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terça-feira, fevereiro 07, 2006

Eduardo Mondlane morreu em casa de Betty King

A história “oficial” não é verdadeira

- O assassinato não teve lugar nos escritórios da Frelimo em Dar-es-Salam

- Joaquim Chissano e Janet Mondlane destapam a mentira perante Marcelino dos Santos

(Maputo) O Dr. Eduardo Chivambo Mondlane não foi assassinado no seu escritório em Dar-es-Salam. A história que há 37 anos se ensina oficialmente aos moçambicanos e faz parte dos curricula escolares é falsa.

É mentira. A verdade é outra. O primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique morreu num edifício da secretária da esposa, em Oyster Bay, na capital tanzaniana. Janet Mondlane encontrava-se na Suiça e só soube do crime, à noite. O caso registou-se às 9 horas da manhã de 3 de Fevereiro de 1969 na Residencial/Bar da americana Betty King.

Na Praça dos Heróis, nas cerimónias centrais do 37.º aniversário da morte de Mondlane, na última sexta-feira, Joaquim Chissano confirmou o facto ao repórter do “Canal de Moçambique”.

Marcelino dos Santos, outro histórico, estava presente. Ficou histérico. Muito nervoso por não ter ido a tempo de impedir que a verdade fosse finalmente confirmada a tão alto nível, tentou, chegou mesmo a ordenar a um agente da sua segurança para actuar contra o jornalista. E o jagunço actuou mesmo, a tal ponto de o diálogo com o ex-Presidente da República ter ficado por concluir.

“Reza a história oficial que Eduardo Mondlane morreu no seu escritório na sede da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), mas dados em nossa posse indicam que morreu em casa de Betty King, em Oyster Bay...”, pergunta o repórter do “Canal”, de chofre, a Joaquim Chissano.

“Sim. Confirmo que foi em casa de Betty King. Fui lá para ver o corpo”, respondeu Chissano que se encontrava ladeado pela sua esposa, por Marcelino dos Santos. A viúva, Janete Mondlane, e dois dos três filhos do casal, Edy e Nyelete Mondlane estavam atrás.

De recordar que Joaquim Chissano, quando se deu o assassinato, era o secretário particular do presidente da Frente de Libertação de Moçambique.

Ao confirmar que Mondlane foi assassinado numa residencial da americana Bettty King e não na sede da Frelimo, Chissano levantou o véu que cobriu uma mentira que durava há 37 anos, mais precisamente desde 3 de Fevereiro de 1969, cerca das 9 horas da manhã, quando Mondlane tombou.

Está por ser explicado aos moçambicanos e ao mundo porque razão a Frelimo e os sucessivos governos de Moçambique andaram, até hoje, a propalar uma falsidade crassa.

A versão “oficial” da história de Moçambique, escrita pelos “historiadores” que se têm vindo a julgar a si próprios indesmentíveis e a acusar os outros que a questionam de charlatães tem sido ensinada nas escolas a partir de livros oficiais aprovados pelo Ministério de Educação e Cultura de Moçambique.

Mondlane foi de facto assassinado por um livro-bomba, mas não no seu escritório. Antes, sim, na casa/restaurante de Betty King, que era secretária da esposa da vítima, Janet Mondlane, no Instituto Moçambicano, em Dal-es-Salam. O local onde pereceu era predilecto do primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique nas horas de lazer.

Na fatídica segunda-feira em que se deu o atentado, a residencial que normalmente era muito movimentada, sobretudo devido ao restaurante, encontrava-se deserta. Nem Betty King, nem a maioria dos empregados, estavam lá. Apenas estava o cozinheiro que serviu um chá a Mondlane.

A casa residencial/bar tinha 12 empregados. Poucas horas depois do livro bomba explodir, Marcelino dos Santos, sua esposa Pamela dos Santos, Joaquim Chissano e Betty King, foram detidos pela Polícia tanzaniana para averiguações.

À margem das cerimónias do 37.º ano da morte de Mondlane, na Praça dos Heróis, onde anualmente a nata da Frelimo cumpre o seu ritual de deposição da coroa de flores aos seus heróis, o antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, apesar de ter confirmado a versão que o “Canal de Moçambique” lhe colocou, escusou-se a clarificar as razões da sua alegada detenção.

Marcelino dos Santos irritado

Marcelino dos Santos ficou nervosíssimo quando a pergunta do Canal foi dirigida a Chissano. “Não responde!” disse, dos Santos a Joaquim Chissano, ao mesmo tempo que, virado para o repórter, dizia repetidamente: “O senhor não brinca comigo!”. Depois fez sinal a um latagão e disse: “Actua!”. E ele pôs mesmo termo ao interessante diálogo com Joaquim Chissano que, apesar do incidente, acabou deixando, finalmente, a verdade abafar a mentira que perdurava há 37 anos.

Janet Mondlane

A viúva Janet, que se encontrava acompanhada de dois dos três filhos do casal, Eduardo Mondlane Jr. e Nyelete Mondlane, diz que soube da morte do marido, só à noite, no dia do crime.

Encontrava-se na Suiça.

“Eu estava em Genebra quando recebi a informação” contou ela ao “Canal de Moçambique”.

Janet disse ainda que chegou a Dar-Es-Salaam dois dias depois. Segundo ela circulavam muitos rumores sobre o assassinato do seu marido.

“A minha preocupação naqueles dias eram os meus filhos”.

Janet também confirma que Eduardo Mondlane não morreu no escritório da Frelimo como há 37 anos se propala. “Sim, ele morreu em casa da Betty King. Era lá onde ele ia passar os seus momentos de lazer”.

A casa de Eduardo Mondlane estava localizada em “Msasani Bay” (Baía Msassani) e não era muito distante da Residencial de Betty King, em Oyster Bay (Baía das Ostras).

A versão “oficial”, segundo a qual Mondlane encontrou a morte nos escritórios da Frelimo cai por terra, e encontra aconchego no pantanoso charco da história recente do país. Resta-nos aguardar o que irá fazer a partir de agora o Ministério da Educação para que a falsa história não continue a ser ensinada às crianças de Moçambique.(Luís Nhachote)

CANAL DE MOÇAMBIQUE – 07.02.2006

4 comentários:

  1. COMO PODEMOS AMAR A NOSSA HISTORIA SE SABEMOS QUE AMAR A HISTORIA `E COMPACTUAR COM A MENTIRA? EDUARDO MUNDELANE ERA UNICO PRESIDENTE QUE EU AMAVA DE VERDADE, PARA MIM, ELE FOI UNICO QUE BUSCOU O BEM. MAS NESTA MENTIRA FICO FRUSTRADA. SER`A PRECISO TER UMA HISTORIA TODA ELA BONITA PARA FAZER O BEM. PARA MIM A FRELIMO NUNCA NOS DEIXAR`A LIVRE ENQUANTO NAO ENTRAR PELO CAMINHO DA VERDADE. SOMOS VOSSOS ESCRAVOS. ROGAMOS PELA NOSSA LIBERTACAO. QUE MUNDLANE, QUE CONHECE AGORA O CORACAO DE DEUS INTERCEDA POR N`OS.

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  2. Hugo de Menezes nasceu na cidade de São Tomé a 02 de fevereiro de 1928, filho do Dr Ayres Sacramento de Menezes.

    Aos três anos de idade chegou a Angola onde fez o ensino primário.
    Nos anos 40, fez o estudo secundário e superior em Lisboa, onde concluiu o curso de medicina pela faculdade de Lisboa.
    Neste pais, participou na fundação e direcção de associações estudantis, como a casa dos estudantes do império juntamente com Mário Pinto de Andrade ,Jacob Azancot de Menezes, Manuel Pedro Azancot de Menezes, Marcelino dos Santos e outros.
    Em janeiro de 1959 parte de Lisboa para Londres com objectivo de fazer uma especialidade, e contactar nacionalistas das colónias de expressão inglesa como Joshua Nkomo( então presidente da Zapu, e mais tarde vice-presidente do Zimbabué),George Houser ( director executivo do Américan Commitee on África),Alão Bashorun ( defensor de Naby Yola ,na Nigéria e bastonário da ordem dos advogados no mesmo pais9, Felix Moumié ( presidente da UPC, União das populações dos Camarões),Bem Barka (na altura secretário da UMT- União Marroquina do trabalho), e outros, os quais se tornou amigo e confidente das suas ideias revolucionárias.
    Uns meses depois vai para Paris, onde se junta a nacionalistas da Fianfe ( políticos nacionalistas das ex. colónias Francesas ) como por exemplo Henry Lopez( actualmente embaixador do Congo em Paris),o então embaixador da Guiné-Conacry em Paris( Naby Yola).
    A este último pediu para ir para Conacry, não só com objectivo de exercer a sua profissão de médico como também para prosseguir as actividades políticas iniciadas em lisboa.
    Desta forma ,Hugo de Menezes chega ao já independente pais africano a 05-de agosto de 1959 por decisão do próprio presidente Sekou -Touré.
    Em fevereiro de 1960 apresenta-se em Tunes na 2ª conferência dos povos africanos, como membro do MAC , com ele encontram-se Amilcar Cabral, Viriato da Cruz, Mario Pinto de Andrade , e outros.
    Encontram-se igualmente presente o nacionalista Gilmore ,hoje Holden Roberto , com o qual a partir desta data iniciou correspondência e diálogo assíduos.
    De regresso ao pais que o acolheu, Hugo utiliza da sua influência junto do presidente Sekou-touré a fim de permitir a entrada de alguns camaradas seus que então pudessem lançar o grito da liberdade.

    Lúcio Lara e sua família foram os primeiros, seguindo-lhe Viriato da Cruz e esposa Maria Eugénia Cruz , Mário de Andrade , Amílcar Cabral e dr Eduardo Macedo dos Santos e esposa Maria Judith dos Santos e Maria da Conceição Boavida que em conjunto com a esposa do Dr Hugo José Azancot de Menezes a Maria de La Salette Guerra de Menezes criam o primeiro núcleo da OMA ( fundada a organização das mulheres angolanas ) sendo cinco as fundadoras da OMA ( Ruth Lara ,Maria de La Salete Guerra de Menezes ,Maria da Conceição Boavida ( esposa do Dr Américo Boavida), Maria Judith dos Santos (esposa de um dos fundadores do M.P.L.A Dr Eduardo dos Santos) ,Helena Trovoada (esposa de Miguel Trovoada antigo presidente de São Tomé e Príncipe).
    A Maria De La Salette como militante participa em diversas actividades da OMA e em sua casa aloja a Diolinda Rodrigues de Almeida e Matias Rodrigues Miguéis .


    Na residência de Hugo, noites e dias árduos ,passados em discussões e trabalho… nasce o MPLA ( movimento popular de libertação de Angola).
    Desta forma é criado o 1º comité director do MPLA ,possuindo Menezes o cartão nº 6,sendo na realidade Membro fundador nº5 do MPLA .
    De todos ,é o único que possui uma actividade remunerada, utilizando o seu rendimento e meio de transporte pessoal para que o movimento desse os seus primeiros passos.
    Dr Hugo de Menezes e Dr Eduardo Macedo dos Santos fazem os primeiros contactos com os refugiados angolanos existentes no Congo de forma clandestina.

    A 5 de agosto de 1961 parte com a família para o Congo Leopoldville ,aí forma com outros jovens médicos angolanos recém chegados o CVAAR ( centro voluntário de assistência aos Angolanos refugiados).

    Participou na aquisição clandestina de armas de um paiol do governo congolês.
    Em 1962 representa o MPLA em Accra(Ghana ) como Freedom Fighters e a esposa tornando-se locutora da rádio GHANA para emissões em língua portuguesa.

    Em Accra , contando unicamente com os seus próprios meios, redigiu e editou o primeiro jornal do MPLA , Faúlha.

    Em 1964 entrevistou Ernesto Che Guevara como repórter do mesmo jornal, na residência do embaixador de Cuba em Ghana , Armando Entralgo Gonzales.
    Ainda em Accra, emprega-se na rádio Ghana juntamente com a sua esposa nas emissões de língua portuguesa onde fazem um trabalho excepcional. Enviam para todo mundo mensagens sobre atrocidades do colonialismo português ,e convida os angolanos a reagirem e lutarem pela sua liberdade. Estas emissões são ouvidas por todos cantos de Angola.

    Em 1966´é criada a CLSTP (Comité de libertação de São Tomé e Príncipe ),sendo Hugo um dos fundadores.

    Neste mesmo ano dá-se o golpe de estado, e Nkwme Nkruma é deposto. Nesta sequência ,Hugo de Menezes como representante dos interesses do MPLA em Accra ,exilou-se na embaixada de Cuba com ordem de Fidel Castro. Com o golpe de estado, as representações diplomáticas que praticavam uma política favorável a Nkwme Nkruma são obrigadas a abandonar Ghana .Nesta sequência , Hugo foge com a família para o Togo.
    Em 1967 Dr Hugo José Azancot parte com esposa para a república popular do Congo - Dolisie onde ambos leccionam no Internato de 4 de Fevereiro e dão apoio aos guerrilheiros das bases em especial á Base Augusto Ngangula ,trabalhando paralelamente para o estado Congolês para poder custear as despesas familhares para que seu esposo tivesse uma disponibilidade total no M.P.L.A sem qualquer remuneração.

    Em 1968,Agostinho Neto actual presidente do MPLA convida-o a regressar para o movimento no Congo Brazzaville como médico da segunda região militar: Dirige o SAM e dá assistência médica a todos os militantes que vivem a aquela zona. Acompanha os guerrilheiros nas suas bases ,no interior do território Angolano, onde é alcunhado “ CALA a BOCA” por atravessar essa zona considerada perigosa sempre em silêncio.

    Hugo de Menezes colabora na abertura do primeiro estabelecimento de ensino primário e secundário em Dolisie ,onde ele e sua esposa dão aulas.

    Saturado dos conflitos internos no MPLA ,aliado a difícil e prolongada vida de sobrevivência ,em 1972 parte para Brazzaville.

    Em 1973,descontente com a situação no MPLA e a falta de democraticidade interna ,foi ,com os irmãos Mário e Joaquim Pinto de Andrade , Gentil Viana e outros ,signatários do « Manifesto dos 19», que daria lugar a revolta activa. Neste mesmo ano, participa no congresso de Lusaka pela revolta activa.
    Em 1974 entra em Angola ,juntamente com Liceu Vieira Dias e Maria de Céu Carmo Reis ( Depois da chegada a Luanda a saída do aeroporto ,um grupo de pessoas organizadas apedrejou o Hugo de tal forma que foi necessário a intervenção do próprio Liceu Vieira Dias).

    Em 1977 é convidado para o cargo de director do hospital Maria Pia onde exerce durante alguns anos .

    Na década de 80 exerce o cargo de presidente da junta médica nacional ,dirige e elabora o primeiro simpósio nacional de remédios.

    Em 1992 participa na formação do PRD ( partido renovador democrático).
    Em 1997-1998 é diagnosticado cancro.

    A 11 de Maio de 2000 morre Azancot de Menezes, figura mítica da historia Angolana.

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  3. O MPLA COMO MARCA


    O MPLA como Marca representa um poder permanente em função de mais do que a sua história e multiplicidade de histórias e perpetuações das suas tradições.
    Um dos factores qualitativos de recriação da sua força consiste na lealdade da corrente regeneradora dos seus aliados.
    Os seus atributos, qualidade e expectativas criadas e uma amálgama de resultados e sua funcionalidade reforçam uma narrativa que impulsiona a sua existência.
    Não há dúvida de que as crenças sagradas, criações, metas e seu prestígio, sua visão e missão, capacidade de inovação reforçam o seu posicionamento.
    A sua suposta notoriedade e fidelização em constante construção criando boas ligações emocionais melhorarão consideravelmente essa marca.
    Sendo assim será que a marca MPLA é um sistema propulsor e fonte de criação de valor?
    Será que a notoriedade do MPLA continua a ser evocada de forma espontânea?
    Para que a marca MPLA se perpetue será necessário que as atitudes das pessoas correspondam a avaliações globais favoráveis.
    Não há dúvida que a força da marca MPLA quase se confundirá a um culto descentralizado e de interacções e laços fortes e experiências partilhadas que criam várias identidades verbais e simbólicas.
    Para falar da antiguidade da Marca MPLA teremos que falar forçosamente do seu núcleo fundador de Conacry dos anos 60.
    A marca MPLA se perpetua pelo seu prestígio devido as associações intangíveis, pelo seu simbolismo popularizado incontornável e grandes compromissos com o passado.
    O MPLA como marca, alem de possuir narrativas de sobrevivência, inclui testemunhos que dão a história, significados mais profundos e grande carácter de emocionalidade.
    A história do nacionalismo e luta de libertação pelos actores de renome a partir da fundação do MPLA em Conacry pelos seis fundadores bem personalizados, como Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade, Hugo José Azancot de Menezes, Lúcio Lara, Eduardo Macedo dos Santos e Matias Migueis perpetuarão essa marca de forma reflectida.
    Poderemos então afirmar que os fundadores de Conacry foram os agentes prioritários e fundamentais da verdadeira autenticidade da marca MPLA.
    A dinâmica da história e a construção de identidades pressupõem estados liminares, pelo afastamento constante de identidades anteriores.
    Desenvolver a cultura da marca MPLA exigirá um constante planeamento e estratégias que permitirão reunir e sentir esta marca global.
    Para terminar apelaria que nas verdadeiras reflexões que a lenda da marca não obscurecesse a lenda dos fundadores verdadeiros artífices.
    Escrito Por:
    AYRES GUERRA AZANCOT DE MENEZES

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  4. MPLA DE CONACRY E A SUA POSTERIDADE

    O MÉRITO DOS FUNDADORES DO MPLA DE CONACRY SOBRE A FUNDAÇÃO DO MPLA E SUA
    SILGA E RESPECTIVAMENTE A FUNDAÇÃO DA OMA TAMBÉM EM CONACRY E TODO SEU
    DESENVOLVIMENTO E IMAGEM QUE PROJECTARAM A LUTA DE LIBERTAÇÃO DOS TERRITÓRIOS
    COMO ANGOLA, SÃOTOMÉ E PRÍNCIPE, GUINÉE E CABO VERDE.
    QUANDO A SIGLA MPLA CONTINUA A VIGORAR INSTITUCIONALMENTE, É PORQUE ELA AINDA POSSUI UM POTENCIAL.
    PARA QUE A EXCELÊNCIA SE CONSOLIDE É NECESSÁRIO QUE ESTA CONSTRUÇÃO NÃO PARE DENTRO DE UM IMAGINÁRIO INFINDÁVEL.
    A MARCA MPLA ACTUALMENTE A NÍVEL PLANETÁRIO POSSUE UMA REPRESENTATIVIDADE,
    IDENTIDADE QUE EMERGE DE UMA DINÂMICA GLOBAL CUJOS RECEPTORES CONTINUAM A
    SER EXTREMAMENTE IMPORTANTES NESTA CONSTRUÇÃO.
    O MPLA COMO MARCA MUITO REAL OFERECE BENEFÍCIOS DIFERENCIADOS EM TODAS OS
    MOMENTOS DOS DESAFIOS TANTO INTERNO COMO EXTERNO E SE PROJECTARÁ COM UMA
    VISÃO DE FUTURO LONGINQUO, CONTEMPORÂNEO SE ESSA CONSTRUÇÃO CONTINUAR A SER BEM ESTIMULADA.
    A PARTIR DE QUE FACTORES O MPLA PODERÁ RECORRER PARA MANTER UMA POSTURA DE LIDERANÇA INSTITUCIONAL?
    SERÁ QUE OS FACTORES ECONÓMICOS E, POLÍTICOS E SOCIAIS ESTARÃO A SER OPTIMIZADOS
    NESTA ERA PLENA DE OPORTUNIDADES E ARMADILHAS?
    SERÁ QUE O MPLA POSSUE UMA SENCIBILIDADE TANTO TÁCTICA COMO ESTRATÉGICA
    BASEADOS NA DIFERENCIAÇÃO E SUPORTADOS PELO EFEITO DA COMUNICAÇÃO?
    MANTER-SE NUMA LIDERANÇA EXIGE UMA DIMENSÃO PSICOLÓGICA, ANTROPOLÓGICA E
    SOCIAL PARA SE AFIRMAR COMO INSTITUIÇÃO.
    AFINAL QUEM SÃO OS VERDADEIROS COLABORADORES INSTITUCIONAIS?
    TODAS VIVÊNCIAS E EMOÇÕES ESTABELECEM MARCAS DIFERENCIAIS.
    COMO O MPLA FARÁ PARA SE TORNAR ADAPTATIVO E MODERNO PARA EVITAR O ENVELHECIMENTO E IMPLUSÃO SEM CONTUDO FUGIR A SUA ESSÊNCIA?
    QUAIS AS VANTAGENS COMPETITIVAS DO MPLA COMO MARCA?
    SERÁ QUE O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA MARCA MPLA CONTINUA A VERIFICAR-SE PARA
    ALEM DA SUA CONSTRUÇÃO INICIAL PELOS SEIS FUNDADORES DO MPLA DE CONACRY EM 1960?
    O VALOR DA MARCA MPLA E SUA IMAGEM AINDA SERÃO RECONHECIDOS COMO OPÇÃO POLÍTICA BEM GENERALIZADOS E DIFERENCIADOS?
    AS ATITUDES CRIADAS PELOS FACTORES GERAM SENTIMENTOS DE PREFERÊNCIA E DE LEALDADE E FIDELIDADE DETERMINANDO O VALOR DO CAPITAL DA MARCA.

    COMO VALORES INSTITUCIONAIS QUAIS SERÃO OS BENEFÍCIOS, MAISVALIAS E CULTURAS DE EMANCIPAÇÃO E PROGRESSO SOCIAL?
    PARA ISSO SERÁ NECESSÁRIO ESTABELECER UM RELACIONAMENTO FORTE QUE VINCULE
    TODA INSTITUIÇÃO TOCANDO NO CORAÇÃO ALERTANDO OS SENTIDOS E ESTIMULANDO A MENTE.
    DESTRUIR O MPLA SERIA DESTRUIR O MPLA DE CONACRYDOS FUNDADORES DE 1960 QUE
    FORAM OS ARTÍFICES, SEIS FUNDADORES DO MPLA, A SUA DIMENSÃO SIMBÓLICA, SEU
    PATRIMÓNIO HISTÓRICO E SUA EXPERIÊNCIA COMO CO-CRIADORA DE VALOR NA SUA ENVOLVENTE CHEIO DE VIVÊNCIAS.
    O MPLA TEM QUE EVITAR QUE LHE COLOQUEM NUMA SITUAÇÃO DE INDIFERENÇA E DE
    MERECER SOMENTE O LUGAR GRATIFICANTE DE PARTIDO HISTÓRICO FACE AO PASSADO E
    SER DESAFIADORA DO FUTURO GLOBALIZADO.
    QUAL A MISSÃO DO MPLA SENÃO PRODUZIR BEM ESTAR E QUALIDADE DE VIDA
    PROMOVENDO A DINÂMICA SOCIAL.

    COM AS SUAS VANTAGENS, EXPERIÊNCIAS, SÓLIDA HISTÓRIA POLÍTICA E SUA GÉNESE QUE
    COMEÇA EM CONACRY NOS ANOS 60 PELOS SEIS FUNDADORES COM A SUA NOTÁVEL
    CAPACIDADE DE CRIATIVIDADE E EMPENHO.

    UMA DAS GRANDES VIRTUDES SERÁ DE RECONFIGURAR O MONOPÓLIO DA INFORMAÇÃO E
    DO EXPOLIO HISTÓRICO E PRESERVAR SUA NOTORIEDADE.
    REVALORIZAR A MARCA MPLA NA MENTE DAS PESSOAS SERÁ UMA CONSTANTE E
    CORRESPONDERÁ A UMA FORMA CÍVICA DE BEM -ESTAR.
    AFINAL O QUE MOVE O MPLA?
    A SUA DISSIDÊNCIA DEVERÁ SUBSTITUIR-SE A SUA INTEGRAÇÃO PLENA E MADURA A
    SEMELHANÇA DA INTEGRAÇÃO PATRIÓTICA DOS DESCENDENTES DOS LÍDERES COMO
    MOBUTO, GIZENGA, LUMUMBA.

    ESCRITO POR:
    AYRES GUERRA AZANCOT DE MENEZES
    LISBOA 16-09-2009

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