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sábado, janeiro 04, 2014

Máximo Dias diz que a aposta do ano é Guebuza sentar-se com Dhlakama

O advogado Máximo Dias defende que a grande aposta dos moçambicanos para o ano de 2014 é acabar com a tensão político-militar que se vive no país, caracterizada pela onda de ataques da Renamo ao longo da Estrada Nacional Número Um.

Em grande entrevista concedida recentemente ao Notícias, Máximo Dias explica que em primeiro lugar, o Presidente da República, Armando Guebuza, deve se encontrar com o líder da Renamo “este encontro deverá, com certeza, resolver o problema dos ataques da Renamo às colunas de viaturas que circulam na Estrada Nacional Número Um, no troço Save /Muxúnguè, para além de infra-estruturas civis e militares, com destaque para postos de saúde”, disse.

Para Dias, se para acabar este problema for preciso dar a paridade à Renamo e ao MDM nos órgãos eleitorais “na minha modesta opinião e contrário à minha maneira de ser e meu pensar, que se dê essa paridade porque isso não prejudica em nada ao país. Mas o melhor seria nem a Frelimo, nem a Renamo deveriam estar representadas nos órgãos eleitorais, particularmente na Comissão Nacional de Eleições e no Secretariado Técnico de Administração Eleitoral”.


É que conforme defende Máximo Dias “estes órgãos deveriam ser constituídos por cidadãos idóneos, sem representarem nenhuma força política e deveriam ser instituições profissionais. Se os partidos políticos querem estar a par do que acontece nas eleições, deverão ter fiscais de candidatura em todas as mesas de voto” refere.

Contudo “é urgente que este encontro tenha lugar para que as eleições gerais (presidenciais, legislativas e das assembleias provinciais), que têm lugar a 15 de Outubro, se realizem num clima de regularidade; num clima democrático, para que o voto seja livre”.

De acordo com Dias, actualmente, não existe ambiente político para eleições pacíficas e é preciso acabar com os ataques dos homens armados da Renamo porque “as populações que vivem nas zonas onde estes ataques acontecem não circulam livremente e, consequentemente, não poderão se recensear nem votar livremente”.

Aliás, prossegue a fonte “penso que o clima de instabilidade pode ser agravado com a entrada em cena de aproveitadores (que não são nem da Frelimo nem da Renamo) que podem realizar ataques para depois se ficar a pensar que é a Renamo”, alerta.

Fonte: Folha de Maputo - 03.01.2014

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