A AGÊNCIA Sueca de Desenvolvimento Internacional (ASDI) desembolsou no primeiro trimestre do ano em curso, 14 biliões de meticais no apoio a 43 propostas de financiamento da sociedade civil no quadro da cooperação descentralizada entre o Governo provincial do Niassa e a Suécia, implementado pelo CCS (Centro Cooperativo Sueco) com objectivo de reduzir a pobreza absoluta, através do desenvolvimento humano sustentável.
As restantes propostas, num número de 62 chumbadas, faziam parte do sector privado, instituições governamentais e as da sociedade civil que não estavam dentro dos indicadores previstos pelo CCS, segundo Lars Berggen, director do programa de apoio à sociedade civil.
O financiamento destas actividades surge numa altura em que 94 porcento da população do Niassa reside nas zonas rurais e de forma dispersa. O Governo tornou público o combate à pobreza absoluta como desafio no presente mandato através de acções concretas que se devem realizar para ultrapassar os grandes obstáculos de desenvolvimento, designadamente a corrupção, o espírito de "deixa-andar" e o burocratismo, entre outros males.
Actualmente, o CCS está representado em oito distritos, nomeadamente Sanga, Lichinga, Majune, Mandimba, Cuamba, Mecanhelas, Metarica e Ngaúma. Nestes distritos, o CCS conta com 160 associações que desenvolvem actividades nas áreas agrícola, cultural, desportiva e juvenil. Nesta componente, destaque vai para o apoio ao sector da agricultura uma vez que a província do Niassa é habitada por pessoas maioritariamente camponesas.
Referindo-se ao impacto do financiamento que o CCS tem concedido, Lars Berggen apontou o aumento das áreas de produção e consequente produtividade, prevenção de 38 mil crianças contra várias doenças, construção de infra-estruturas escolares e sanitárias. Segundo a fonte, em Agosto próximo, a componente de apoio à sociedade civil vai merecer uma monitoria por parte de uma equipa de consultores por forma a avaliar o impacto do programa nas comunidades.
Tudo indica que depois da consultoria, a componente de apoio à sociedade civil vai continuar com as comunidades que já desenvolvem actividades que lhes possam aliviar da pobreza absoluta. Aliás, um exemplo concreto foi a elaboração, pela primeira vez, no ano passado, do relatório anual da pobreza, onde constatou-se que o nível de indigência das pessoas tende a diminuir.
Notícias - 2006-05-25
Uma salada russa. Os repórteres misturam governo moçambicano e ASDI. A ASDI injectou este valor não em cumprimento da retórica do governo de Guebuza. É como quem quer julgar a ASDI que não fez isto no passado porque Chissano não queria combater à pobreza e não fará isto se o próximo governo não for de Guebuza. A ASDI tem feito muito para Moçambique e provavelmente continuará a fazer. Antes o seu apoio ia directamente ao governo que muitas vezes era mal canalizado como vimos no caso do Ministério da Educação e UEM. Quanto ao Niassa temos ainda o MOSAGRIUS como um bom exemplo do empenho da Suécia na luta contra a pobreza em Moçambique. Agora a política dos doadores está estando de rumo virando-se para o fortalecimento da sociedade civil. Um dos objectivos centrais é desenvolver o espirito democrático. Mas que parece-me que o partido no poder está tentando minar os objectivos ao querer-se confundir com doadores e ONGs.
ResponderEliminar