Dois dos cinco condenados ainda presos pelo homicídio do jornalista moçambicano Carlos Cardoso saíram da prisão em liberdade condicional por terem cumprido metade da pena a que foram sentenciados, disse hoje à Lusa o advogado dos libertados.
Segundo o advogado, Simeão Cuamba, deixaram a cadeia na sexta-feira Carlitos Rachide e Manuel dos Anjos Fernandes ("Escurinho") por terem cumprido metade dos 22 anos de prisão a que foram condenados em 2003 como executores do homicídio de Carlos Cardoso, em 2000.
"Esses já saíram na sexta-feira e estão em casa. Acho que estão bem de saúde", disse Simeão Cuamba, dando conta de que o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo aceitou o requerimento dos condenados de liberdade condicional e considerou que cumpriram a metade da pena com bom comportamento.
Com a saída de Carlitos Rachide e de Manuel dos Anjos Fernandes passou a três o número de condenados no assassínio do jornalista que se encontram em liberdade condicional, depois de, em janeiro, o tribunal ter libertado Vicente Ramaya, condenado como mandante.
Simeão Cuamba adiantou à Lusa que Ayob Satar, condenado como mandante, poderá sair hoje da prisão em liberdade condicional, depois de ver satisfeito o seu pedido.
Em prisão, vão continuar Aníbal dos Santos Júnior ("Anibalzinho"), condenado a cerca de 30 anos como líder dos executores do crime, e Momade Abdul Satar, condenado a 24 anos, por autoria moral.
As libertações condicionais dos réus do "caso Cardoso", como é conhecido em Moçambique o homicídio do jornalista, já provocaram o protesto do Procurador-Geral da República, Augusto Paulino, e da advogada da família do jornalista, Lucinda Cruz.
Augusto Paulino considerou inoportuna a soltura de alguns dos condenados por estarem a ser alvo de processos-crime por alegado envolvimento a partir da cadeia em atos criminais.
Por seu turno, Lucinda Cruz disse que os condenados não deviam sair da cadeia antes de pagar as indemnizações devidas aos herdeiros de Carlos Cardoso (357 mil euros) e ao motorista do jornalista, gravemente ferido no atentado, (12.774 euros).
PMA // MLL
Fonte: Lusa in Notícias Sapo - 11.03.2013
3 comentários:
O crime compensa?
Pelos visto, neste caso, sim.
Zicomo
Ya.
Mas, Selecionador.
Nao 'e o teu banco que financia essas macacadas ?
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