Páginas

domingo, junho 25, 2006

Células do partido em instituições públicas

Por Saturado

Desde há muito, muitos vieram ao público reclamando sobre a nova atitude (no pós-multipartidarismo) da Frelimo. É pena que na Frelimo não exista quem seja capaz de alertar quantos às eventuais consequências. É engano demais em pensam que o mundo tolerará isto, MONOPARTIDARISMO e DITADURA, que eles ensaiam aos olhos do mesmo. Se não se tolerou no nosso vizinho Zimbabwe, não há razão de se imaginar que tolerará em Moçambique.

Na medida que algo vai acontecendo e até dizer-se em voz alta por figuras prominentes como a do Marcelino dos Santos que quer-se restaurar o monopartidarismo e o comunismo em Moçambique, a comunidade internacional, o maior actor do mínimo do crescimento económico que se regista, vai estudando e tomando aos poucos, medidas que nos penalizam, embora começando por algumas atenções.

Há sinais nisso e basta ver no relatório dos EUA sobre direitos humanos em 2005 para entender-se que o mundo sabe do que está-se passando em Moçambique. Uma das passagens nesse relatório diz o que cito: “While the government generally did not restrict academic freedom, there were reports that teachers at the university, secondary, and primary school level felt pressure to align themselves with FRELIMO, particularly in the central and northern provinces”. Isto pode-se ler mais ou menos na página 8 do http://www.state.gov/g/drl/rls/hrrpt/2005/61583.htm

De facto, a Frelimo está agir contra as liberdades individuais e está se notando em quase todos os locais. Como exemplo está esta atitude dos membros da Frelimo na igreja que também passo a citar: A parish priest named Daniel, at the Catholic cathedral in the provincial capital, Quelimane, claimed that some people had used meetings in churches as recruiting grounds for Frelimo. He objected to this since "the church is not the place indicated to mobilise believers to join this or that party". He lamented that "when we allow people to speak, they campaign for their parties, mainly Frelimo" http://allafrica.com/stories/200606210061.html

Que as pressões para se ser membros da Frelimo estão atingindo às igrejas se pode ler ainda no anterior “site” embora eu nunca tenha entendido do porque a tal notícia não haja em português na internet. Aqui está claro que o padre Daniel, da Cadetral de Quelimane afirma que a Frelimo recruta membros na igreja.

Podemos analisar este sentimento, esta percepção, para discutirmos às afirmações do Edson Macuácua: Que significa sentir-se pressionado como vem no relatório e filiar-se vonluntariamente à Frelimo, como afirma o Edson Macuácua? Será mesmo democrático que crentes se pressionem para membros dum partido?...

A outra preocupação quanto à atitude do partidão é ao pessoal que usa para o recrutamento de seus membros. Há dois relatos recentes que nos podem chamar à atenção. O anterior que acabei dando http://allafrica.com/stories/200606210061.html conta sobre o caso do Rosário Manuel em Molócuè. Ao Rosário Mário se diz ter sido suspendido de delegado da Renamo por ter roubado as quotas do partido. Depois saiu um outro relato sobre membros do PDD http://allafrica.com/stories/200606230750.html . Este caso de Sofala com o PDD é semelhante ao de Zambézia com a Renamo. Em, Sofala trata-se de indivíduos que venderam bicicletas do partido, portanto, ladrões e corruptos. Então, podemos questionar de como a Frelimo pode dizer-se determinada ao combate à corrupção se o partido é um autêntico covil de corruptos? Como é possível que ser desviador de fundos do seu partido pode ser mérito para ser ser membro dum outro partido??? Será que a partir desta atitude poçamos concluir do porque, por exemplo, os seniores corruptos do partidão não são julgados nem punidos? O mérito de se ser da Frelimo é saber roubar?!?!?!?

A meu ver, os problemas do partidão estão na moral e ética. É lamentável afirmar isto num pleno 25 de Junho, num dia em comemoração o 310 Aniversário da nossa independência e, que a Frelimo devia se orgulhar. Mas infelizmente, nota-se muita falta de patriotismo (amor da pátria) entre os membros deste partido. Há muito egoísmo. Tanto as pretensões de restauração do regime monopartidarismo, como os clubes de corruptos só lançarão o nosso Moçambique ao caos.

Cada um deve escutar bem o nosso hino nacional e reflectí-lo sobre o que nele afirmamos. Lembremo-nos que segundo o Inquérito de Opinião Pública realizado pelo Afrobarometer a maioria dos moçambicanos (56 %) prefer a democracia multipartidária.

FELIZ ANIVERSÁRIO DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL.

Sem comentários:

Enviar um comentário