(Maputo) DEPUTADOS da Assembleia da República, pela bancada da Renamo-União Eleitoral, foram incumbidos da missão de se desdobrar pelos diferentes círculos eleitorais não só para disseminarem as principais conclusões da última sessão do legislativo, mas também para preparar a população sobre os três grandes eventos políticos que se avizinham.
Fernando Mazanga, porta-voz da coligação, disse ontem à nossa Reportagem que nenhum deputado pela "perdiz" estará de férias no intervalo desta e da próxima sessão. Pelo contrário, segundo o porta-voz, cada deputado terá que redobrar esforços percorrendo o seu círculo em contacto directo com a população.
Fernando Mazanga afirmou que uma das missões específicas dos deputados é fiscalizar o grau de cumprimento das orientações deixadas pelo líder da coligação, no decurso do seu périplo pelos diferentes bairros, localidades, postos administrativos, distritos e províncias enquanto outros têm a tarefa de preparar a chegada de Dhlakama.
O interlocutor acrescentou que uma outra missão fundamental dos deputados, em serviço nos seus círculos de eleição, é a disseminação da mensagem sobre o HIV/SIDA. "A questão da SIDA toca a todos moçambicanos. Portanto, os nossos parlamentares, à semelhança do que faz o líder nas suas digressões, devem aflorar a questão da SIDA sem quaisquer rodeios. Mostram uma nova abordagem desta problemática que é responsável por milhares de mortes no país, dentre crianças, adultos e velhos de ambos os sexos. Não devemos ter receio de falar de pandemia", salientou a fonte. O porta-voz da Renamo-União Eleitoral tornou claro ser intenção da sua coligação lutar por estancar a propagação do vírus e até tudo fazer para a sua erradicação.
Enquanto isso, o interlocutor explicou que os deputados deverão explicar aos seus eleitores o sentido do seu voto no decurso da última sessão da Assembleia da República. Como se sabe, a coligação absteve-se no voto sobre a Conta Geral do Estado, votou contra o Estatuto do Provedor de Justiça e não gostou tanto da presença do Governo na AR para a sessão de perguntas como para as informações. Não gostou também do informe anual do procurador-geral da República, considerando-o de bastante superficial. Na mesma sessão foi dissolvida a Comissão ad hoc para a Revisão da Legislação Eleitoral por ao longo do seu mandato não ter conseguido alcançar consensos. As atribuições desta comissão passaram para a Comissão de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Poder Local. "O povo precisa de saber o que fizemos na Assembleia da República. Temos que explicar aos nossos eleitores o sentido do nosso voto pois, o povo escolheu-nos para a defesa da democracia em Moçambique", comentou Fernando Mazanga.
Fonte: Notícias
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