para analisar a sua prestação nas eleições legislativas e presidenciais do ano passado. Não são conhecidas as principais conclusões deste encontro. Porém, sabe-se que os resultados alcançados pelo partido no escrutínio foram negativos, pois, não conseguiu reunir votos suficientes para pelo menos eleger um deputado para a Assembleia da República.

Neste momento, a ideia é de criar condições para a participação da organização nas eleições das assembleias provinciais, que terão lugar pela primeira vez em 2007. Segundo Muedo, o grande desafio de momento é conseguir-se fundos para viabilizar a acção do partido, sendo que os contactos para se conseguirem os fundos estão no "bom caminho", esperando-se para breve respostas positivas. "Não posso agora revelar o montante que precisamos, nem dizer quem são os nossos parceiros, por motivos óbvios. Posso é dizer que precisamos de dinheiro para custear as despesas de uma reunião que, no mínimo, contará com a participação de vinte pessoas", disse.
Notícias – 2006-06-16

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